Sinopse: A vampira Mavis (Selena Gomez) e o
humano Jonathan (Andy Samberg) se casaram e continuaram morando no Hotel
Transilvânia, já que Drácula (Adam Sandler) ofereceu um emprego ao genro. Ele
na verdade quer que sua filha permaneça ao seu lado, especialmente quando ela
revela estar grávida. Eufórico com a notícia, Drácula torce para que seu neto
seja um vampiro de verdade e busca, a todo instante, indícios de que isto
acontecerá. Entretanto, o pequeno Dennis (Asher Blinkoff) está prestes a
completar cinco anos e, ao menos por enquanto, tudo indica que ele é um humano
normal.
O primeiro Hotel
Transilvânia não tinha nenhum pingo de originalidade, mas acertava em cheio num
humor delicioso e bem cartunesco. Em tempos em que os filmes de animação sempre
buscam agradar os dois públicos (adulto e infantil) o filme original não tinha
nenhuma carga pretensiosa em agradar os dois mundos, mas no que foi apresentado
foi o suficiente para agradar a todos. Agora nessa sequência, a trama perde o frescor
do primeiro, mas se mantém nos trilhos com relação ao que funcionou, o que
torna esse retorno ao hotel de Drácula não algo dispensável, mas sim muito
divertido para ser apreciado.
Após ver a sua filha Mavis
se casar com Jonathan, Drácula concentra todo o seu lado paternal agora no seu
neto Dennis que acabou de nascer. Porém, Dennis não demonstra sinais de que
será um vampiro que nem o avô, o que faz esse último usar todos os recursos que
estão disponíveis para fazê-lo se tornar um. É ai que as atrapalhadas começam a
surgir a todo o momento, rendendo inúmeros momentos de humor do começo ao fim.
Se no original as piadas com
relação ao mundo de hoje eram até contidas, aqui a todo o momento elas são disparadas,
não somente para rir, mas também para fazer uma caprichada crítica. Para
começar, Drácula se atrapalha todo perante aos costumes dos humanos, como no
caso deles usarem celulares e serem viciados em selfie todo momento. Como se já
não bastasse, a internet em si deixa o protagonista em situação apertada,
rendendo um momento constrangedor e divertido.
Como eu disse acima, o filme
não polpa em fazer piada com o mundo de hoje, principalmente ele sendo tomado
pela onda politicamente correta que se espalha hoje em dia: a sequência em que
Drácula leva o seu neto para um acampamento de jovens vampiros, aonde tudo é
bastante protegido para as crianças não se machucarem sintetiza muito bem isso.
É aqui, aliás, que as melhores piadas acontecem e, portanto não se surpreenda
se passar mal de tanto rir durante a sessão.
Infelizmente o ritmo positivo
do decorrer do filme se perde quando chegamos ao ato final. Isso tudo porque,
surge do nada, um vilão dispensável, sendo que ele está ali unicamente para
gerar conflito, momentos de pancadaria desnecessária e que não combinam com a
proposta do filme. Uma pena, pois no ato final surge Vlad, o pai de Drácula e
ele protagonista uma das grandes piadas da trama, onde tira maior sarro do clássico
Drácula de Brans Toker de Coppola.
Apesar desse deslize,
Hotel Transilvânia 2 é um divertido filme família, do qual você lamenta dele
ser tão curto, pois desejamos continuar naquele divertido hotel fantasmagórico.
Que venha então Hotel Transilvânia 3.
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