Sinopse: Kaguya era
um minúsculo bebê quando foi encontrada dentro de um tronco de bambu brilhante.
Passado o tempo, ela se transforma em uma bela jovem que passa a ser cobiçada
por 5 nobres, dentre eles, o próprio Imperador. Mas nenhum deles é o que ela
realmente quer. A moça envia seus pretendentes em tarefas aparentemente
impossíveis para tentar evitar o casamento com um estranho que não ama. Mas
Kaguya terá que enfrentar seu destino e punição por suas escolhas.
O filme mostra que, para
encantar o cinéfilo, não é preciso utilizar animação computadorizada ou até
mesmo efeitos especiais. Basta apenas encontrar um equilíbrio entre a técnica e
a emoção para que o resultado final seja plenamente satisfatório, como o
encontrado nesta produção lindíssima. Inspirada no conto popular japonês O
Corte do Bambu e dirigido pelo veterano
Isao Takahata, O Conto da Princesa Kaguya é um verdadeiro deleite para os
olhos de quem assiste, já que são inúmeras as sequências que vão deixar o cinéfilo estupefato com a beleza de suas imagens
desenhadas apenas com lápis, com uma simplicidade que não se vê atualmente,
como a sequência em que a protagonista volta a brincar na árvore que fez parte
de sua infância.
Apenas alguns detalhes são feitos com
computação para dar mais tridimensionalidade, o que pode ser visto numa cena em
que Kaguya caminha entre uma plantação de bambus. Mas é realizado de forma tão
discreta que mal dá para perceber. Além disso, o filme também chama a atenção
por mostrar como se comporta a sociedade japonesa, onde as pessoas podem
ascender socialmente e comprar títulos para se tornarem mais respeitáveis,
desde que tenham dinheiro para tal.
Isso sem falar nas questões
envolvendo o papel da mulher neste universo, que Kaguya insiste em desafiar, já
que não deseja ser submissa a ninguém. Na verdade, tudo o que ela quer é viver
uma vida mais simples, junto à natureza. Outro destaque do filme está na sua belíssima
trilha sonora, cujo tema principal ficará certamente na memória do espectador
ao fim da sessão.
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