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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 14 de março de 2018

Cine Dica: Cine Dica: Pioneiros Americanos: Filmes da Coleção Milestone



MOSTRA APRESENTA HISTÓRIA ALTERNATIVA DO CINEMA NORTE-AMERICANO NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS
 
A partir de terça-feira, 20 de março, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta a mostra Pioneiros Americanos: Filmes da Coleção Milestone.  Com filmes realizados entre as décadas 1910 e 1990, em uma seleção que reúne obras raras e restauradas de diretores como Shirley Clarke, Charles Burnett, Lois Weber, Kent Mackenzie e Billy Woodberry, a programação da mostra enfatiza o projeto central da distribuidora e produtora Milestone Film & Video, apresentando uma história alternativa do cinema norte-americano. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos. A Cinemateca Capitólio Petrobras aceita todos os comprovantes de matrícula.

PIONEIROS AMERICANOS: FILMES DA COLEÇÃO MILESTONE

A mostra Pioneiros Americanos: Filmes da Coleção Milestone mostra ao público brasileiro destaques da distribuidora e produtora americana Milestone Film & Video, em uma retrospectiva composta por 10 longas e 5 curtas-metragens, dos quais sete filmes são inéditos no Brasil. Os filmes, todos restaurados, serão projetados em cópias digitais de alta resolução em 10 sessões ao longo de 10 dias. A mostra ainda conta com a presença dos curadores Aaron Cutler e Mariana Shellard para introdução de sessões, um debate com a pesquisadora gaúcha Juliana Costa e um catálogo digital com textos sobre os filmes, sinopses e programação.
A Milestone Film & Video - fundada em 1990 - se tornou um importante e influente canal de divulgação de filmes clássicos em todo o mundo. Os fundadores Dennis Doros e Amy Heller se comprometeram, em muitos casos, a divulgar o corpo de trabalho de artistas que merecem ser conhecidos. Entre eles podemos destacar Lois Weber, a primeira mulher diretora da indústria cinematográfica norte-americana a operar seu próprio estúdio; Shirley Clarke, cineasta essencial para o cinema independente norte-americano, cuja obra híbrida de ficção e documentário foi uma grande influência para o cinema vérité nos Estados Unidos e na Europa; e, Charles Burnett, renomado cineasta afro-americano, considerado um expoente do movimento neorrealista de seu país, cujos retratos humanistas e calorosos da comunidade negra de Los Angeles oferecem uma compaixão rara no cinema até os dias de hoje.
A programação da mostra enfatiza o projeto central da Milestone, apresentando uma história alternativa do cinema norte-americano. Ela começa com o primeiro longa-metragem documental da história do cinema - Na terra dos caçadores de cabeças (1914), do etnógrafo e fotógrafo norte-americano Edward S. Curtis - e se estende até os anos 90, antes da noção de "cinema independente" ser cooptada e banalizada por Hollywood. A mostra tem curadoria e produção de Mutual Films, e realização do Centro Cultural São Paulo e da Cinemateca Capitólio Petrobras.

PROGRAMAÇÃO
20 a 28 de março de 2018

20 de março (terça-feira)
20h - Dança no sol (dir. Shirley Clarke, 1953, EUA, 7min)
Retrato de Jason (dir. Shirley Clarke, 1967, EUA, 107min)

21 de março (quarta-feira)
20h - Abençoe seus pequeninos corações (dir. Billy Woodberry, 1984, EUA, 86min)

22 de março (quinta-feira)
20h - Word is Out: Histórias de nossas vidas (dir. Mariposa Film
Group, 1978, EUA, 132min)

24 de março (sábado)
16h - Bunker Hill (dir. Kent Mackenzie, 1956, EUA, 18min)
No Maps on My Taps (dir. George T. Nierenberg, 1978, EUA, 59min)
18h - Notfilm (dir. Ross Lipman, 2015, EUA/Reino Unido, 129min)
Film (dir. Alan Schneider com roteiro de Samuel Beckett, 1965, EUA, 22min)
21h - Vitória estranha (dir. Leo Hurwitz, 1946, EUA, 64min)

25 de março (domingo)
16h - Little Nemo (dir. Winsor McCay, 1911, EUA, 12min)
Na terra dos caçadores de cabeças (dir. Edward S. Curtis, 1914, EUA/Canadá, 66min)
18h - Quando chove (dir. Charles Burnett, 1995, EUA/França, 13min)
Sapatos (dir. Lois Weber, 1916, EUA, 53min)
20h - Os exilados (dir. Kent Mackenzie, 1961, EUA, 72min)

