Sinopse: João Goulart havia
sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo
após o golpe de Estado de 1 de abril de 1964. Depois disso, Jango viveu exilado
na Argentina, onde morreu em 1976. As circunstâncias de sua morte no país
vizinho não foram bem explicadas até hoje. Seu corpo foi enterrado
imediatamente após a sua morte, aumentando as suspeitas de assassinato
premeditado. Este documentário traz o assunto de volta à tona e tenta
esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil.
Se eu paro por um momento e
olho para traz, percebo a enorme quantidade de títulos brasileiros que foram
lançados recentemente e que foca exclusivamente eventos do período da ditadura
militar, desde os documentários há tramas fictícias. O diretor Paulo Henrique
Fontenelle (Loki) decide se aventurar, ao adentrar num verdadeiro quebra
cabeças sobre a vida e a morte de João Goulart, que até hoje existe mais perguntas
do que respostas. Assim como o genial O Diário de uma Busca, a produção lembra
por vezes um filme investigativo, onde tanto o cineasta como as pessoas ligada
a Goulart tentam destrinchar cada parte dessa complicada historia.
Curiosamente, o filme
surpreende ao mostrar de uma forma explicita os verdadeiros peões que foram responsáveis
pela queda do Presidente, sendo que para nossa surpresa, o próprio governo dos
EUA é que acabou se envolvendo em meio aos bastidores, pois acreditavam que a
forma que Goulart estava administrando o País, acabaria levando o governo para
uma situação bem pior. Atualmente fica
meio difícil imaginar se foi para melhor ou para pior a intervenção dos
americanos, mas o resto da historia todos nos conhecemos: o golpe de 1964 em
que os militares tomaram o governo e o exílio de João Goulart na Argentina. A
partir desse ponto Fontenelle começa a focar inúmeras coincidências durante
aquele fatídico período, como a morte dos aliados do ex Presidente em pouco
espaço de tempo e a morte do próprio em que até hoje está sob investigação.
A investigação dos produtores
dos documentários chega a um ponto, em que tudo que é apresentado na tela se
torna uma verdadeira teia de eventos, que acaba formando uma imensa teoria da conspiração, em que nos leva a um
surpreendente encontro do filho de Goulart com uma figura que só não direi quem
é para não estragar a surpresa. Embora o filme tenha começo, meio e fim, os
minutos finais terminam em aberto para o espectador, pois as investigações da morte
do ex Presidente ainda prosseguem, assim como também as inúmeras investigações sobre
os desaparecimentos e mortes de inúmeras pessoas daquele complicado período. Um
filme para ser visto por todos e como um alerta para que tempos como aqueles não
voltem mais.
NOTA: O filme ainda não se
encontra em cartaz, sendo que eu o assisti numa sessão especial pelo Cine Clube
Zero Hora.
2 comentários:
Amo documentários históricos. Porém, sempre devemos lembrar que ele possui um ponto inicial em que o diretor direciona a câmera para sua visão.
Não sei o Brasil estaria melhor ou pior a queda do Jango.......igual jamais.
Te indico o documentário Hércules 56.
Imperdível.
abs
Anotado Renato
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