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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 5 de junho de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Homem-Aranha: Através do Aranhaverso'

Sinopse: Depois de se reunir com Gwen Stacy, Homem-Aranha é jogado no multiverso, onde ele encontra uma equipe encarregada de proteger sua própria existência.  

Quando eu li a clássica HQ "Crise das Infinitas Terras" da editora DC eu ficava pensando se era possível aquele tipo de trama ser levado para os cinemas, pois eram diversas realidades paralelas coexistindo e com todo o tipo de versões dos heróis que já conhecíamos. Mas eis que a própria Marvel do cinema começou com essa ideia a partir de "Vingadores - Ultimato", dando continuidade nas séries do "Loki" (2021), "What If...?" (2021) e também pelos filmes "Doutor Estranho - No Multiverso da Loucura" (2022) e "Homem-Aranha: Sem Volta para Casa" (2021). Neste último caso se abriu um leque para se ver outras versões do Homem Aranha em único filme, mas essa ideia já havia sido usada de forma jamais vista.

No maravilhoso "Homem-Aranha no Aranhaverso" (2018) conhecemos Miles Morales, o Homem Aranha de uma realidade alternativa e que acaba conhecendo outros Aranhas vindos de outras terras. O sucesso do filme foi gigantesco, obtendo também sucesso de crítica e ganhando até mesmo um Oscar de Melhor Longa de Animação. Portanto, a missão de "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" (2023) parecia ingrata, porém, não somente supera as nossas expectativas como também eleva animação novamente para um novo patamar.

Dirigido e produzido pelos mesmos realizadores do filme anterior, acompanhamos a vida de Miles Morales (Shameik Moore), o simpático Homem-Aranha do Brooklyn. Neste novo capítulo, Morales é transportado para uma aventura épica através do multiverso, e deve unir forças com a mulher-aranha Gwen Stacy (Hailee Steinfeld) e um novo time de Pessoas-Aranha, formado por heróis de diversas dimensões. No entanto, tudo muda quando os heróis entram em conflito sobre como lidar com uma nova ameaça, e Miles se vê em um impasse.

Embora em um primeiro momento o longa possa parecer confuso os roteiristas foram engenhosos ao criar uma trama que fale mais com relação ao lado mais humano e falho dos personagens do que as diversas teorias de realidades alternativas. Elas estão lá, logicamente, mas é graças aos personagens carismáticos que o filme ganha coração pulsante a todo momento e fazendo com que nos simpatizemos com eles como um todo. Neste caso, quem ganha os nossos corações de forma imediata é a própria Gwen Stacy.

É no primeiro ato, por exemplo, que conhecemos melhor a sua origem, não somente como ela se tornou a Mulher-Aranha, como também pelo fato dela carregar o fardo da perda do Peter de sua realidade. É através dela que animação chega em um novo território, onde as cores vão mudando gradualmente de acordo com as situações e os sentimentos em que a personagem vai passando e culminando em momentos sublimes em que cada cena parece uma obra de arte em movimento. Dificilmente o filme não será indicado ao Oscar novamente e se vencer será de forma mais do que merecida.

Uma vez que ela se reencontra com Morales o filme abre um leque novamente de diversas possibilidades, onde as regras do tempo e espaço vão sendo jogadas de lado e culminando em diversas situações que irão deixar qualquer um que for assistir completamente extasiado. Com uma edição frenética, além de uma trilha sonora arrebatadora, o filme é ágil na medida certa, ao ponto de que as cenas de ação não devem em nada para um filme tradicional do MCU e arrisco a dizer que é até melhor. Com um traço tradicional, alinhado com computação gráfica fluida, além do incremento da linguagem das HQ, o filme é tão rico em termos de ação e movimento que mesmo se tivermos vontade de irmos ao banheiro deixaremos isso de lado, pois não iremos querer perder nenhum fio do enredo.

Ao mesmo tempo, o filme vai muito além de um mero entretenimento, já que a construção do conflito dos personagens é muito bem realizada, ao ponto de temermos pelos destinos das pessoas próximas ao Morales. Esse temor se fortalece ainda mais pelo fato que, não importa qual realidade, o Homem Aranha sempre carregará a dor devido uma perda de um ente querido e fazendo com que a sua responsabilidade somente aumente. Porém, Morales acredita que pode fazer a diferença, mas as suas ações em tentar evitar a sua sina pode desencadear situações jamais vistas.

É aí que entra em cena não só um, mas diversos Homens Aranhas de inúmeras terras, ao ponto que os roteiristas foram criativos ao extremo, ao trazer para as telas até mesmo as versões do personagem de outras mídias, tanto de séries, desenhos, filmes vídeo game e HQ em um único cenário. Quem é fã do personagem com certeza irá se esbaldar com as inúmeras referencias, sendo que até mesmo as melhores e piores fases do personagem nas páginas do gibi são vistas na história e fazendo qualquer fanático gritar de alegria dentro da sala. E de brinde, o famoso meme do Homem Aranha é visto aqui em larga escala e fazendo e fazendo qualquer fã ir a loucura.

O ato final reserva momentos surpreendentes, principalmente com a escolha e destino de alguns personagens e fazendo a gente se perguntar o que virá em seguida. Porém, essa dúvida somente será sanada no terceiro capítulo, já que a trama aqui não tem final e fazendo a gente sentir raiva e ansiedade tão grande que fará muitos desejarem que o ano passe rápido para já podermos assistir ao que acontecerá com os nossos personagens. Desde já "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" é uma das experiencias cinematográficas mais surpreendentes do ano, ao conseguir nos brindar com uma criativa história e alinhá-la com um dos visuais mais incríveis dos últimos tempos.    


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