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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - 'Os Ossos da Saudade'

Sinopse: Os Ossos da Saudade é um documentário que trata das ausências, narrado a partir das vivências de personagens que habitam os territórios do Brasil, Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde, cinco países que compartilham do mesmo idioma, a língua portuguesa. 

Há quem diga que a vida na terra começou a partir do oceano e do qual o mesmo trouxe os primeiros seres vivos na beira da praia de diversas partes do mundo. Não é de surpreender que os seres humanos nasceram para ganhar o mundo, mas tendo aquela sensação lá no fundo de retornar as suas raízes, não nas profundezas do oceano, mas em terra firme.  "Os Ossos da Saudade" (2022) falam sobre indivíduos comuns que viajam para o mundo em busca de algo novo, mas tendo aquela sensação forte que bate no peito e tendo o desejo retornar ao ponto onde haviam começado.

Dirigido por Marcos Pimentel o documentário trata das ausências, narrado a partir das vivências de personagens que habitam os territórios do Brasil, Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde, cinco países que compartilham do mesmo idioma, a língua portuguesa. Essas pessoas contam no filme, seus sentimentos de falta e distância, sintetizadas em uma só palavra: Saudade. O documentário apresenta um panorama sobre singularidades e semelhanças culturais entre esses países lusófonos, enfatizando as ligações afetivas que existem entre as pessoas, ligações essas que são capazes de criar pontes e atravessar oceanos.

Na abertura, por exemplo, acompanhamos diversos peixes no fundo do oceano, dos quais sintetizam os primeiros seres vivos do mundo e do qual remete o meu pensamento com relação ao início deste texto. O filme fala sobre essas pessoas que decidem saírem do seu ninho para assim obter novos rumos na vida. Embora cada pessoa se encontra em um país diferente é interessante como cada cultura possui certa similaridade uma com a outra e isso sem contar a língua portuguesa que se encontra cada um desses cenários em abundância. Acompanhamos um pouco a vida de cada um desses personagens e os motivos que os levaram a querer mudar de cenário por tempo indeterminado.

Tecnicamente a obra é um verdadeiro colírio para os olhos, desde ao testemunharmos um vulcão adormecido, como também testemunhar belas paisagens vistas na beira da praia. Curiosamente, há também cenários em decomposição, desde casas abandonadas ou de antigas cidades que algum dia tiveram uma grande história a ser contada e cujo os protagonistas ficam perambulando as suas entranhas. Se torna irônico, portanto, essas pessoas desejarem conhecer um novo mundo, sendo que o próprio se encontra com algumas rachaduras e fazendo despertar nelas a dúvida se valeu mesmo a pena mudar de vida.

O documentário vem em um momento em que os brasileiros se encontram na dúvida de saírem ou não do país em meio ao cenário político desastrado. Ao meu ver, estamos livres de decidir ir em busca de novas oportunidades, mas que sempre haverá aquela sensação de que deixamos algo para trás, desde os parentes que amamos como também o que nós havíamos criado no passado. Independentemente do que aconteça, iremos sobreviver e termos o direito de ir e vir assim como os protagonistas da obra.

"Os Ossos da Saudade" fala sobre o livre-arbítrio do ser humano ir em busca de novos desafios, mas sempre tendo aquela sensação de retornar ao lar outra vez. 

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