28 de março (quarta-feira)
20h - O casamento do meu irmão (dir. Charles Burnett, 1983/corte
do diretor de 2007, EUA/Alemanha, 81min)

FILMES
Dança no sol (Dance in the Sun)
dir. Shirley Clarke, 1953, EUA, 7min
O primeiro filme concluido de Shirley Clarke e primeiro a explorar a dança – sua profissão original – é um registro gracioso de movimentos que muitas vezes remete ao cinema de Maya Deren. O dançarino Daniel Nagrin encena um movimento de dança em seu estúdio e na praia, criando uma interação lúdica entre esses dois espaços. A Milestone restaurou Dança no sol, junto com outros curtas de dança e curtas experimentais de Clarke, como parte do projeto “Project Shirley”.

Retrato de Jason (Portrait of Jason)
dir. Shirley Clarke, 1967, EUA, 107min
Durante doze horas, em 3 de dezembro de 1966, a realizadora americana independente Shirley Clarke e seus amigos entrevistaram Jason Holliday sobre sua vida, amores e crenças. Jason, um homem negro gay de 43 anos que trabalha como michê e sonha com uma carreira de entertainer em boates, encanta o público com suas histórias de confronto familiar durante a adolescência em Nova Jersey, as orgias que participou e a prostituição. Com bom humor, ele relembra seus dias de faculdade, trabalhando em São Francisco, se tornando um viciado em heroína, passando tempo na cadeia e no hospital psiquiátrico.

Abençoe seus pequeninos corações (Bless Our Little Hearts)
dir. Billy Woodberry, 1984, EUA, 86min
Abençõe seus pequeninos corações representa o auge da tendência neorrealista no cinema independente norte americano, entre os anos 60 e 80, no contexto do movimento de cineastas negros em Los Angeles conhecido atualmente como o “L.A. Rebellion”. O filme de Billy Woodberry (o único longa do cineasta por mais de 30 anos até a estreia de seu segundo longa em 2015) é uma crônica sobre os efeitos devastadores do desemprego, sobre as famílias da comunidade negra de Los Angeles. Nate Hardman e Kaycee Moore oferecem interpretações avassaladoras de um casal cuja família é desestabilizada por eventos que estão além de seu controle. Se a salvação persiste, é graças ao retrato sensível da vida cotidiana que segue.

Word is Out: Histórias de nossas vidas (Word Is Out: Stories of Some of Our Lives )
dir. Mariposa Film Group, 1978, EUA, 132min
Em 1978, Word Is Out surpreendeu o público em todo os Estados Unidos quando apareceu nos cinemas e depois na televisão. Realizado por um coletivo de seis cineastas gays, o documentário se tornou um ícone do movimento pelos direitos LGBT dos anos de 1970. O filme apresenta um mosaico de entrevistas com 26 homens e mulheres gays ao redor de todo o país que descrevem com bom humor e lucidez suas experiências pessoais ao se assumirem, se apaixonarem, se decepcionarem e lutarem contra preconceitos e leis discriminatórias. Os entrevistados, com idades que variam entre 18 e 77 anos e estilos entre donas de casa e travestis, incluem a poeta Elsa Gidlow, a ativista política Sally Gearhart, o inventor John Burnside e o cineasta Nathaniel Dorsky. O filme originalmente foi restaurado por Ross Lipman do UCLA Film & Television Archive e lançado pela Milestone em 2008 na ocasião de seu 30º aniversário. E, quarenta anos depois de seu lançamento inicial, Word is Out continua sendo um registro fundamental da experiência de homens e mulheres gays nos Estados Unidos, no início do movimento pelos direitos LGBT.

Bunker Hill
dir. Kent Mackenzie, 1956, EUA, 18min
Mackenzie fez este documentário poético como filme de conclusão de mestrado, quando estudava na USC (University of Southern California), cinco anos antes de completar Os exilados. O filme é um retrato da área residencial de Bunker Hill, no centro de Los Angeles, com foco na vida de seus velhos residentes. Conforme os assistimos, dia e noite, em suas atividades cotidianas, ouvimos seus pensamentos. O filme procura passar uma idéia integral, tanto da vida interior como exterior, dessas pessoas.

No Maps on My Taps
dir. George T. Nierenberg, 1978,EUA, 59min
A era de ouro do sapateado durou toda a primeira metade do século XX, tendo como representantes artistas extraordinários como Bill “Bojangles” Robinson, John Bubbles, Fred Astaire, Gene Kelly e Eleanor Powell. Porém, nos anos 50, com ascensão do rock&roll, os clubes de sapateado começaram a mudar de perfil, deixando os grandes artistas de sapateado praticamente desempregados. Em 1979, entretanto, foi lançado o importante documentário de Nierenberg No Maps on My Taps com música de Lionel Hampton e a dança de Bunny Briggs, Chuck Green e Harold “Sandman” Sims. O amor de Nierenberg pela dança e por esses grandes dançarinos de sapateado fez desse alegre documentário um hit de audiência e crítica.

