Nos dias 17 e 18 de
Março eu estarei na Cinemateca Capitólio, participando do curso Narrativa
Cinematográfica, criado pelo Cine Um e ministrado pela pesquisadora e
professora de história de cinema Fatimarlei Lunardelli. Enquanto os dias não
chegam por aqui eu irei relembrar dos principais clássicos do cinema que serão
analisados durante atividade.
O Fabuloso Destino de
Amélie Poulain (2001)
Sinopse: Amélie é uma
jovem do interior que se muda para Paris e logo começa a trabalhar em um café.
Num belo dia, ela encontra uma caixinha dentro de seu apartamento e decide
procurar o dono. A partir daí, sua perspectiva de vida muda radicalmente.
Ninguém deve esperar
uma comédia rasgada. O maior sucesso do cinema francês de 2001 oferece humor
dramático em narrativa que na forma algo modernosa e no uso de cores procura o
tom da fabula com mensagem. Finalista no Oscar de melhor filme estrangeiro e em
outras categorias ganhou o Cesar (Oscar Francês) de melhor filme e melhor
direção. Destaque à Fotografia do filme, que brilha em diversas cenas, que
poderiam ser comuns e até inúteis, se não fosse à iluminação. Uma das cenas que
merecem ser lembradas é a dos casais tendo orgasmo e as da infância de Amélie,
tal como a estação de trem e dependências do apartamento, magnificamente e
instigante aos olhos.
Curiosidade: Na
maioria da apresentação dos personagens, aparece o que eles mais gostam. Em um
seleto grupo, também é demonstrado o que é desgostado.
Menina de Ouro (2004)
Sinopse: Frankie Dunn
é um veterano treinador de boxe de Los Angeles que mantém quase todos a uma
certa distância, exceto o velho amigo e sócio Eddie Dupris. Quando Maggie
Fitzgerald, uma operária transferida de Missouri, chega ao ginásio de Frankie
em busca de sua experiência, ele fica relutante em treinar a jovem. Mas quando
cede ao seu jeito reservado, os dois formam um vínculo muito próximo que
inevitavelmente mudará suas vidas.
Dirigido pelo veterano Clint
Eastwood, a obra é uma lição de persistência e foco no que se almeja é o que o
filme Menina de Ouro transmite ao cinéfilo. Um drama comovente e instigante
nos faz refletir sobre o que, de fato, queremos na vida independente de
situação financeira, tempo e idade. O filme retrata um esporte aparentemente
violento (Boxe), mas que é tratado com uma leveza absurda no papel da boxeadora
Maggie (Hilary Swank), situação que também chama atenção em se tratando da
participação feminina. A atuação de Hillary Swank lhe rendeu, de forma merecida,
o Oscar de 2005, por melhor atriz. Dentre as premiações no evento, o filme
faturou a de Melhor Direção, de Ator Coadjuvante e de Melhor Filme.
A Outra (1988)
Sinopse: Uma
professora de filosofia enfrentando uma crise de meia-idade aluga um
apartamento para poder escrever. Vizinha de uma psiquiatra, ela começa a ouvir
pedaços de conversas dela com seus pacientes, ficando obcecada pela vida de uma
jovem grávida.
A Outra é um dos filmes
menos lembrados da carreira de Woody Allen. Numa obra adulta, o diretor e
roteirista reproduz um interessante casamento entre a filosofia e a psicologia
através de um drama que, de tão incômodo, corre o risco de ser também um dos
trabalhos mais indigestos (num melhor sentido da palavra, se é que isso seja
possível) do cineasta. A sequência teatral do sonho da protagonista (Gena
Rowlands) é absolutamente incrível, pois
estão ali à disposição todas as camadas de uma mulher que se redescobre nas
análises de suas convicções.
Informações sobre o curso
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