Na minha 30ª participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural, irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua influencia é sentida até hoje.
O JOGO DA MORTE
Sinopse: Bruce Lee ele é Bily Lo, um ator de filmes de artes marciais. Sua namorada também está alcançando sucesso como cantora quando um "sindicato" criminoso oferece "proteção" aos dois. Bily sabe que eles serão explorados e não aceita, o que faz com que sejam ameaçados. Para enfrentá-los ele forja a sua própria morte e se infiltra na organização para destruí-la completamente.
Neste que se tornou um dos mais famosos (e último) filmes de Bruce Lee, ele na verdade nunca conseguiu terminar este filme pois morreu antes, em 1973. Na realidade, quando surgiu a proposta para Lee atuar em Operação Dragão, ele estava envolvido neste projeto, mas como achou a oferta da Warner mais atraente, decidiu deixar esse filme de lado, para então se dedicar no filme que o consagraria no ocidente. Assim então, O Jogo da Morte se tornou um filme inacabado, onde boa parte das filmagens feitas são to arco final, onde Lee e outros lutadores participam de um jogo de lutas, onde eles vão subindo numa torre e tem que enfrentar um lutador por vez.
O filme só seria concluído em 1978, com uma nova historia e se tornou quase autobiográfico, pois o personagem é um ator de artes marciais que finge sua propia morte para escapar de mafiosos para então caça-los um por um. Embora os produtores tenham se esforçado na criação desse filme, não há como negar que ele envelheceu mal em alguns aspectos como trazer o Bruce Lee a vida: foram usados ao todo dois dublês, que na maioria das vezes, hora usava óculos escuros para disfarçar, hora fica ficava de lado ou simplesmente nas sombras para cobrir o rosto. Talvez o pior momento foi já no inicio do filme, onde o dublê tem o seu rosto substituído pela imagem de Lee no espelho, mas que visto hoje em dia é bem nítido a imagem sobreposta em outra.
Curiosamente, tanto neste filme, como na continuação de 1981 foram usadas imagens verdadeiras do enterro de Bruce Lee como sendo do enterro do personagem! Apesar de Bruce Lee constar como parte do elenco nos créditos do segundo filme ele nunca esteve envolvido diretamente nesta produção, pois já estava morto. Um ator oriental foi usado no lugar do astro interpretando um irmão dele na trama e existem algumas cenas com o verdadeiro Bruce Lee, mas retiradas de outros filmes.
Embora com todos esses defeitos, o filme é uma pequena declaração de amor que muitos tinham pelo astro naquele tempo e a produção passou a ser cultuada, tanto que Tarantino prestou homenagem há esse filme no seu Kill Bill. Destaque para os históricos combates com Chuck Norris (retirado de O Voo do Dragão) e Kareem Abdul Jabbar no embate final da trama.
3 comentários:
Gostei muito da matéria, tanto que vou seguir o blog pra também ler às anteriores. Bruce Lee é um dos maiores ícones do cinema e da história, que deixou um importante legado. Todos os seus filmes são bons e esse vale pelo contexto em que foi feito. Obrigado pela postagem amigo!
Curioso: de todos os filmes com esse tema que você mencionou aqui todos eles, sem querer, acabam me lembrando Jiraya.
De nada Heri e seja bem vindo
Jiraya? Porque sera Bussola
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