Notfilm
dir. Ross Lipman, 2015, EUA/Reino Unido, 129min
Intrigado com a história da produção da obra Film, seu restaurador Ross Lipman decidiu contá-la em um documentário que explora diferentes aspectos de sua realização. Film contou com uma equipe de gigantes de vanguarda do século XX que se reuniu no Lower East Side em Nova Iorque em 1964 para rodar a obra. Entre eles estavam o produtor Barney Rosset - fundador da Grove Press, editora americana de William S. Burroughs, Henry Miller e do próprio Beckett. Alan Schneider, importante diretor de teatro que foi escolhido pelo autor para dirigir o filme, também o único de sua carreira. Boris Kaufman, irmão de Dziga Vertov e cinematógrafo dos filmes de Jean Vigo. Buster Keaton, o comediante mais auto-reflexivo da era do cinema mudo. Notfilm foi o primeiro longa-metragem produzido pela Milestone.

Film
dir. Alan Schneider com roteiro de Samuel Beckett, 1965, EUA, 22min
A frase do filósofo Bishop Berkeley "esse est percipi" ("ser é perceber") inspirou o único filme do escritor e teatrólogo irlandês Samuel Beckett, realizado cinco anos antes de ganhar o prêmio Nobel de Literatura. Mudo e em preto e branco, Film é uma perseguição entre dois personagens E (eye/olho), o olhar subjetivo da câmera, e O (objeto), interpretado pelo já velho Buster Keaton. O tenta desesperadamente evitar ser percebido enquanto foge cambaleando pela rua até trancar-se em um quarto cheio de olhos, onde continua sua batalha por auto-aniquilação.

Vitória estranha (Strange Victory)
dir. Leo Hurwitz, 1946, EUA, 64min
O documentário Vitória estranha foi realizado em um período no qual críticas à sociedade americana eram vistas como uma traição. Ainda assim, este filme, pouco visto e recém restaurado, compara a população dos Estados Unidos pós-guerra aos inimigos fascistas que o país derrotou. Ele desafia o sentimento futilmente patriótico e auto-congratulatório, popular nos EUA, na época, ao desmascarar a hipocrisia das relações domésticas racistas e anti-semitas, acompanhando a vitória do país sobre um inimigo evidentemente racista e genocida. Enquanto ouvimos um narrador (Gary Merrill) condenar a hipocrisia americana do pós-guerra, nós vemos uma mistura de imagens originais e de arquivo que mostram como os afro-americanos eram oprimidos, discriminados, segregados a piores moradias e estudos, proibidos de votar e vítimas da violência policial. Veteranos negros que haviam sido encarregados de pilotar aeronaves, retornaram para casa para encontrar ofertas de trabalho em posições desqualificadas.

Little Nemo
dir. Winsor McCay, 1911, EUA, 12min
Winsor McCay era um cartunista do New York Herald que também realizou as primeiras animações do cinema. Seu filme de estréia, Little Nemo, se baseou em sua tira de quadrinhos, de mesmo nome. McCay trabalhou em sua animação por um ano, sempre que encontrava tempo em sua agitada agenda. Um prólogo com a atuação do próprio diretor foi acrescentado e cada frame do filme foi colorido a mão. A cópia da Milestone foi masterizada a partir da única cópia em 35 mm existente do filme.

Na terra dos caçadores de cabeças (In The Land of the Head Hunters)
dir. Edward S. Curtis, 1914, EUA/Canadá, 66min
O renomado fotógrafo Edward S. Curtis dedicou sua vida a documentar o mundo dos indígenas norte americanos. Ele criou um dos primeiros longas-metragens dramáticos da história do cinema - uma obra-prima estrelando membros da tribo Kwakwaka'wakw (Kwakiutl) da Colúmbia Britânica. O melodrama fantasmagórico de Curtis conta a história da jornada espiritual de amor e desilusão de um guerreiro, frente uma batalha entre tribos para salvar sua noiva. O estilo documental do filme que se concentra em detalhes históricos e o lendário olhar para composição de Curtis fazem de Na terra dos caçadores de cabeças um dos filmes mais bonitos da era silenciosa e uma impressionante evocação da cultura nativa norte americana, famosa por sua incrível herança artística. Alguns aspectos do filme se basearam na tradição oral dos Kwakwa'wakw e retratam com precisão rituais tribais. A versão de Milestone do filme é uma reconstrução tingida da obra original de Curtis (que para muitos anos ficou perdida), que vem com uma nova gravação da trilha sonora original.

