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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Cine Dica: Em Blu-Ray e DVD: EU, ANNA



Sinopse: Sem conseguir dormir direito há semanas devido à recente separação, o detetive Bernie Reid (Gabriel Byrne) ronda a cidade de madrugada. Ao atender uma chamada, ele parte para um apartamento onde encontra um homem morto. Lá vê de relance uma mulher, Anna Welles (Charlotte Rampling), que lhe chama a atenção. Eles apenas se conhecem realmente em uma festa de solteiros e não demora muito para que engatem um relacionamento. O que Bernie não imaginava era que Anna era a assassina que estava procurando.
  
Baseado no best seller internacional de Elsa Lewin, Eu,Anna é o primeiro longa metragem do diretor britânico Barnaby Southcombe, onde em menos de uma hora e meia, nós  joga em um filme de suspense elegante e que nem tudo que nos é apresentado é 100% explicado de imediato. Na verdade, a grande alma do filme fica na própria protagonista, interpretada de uma maneira assombrosa pela atriz britânica Charlotte Rampling (Melancolia). Durante todo o filme, ficamos ao lado de Anna, que sofre com o divorcio recente, mas ao mesmo tempo busca um novo parceiro numas festas de solteiros.
Em uma dessas festas, acaba conhecendo o inspetor chefe Bernie Reid (Gabriel Byrne), que ao mesmo tempo sofre com um possível divorcio, também está investigando um assassinato que aconteceu na cidade. De alguma forma, Anna está envolvida nesse crime, mas até aonde ela é culpada? O diretor destrincha as respostas em flashback, que tanto mostra a noite do crime aos poucos, como também mostra a queda psicológica de Anna e os motivos que a levaram até ali.
Na verdade ao poucos, percebemos que a protagonista não está bem, sendo que ela se mostra realmente sã, no momento que dialoga com a sua filha Emmy (Hayley Atwell), que (aparentemente) mora com ela e com a sua neta recém nascida. Através dessa relação é que se tiremos certas pistas sobre o que se passa realmente com Anna e o que aconteceu com ela. As respostas que vem não são fáceis, principalmente que se cria um sentimento confuso no espectador que assiste com relação à Anna, sendo que não sabemos se sentimos pena ou ficamos bravos com ela devido as suas ações.          
Embora estreando na direção, Barnaby Southcombe surpreende ao criar uma trama que prende a atenção do cinéfilo do começo ao fim e fazer um belo casamento com a sua forma de filmar ao lado de uma trilha sonora de suspense bastante bela de se ouvir. Todos esses ingredientes culminam num final surpreendente, triste, ao mesmo tempo corajoso e poucas vezes visto no cinema. O desempenho de Charlotte Rampling fortalece isso e mesmo sendo mãe do diretor, ela não foi poupada em cenas fortes e que se exigia o melhor dela.     
Embora curto Eu, Anna é uma pequena aula de como se faz um belo suspense, que embora a trama soe familiar, quando se é bem dirigida nos emociona pelos destinos dos personagens que ficam em abertos, que são vitimas de suas próprias ações e que não desejavam estar naquela posição melancólica.        


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