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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 19 de junho de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'CORPOLÍTICA'

Sinopse: O documentário investiga o vazio de representatividade LGBTQIA+ no cenário político do Brasil, país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo. Candidatos e políticos relatam suas experiências na luta por direitos. 

Quando as pessoas param para observar a Câmera dos Deputados em Brasília atualmente as mesmas se apavoram com tamanho retrocessos que os mesmos pregam no dia a dia e fazendo a gente se perguntar como podemos ter elegido tais pessoas. Porém, esse problema não é de hoje, mas ao menos há pessoas que levantam a sua bandeira em prol de um bem maior. "Corpolítica" (2022) fala sobre pessoas comuns que são discriminadas unicamente por se assumirem com relação ao que realmente são, mas é através de suas persistências que acabam adentrando em um território que dita os rumos do país e que podem ajudar diversas pessoas que sofrem com o medo do amanhã.

Dirigido por Pedro Henrique França, o documentário explora as candidaturas LGBTQIA+ no país que mais mata LGBTQIA+ no mundo. O filme também investiga o vazio de representatividade no cenário político do Brasil, considerando o contexto do país, em meio a um governo de extrema-direita e cujo mandatário coleciona uma lista de declarações de ódio contra essa população. Num cenário global de ascensão da extrema-direita ao poder, e diante de um recorde de candidaturas LGBTQIA+ nas eleições de 2020, vários candidatos e governantes do Brasil relatam as suas experiências e violências na afirmação e luta por direitos no âmbito da política institucional do país. Com depoimentos importantes de candidatos em vários partidos, o filme acompanha duas campanhas durante as eleições de 2020.

Quando a vereadora Marielle Franco foi assassinada em 2018 foi acionado um sinal de alerta que tempos ruins começariam a surgir, principalmente no mesmo ano em que o país elege um fascista e pregador de ódio que é Jair Bolsonaro. Foram tempos difíceis para todos, principalmente para a comunidade LGBT que viu os discursos contra eles aflorarem ao ponto que muitos decidiram até mesmo abandonar o país. Porém, as pessoas que ficaram decidiram enfrentar a besta de frente, ao se candidatarem como deputados, vereadores e senadores e para que assim pudessem ter a chance de defender na capital do país pessoas que são discriminadas e que correm sério risco de vida.

Ao longo da projeção vemos depoimentos emocionantes como, por exemplo, da Mônica Benício, viúva de Marielle e que não desistiu de lutar mesmo com a perda do seu grande amor. Ao mesmo tempo há também outros depoimentos curiosos como no caso de jean wyllys que enfrentou todos os preconceitos e ameaças quando ainda era Deputado e que se viu obrigado a ter que sair do país, mas jamais deixando de lutar no que acredita. Curiosamente, Pedro Henrique França também dá espaço para pessoas que muitos acreditavam que defenderiam a causa, mas se colocando em um posicionamento neutro como no caso de Thammy Miranda e gerando como sempre acalorados debates sobre o tema.

O documentário procura destacar o fato que quanto mais o conservadorismo e o discurso de ódio aumentam no país mais pessoas que sentem na pele a perseguição decidem enfrentar esse mal de frente para que esse veneno não se espalhe. Portanto, vemos diversos candidatos a vereador e testemunhamos, tanto a derrota de alguns, como também a vitória de outros e fazendo um fio de esperança se torne forte para os próximos anos. Em tempos em que religiosos tentam tomar o poder para fazer o país ser controlado pelas forças do patriarcado resta a minoria perseguida falar mais alto para nos proteger e garantir o nosso futuro.

"Corpolítica" fala sobre a resistência e a força de pessoas que são perseguidas pelo ódio, mas que decidem irem longe para defenderem outros que desejam amanhecerem vivos. 


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