Quando chove (When it Rains)
dir. Charles Burnett, 1995, EUA/França,13min
No dia do Ano Novo, um contador de histórias local (interpretado por Ayuko Mabu) tenta ajudar uma mulher (Florence Bracy) a pagar seu aluguel para que ela e seus filhos não sejam colocados para fora de casa. A ajuda, no final, vem de um lugar inesperado. O realizador Billy Woodberry (que colaborou com Burnett em Abençõe seus pequeninos corações) aparece em um pequeno, porém memorável papel. Quando chove é um belo retrato musical de uma comunidade afro-americana de South Central, Los Angeles, o cenário para vários dos filmes de Burnett. O crítico Jonathan Rosenbaum classificou o filme como um dos melhores de todos os tempos e escreveu, “Este é um dos raros momentos do cinema em que o jazz influência diretamente a narrativa do filme.”

Sapatos (Shoes)
dir. Lois Weber, 1916, EUA, 53min
Eva Meyer (interpretada por Mary MacLaren) é uma pobre vendedora de lojas de 1,99. Ela é a única assalariada de uma família de três irmãs, mãe e um pai que não consegue arrumar emprego. No fim de cada semana, Eva entrega obedientemente seu salário para sua mãe (Mattie Witting), mas, ao se ver cada vez mais sem saída, considera as investidas de Cabaret Charlie (William V. Mong), um mulherengo com más intenções. Sapatos foi adaptado de um conto de um conto do mesmo nome de Stella Wynne Herron, inspirado por sua vez, no livro sobre prostituição, A New Conscience and an Ancient Evil, da reformista social Jane Addams, escrito em 1912. A epígrafe do filme diz: "Quando seus sapatos se tornaram usados demais para aguentar um terceiro solado e ela possuía nada além do que 90 centavos para um novo par, desistiu da luta; usando suas próprias insolentes palavras, ela foi ‘vendida por um novo par de sapatos’". A sessão dupla de Quando chove e Sapatos será seguida por um debate com Juliana Costa, pesquisadora gaúcha da obra de Lois Weber e de outras das primeiras realizadoras de cinema.

Os exilados (The Exiles)
dir. Kent Mackenzie, 1961, EUA, 72min
O longa de estréia de Mackenzie mostra um dia na vida de um grupo de jovens indígenas americanos que deixaram suas reservas nos anos de 1950 para morar em Los Angeles, no bairro de Bunker Hill – uma área residencial degradada com mansões vitorianas decadentes. O filme estrela os atores não profissionais Yvonne Williams, Homer Nish e Tommy Reynolds em um retrato enérgico, sem melodrama, de uma comunidade marginalizada. O roteiro foi montado a partir de uma série de entrevistas que são apresentadas com voz em off. Nenhum outro filme da época retratou os nativos americanos como protagonistas, e consequentemente, Os exilados não conseguiu distribuição, sendo lançado apenas em 2007, décadas depois de sua realização e da morte prematura de Mackenzie em 1980. Para muitos críticos e pesquisadores, é um dos primeiros filmes neorrealistas feitos nos Estados Unidos.

O casamento do meu irmão (My Brother's Wedding)
dir. Charles Burnett, 1983/cortedo diretor de 2007, EUA/Alemanha, 81min)
Charles Burnett é frequentemente considerado um dos maiores cineastas afro-americanos. Seu segundo longa-metragem (realizado após o renomado O matador de ovelhas, de 1977), O casamento do meu irmão é inteligente, engraçado, triste de cortar o coração e atemporal. Pierce Mundy (interpretado por Everett Silas) é um jovem negro que trabalha na lavanderia de seus pais, no degradado bairro de South Central em Los Angeles, sem perspectivas para o futuro e tendo seus amigos de infância sido mortos ou presos. Com a saída da prisão de seu melhor amigo e a preparação do casamento de seu irmão com uma mulher de família rica, Pierce navega por suas obrigações conflitantes enquanto procura descobrir o que ele próprio quer para sua vida. O drama, que se desloca por diferentes protagonistas com um tom de comédia, foi inicialmente roubado de Burnett por seus produtores, que tentaram, em vão, distribui-lo nos Estados Unidos em uma versão de duas horas. Apenas em 2007, quando diversos filmes de Burnett foram adquiridos pela Milestone, o diretor conseguiu reeditar o filme em sua versão preferida mais curta, que passou a ser a mais circulada.

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