Sinopse: O desaparecimento de um garoto de 12 anos faz com que o investigador principal Greg Harper (Jon Tenney) lute para equilibrar a pressão da investigação e seus problemas conjugais com sua esposa Jackie (Helen Hunt).
Os gêneros horror e suspense estão cada vez mais separados por uma linha bastante fina, principalmente em tempos de cinema "pós terror". Em tempos em que o mundo real cada vez mais se tornar um filme de terror em tempos de pandemia, cabe os filmes nos surpreenderem ao nos trazerem um grau de realismo, mas sem largar as boas e velhas fórmulas de sucesso. "A Espreita do Mal" (2019) consegue obter a nossa atenção do começo ao fim, principalmente por saber nos enganar facilmente e nos pegar desprevenido por revelações surpreendentes.
Dirigido por Adam Randall, o filme acompanha sobre o desaparecimento de um garoto de 12 anos, o que faz com que o investigador principal Greg Harper (Jon Tenney) lute para equilibrar a pressão da investigação e seus problemas conjugais com sua esposa Jackie (Helen Hunt). A família enfrenta momentos de grande tensão, além de ter que lidar com a chegada de uma presença maliciosa em sua casa, colocando o filho do casal em perigo mortal.
Adam Randall consegue criar um clima bastante mórbido já na sua abertura, como se algo de ruim pudesse acontecer a qualquer momento e que fez me relembrar do surpreendente “Hereditário” (2018). Isso se acentua principalmente graças a sua trilha sonora, da qual ela é alinhada com movimentos de câmera que nos passa uma sensação incomoda, como se algo presente estivesse em cena, mas nunca dando as caras. o prólogo e o primeiro ato são para nos apresentar os fatos, mas dos quais somente conhecemos a sua superfície em um primeiro momento.
Quando achamos, por exemplo, que estamos testemunhando um filme sobrenatural, eis que os realizadores nos pregam uma peça muito bem arquitetada, principalmente ao inserirem dois personagens secundários, interpretados pelos jovens atores Owen Teague e Liber Barer. Se em um primeiro momento achamos que o surgimento desses dois personagens acaba se criando uma espécie de estética found footage (gravação encontrada) dentro do filme como foi visto no clássico “A Bruxa de Blair” (1999), por outro lado, esse momento desencadeia situações que nos fazem presenciar situações que havíamos visto anteriormente, mas através da perspectiva dos dois jovens.
O resultado é o mesmo que ao descascarmos uma cebola, onde há sempre uma nova camada de revelações, mas após testemunharmos tudo é que então acaba fazendo todo o sentido. Talvez o filme como um todo não traga uma história um tanto que original, mas é na sua forma de construir a sua narrativa é que o torna especial. Nada mal para um filme que nos tira da zona de conforto e que nos faz experimentar algo fora do convencional.
A Espreita do Mal" irá agradar em cheio aos fãs do gênero, mas também para aqueles que buscam algo criativo e que nos surpreende a cada momento.
Onde Assistir: Netflix.
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