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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: Minha Mãe é uma Peça - O Filme


Sinopse: A trama conta a história das loucuras da mãe e dona de casa Hermínia uma mulher de meia idade aposentada e sozinha que tem como preocupação maior procurar o que fazer.

O cinema brasileiro atualmente vive de duas formas: entreter e refletir, sendo que o primeiro é o que acaba rendendo para os bolsos dos produtores, que cada vez mais investem em filmes de comedia para atrair as massas interessadas em ir ao cinema do shopping unicamente para se descontrair. É claro que conforme o tempo passa boa parte dessa safra humorística irá se perder com o tempo, pois quem vai se lembrar do filme E ai Comeu? daqui a dez anos? Nem toda piada que se preze sobrevive ao tempo é claro. Eis que então cheguemos a Minha Mãe é Uma Peça, baseado numa peça de teatro de grande sucesso (um milhão de espectadores), cuja essa versão cinematográfica possui um grande acerto: Paulo Gustavo.
Assim como na versão teatral, Gustavo interpreta aqui Hermínia com uma intensidade absurda, onde simplesmente incorpora a personagem de tal forma, que chegamos até esquecer que é um ator e não atriz que está diante de nossos olhos. Com trejeitos amalucados, piadas certeiras e sem papa na língua, a personagem Hermínia e seu interprete é o típico exemplo cada vez mais raro atualmente no cinema de um casamento perfeito e que dificilmente da para imaginar de outra forma na pele de outro ator. Praticamente com o filme no bolso, todo o foco da trama se concentra nela, sendo que seus filhos (Mariana Xavier e Rodrigo Pandolfo)  ex marido (Herson Capri) e amante (Ingrid Guimarães) pouco podem fazer perante a essa entidade cheia de energia e que nos faz rir em boa parte da historia.
A trama em si não traz muita novidade, sendo que o atrito e magoa que a protagonista tem com os seus filhos no inicio do filme, serve unicamente para a trama se adentrar aos flashbacks e é aonde possui os melhores momentos: a seqüência da reunião dos moradores do prédio com a sindica é digna de nota. Curiosamente, o filme escapa de uma enrascada, quando por uns momentos o roteiro é invadido pelo lado melodramático, mas quando isso acontece, serve unicamente mais para compreendermos melhor a obsessão pelo cuidado e carinho em abundancia que a protagonista tem pelos seus filhos. Nunca é demais também refletirmos dentro do universo do humor.
Com cores quentes, que remetem as melhores fases das comedias espanholas, Italianas e do nosso próprio cinema, Minha Mãe é uma Peça entra e sai sem ambições, sendo que a produção veio unicamente  para entreter publico, mas que felizmente nos rimos e continuamos com o sorriso no rosto depois que saímos da sala de cinema. 

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4 comentários:

renatocinema disse...

Essas comédias não são muito a minha cara. Prefiro o segundo estilo: o da reflexão.

abraços

Marcelo Castro Moraes disse...

Pois é, pegamos um exemplo: vc esta andando na rua daqui a dez e de repente vc para e começa a se de um filme brasileiro lá atras. A pergunta é...estará se lembrando do Som ao Redor ou E ai Comeu?

Minha mãe é uma peça se sai melhor mais graças ao seu interprete.

renatocinema disse...

Gostei muito de Som ao Redor.


A mistura de gêneros é que salvará de vez nosso cinema nacional.

abs

Bússola do Terror disse...

Na verdade, no Brasil, os filmes pra divertir sempre ganharam dos filmes pra refletir.
Faz parte da própria mentalidade do brasileiro evitar o ´papo cabeça` e preferir se preocupar só com futebol, carnaval e novela.
Não que seja errado falar sobre futebol, carnaval ou novela. Mas pensar SÓ nisso sempre foi uma característica brasuca, infelizmente.