DISNEY RETORNA AO CAMINHO DO SUCESSO COM VELHAS E NOVAS FORMULAS.
Sinopse: A destemida e
otimista Anna parte em uma épica jornada ao lado do radical alpinista Kristoff
e da sua leal rena Sven para encontrar sua irmã Elsa cujos poderes gelados
condenaram o reino de Arendelle a enfrentar um inverno sem fim. Numa corrida
contra o tempo para impedir o reino de ser destruído Anna e Kristoff
encontrarão trolls místicos um divertido boneco de neve chamado Olaf
baixíssimas temperaturas e muita magia em todos os lugares.
Desde que o pai da Pixar John Lasseter assumiu
a DisneyToon Studios, parece que a casa do Mickey finalmente colocou o trem nos
trilhos e tem pelo menos lançado um sucesso a cada final de ano sem a ajuda da
Pixar ou de um filme da Marvel estúdios. Neste meio tempo foram lançados filmes
como, Enrolados, que retorna o sucesso das princesas no cinema e Detona Ralf,
que fez um grande sucesso entre a garotada. Agora, em meio ao calor que nos
brasileiros sentimos nesse momento, chega aos cinemas Frozen - Uma aventura
congelante, que fortalece o retorno aos bons tempos que o estúdio fazia filmes
baseados em contos de fadas.
A co-diretora e
roteirista Jennifer Lee, que comanda a produção ao lado do experiente Chris
Buck (“Tarzan” e “Tá Dando Onda”) fez uma adaptação livre do clássico conto “A
Rainha da Neve”, do dinamarquês Hans Christian Anderson. Diferente de sua fonte
de origem, a monarca aqui é uma vitima das circunstâncias e não uma vilã. A
princesa Elsa, após sem querer ferir sua irmã mais nova, Anna, com seus poderes
sobre o frio e o gelo, se torna uma criança fechada do mundo. Ao chegar o momento de assumir o trono, ela sem querer faz desabar uma nevasca em pleno verão,
fugindo então desesperada.
Ao deixar o reino sob
os cuidados do seu noivo(no qual noivou
no primeiro dia que o conheceu), o príncipe Hans, Anna vai em busca de sua
irmã, com a intenção de salvar a sua família e seu reino, tendo como companhia um
aventureiro vendedor de gelo Kristoff, a rena Sven e o boneco de neve
encantado e engraçado Olaf, encontrando no caminho perigosos seres como lobos e
gigantes de gelo.
No final das contas “Frozen” é uma aventura
sobre descobertas de si mesmo e aceitar da maneira como a pessoa é. Elsa sempre
se fechou, fugindo de quem ela era e com medo de machucar aqueles que ela
amava. Já Anna sempre teve o desejo de ser uma grande aventureira, sair pelo
mundo, encontrar um amor verdadeiro, mas sempre tentando resgatar sua irmã do
mundo em que ela se fechou. Embora os personagens Kristoff e Hans sejam essenciais
para a trama, os arcos dramáticos das irmãs são os verdadeiros momentos chaves
e dramáticos do filme.
Claro, que por ser baseado
em um conto de fadas, obviamente o estúdio traz de volta algumas formulas que
fizeram sucesso no passado, que embora desconhecidas para essa nova geração,
acaba ainda funcionando atualmente, Mas é ai, que quando eles usam aquela velha
historia da princesinha se apaixonar por um príncipe no primeiro dia que ela
conhece, eis que o próprio estúdio, que tanto venerou isso no passado, tira o
maior sarro e rendendo um momento engraçado e outro inesperado, gerando então
uma dança nas cadeiras, que embora forçada, também valeu como uma boa tentativa
de se inovar. Mas isso tudo se torna irrelevante quando a trama foca em Elsa,
talvez a personagem mais bem desenvolvida e trágica do longa.
O coração mesmo do
filme bate entre a relação complicada entre as duas irmãs, que embora se amem,
a maldição do gelo de Elsa faz com que se separem. E se muitos pensam que o
mascote mágico Olaf serve de apenas alivio cômico (e certeiro) nos momentos em
que ele surge, saibam que ele é essencial para formar um elo entre o passado e
o presente das duas e fazer com que ambas fiquem juntas novamente.
Visualmente, o filme
é de um esplendor magnífico, sendo que o castelo de gelo de Elsa é de uma magnificência
estupenda e muito bem desenhada. Com relação ao visual dos personagens, são
todos assim redondinhos, que remete outro grande sucesso do estúdio Enrolados e
não me admira que as duas princesas se tornem bonecas para serem vendidas nas
lojas. Embora o 3D seja dispensável em alguns momentos, ele se torna incrível quando
da uma profundidade nos cenários, principalmente nos momentos que focam o reino
das duas princesas.
Mas tecnicamente a
sua maior peça chave de sucesso do filme, talvez seja os números musicais.
Claro que muitos torcem o nariz quando eles surgem na historia, mas se eles
forem usados para fluir melhor a historia, então é mais do que valido,
principalmente se eles são muito bem feitos. A seqüência do momento em que Elsa
se sente livre e a vontade para usar os seus poderes como bem entender, é
talvez o melhor momento musical do filme e que dificilmente o publico que
assiste e ouve-a ela cantando, não deixara de se identificar com ela.
Embora com um final
amarradinho e bem previsível, Frozen – Uma Aventura Congelante é uma ótima pedida
para todas as idades, pois embora ajam doses de lição de moral bem acavales também
há certas nuances adultas e que poderá agradar até mesmo o publico mais velho e
exigente. Disney aprendendo muito bem a usar as formula de sucesso que a Pixar tão
perfeitamente.
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