11 a 16 de setembro de 2012
Entrada Franca
Dia 11, às 19h - Debate sobre os
períodos de resistência e redemocratização no Brasil, Chile e Argentina com
UBIRATAN DE SOUZA, FLÁVIO KOUTZII, RAUL
ELWANGER e CARLOS ZANZI GONZÁLES.
Clássico brasileiro é um dos grandes destaques da mostra
No ano em que o Brasil conseguiu
finalmente instalar a sua Comissão da Verdade para investigar os casos de
violação dos direitos humanos contra os cidadãos brasileiros durante o período
da ditadura militar, o CineBancários em parceria com o Sul21 e o Comitê Carlos
de Ré - Da Memória Verdade e Justiça traz sua contribuição ao tema com a mostra
Imagens da Verdade - Memória e Resistência na América Latina.
A mostra conta com o patrocínio do
Banrisul, através do financiamento da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e com
o apoio do Sintrajufe, Versátil Home Vídeo e Programadora Brasil .
Ao longo de uma semana, serão
mostrados seis títulos que colocam em cena regimes de exceção em três
diferentes países da América Latina que estão entre os que mais sofreram com os
desmandos da violência de Estado: Argentina, Brasil e Chile. Histórias
tristemente comuns, recuperadas pelas lentes de grandes diretores, para que o
passado não seja esquecido e a justiça possa enfim se fazer.
PROGRAMAÇÃO:
ARGENTINA
Crônica de uma Fuga (Crónica de una
Fuga), de Adrián Caetano (Argentina, 2006, 103 minutos)
Buenos Aires, 1977. Agentes secretos
trabalhando para a ditadura militar sequestram Claudio Tamburrini (Rodrigo de
la Serna), goleiro de um time da segunda divisão, e o levam para uma casa
abandonada, onde funciona uma prisão clandestina conhecida como Mansion Seré.
Ali, Claudio enfrenta o inferno de interrogatórios e torturas, sem saber exatamente
porque foi detido. Conversando com outros detentos ele descobre que foi
delatado por um amigo, participante de um grupo da luta armada, que firmou um
pacto para entregar pessoas não envolvidas e, assim, ganhar tempo para que os
reais militantes pudessem escapar. Em uma noite de tempestade, Claudio e três
outros prisioneiros tentam fugir. Um dos grandes filmes recentes sobre a
ditadura militar na Argentina, dirigido pelo mesmo diretor dePizza, Birra y
Faso.
O Dia em que Eu Não Nasci (Das Lied in
Mir), de Florian Micoud Cossen (Argentina/Alemanha, 2010, 95 minutos)
Ao fazer uma escala em Buenos Aires, a
alemã Maria se vê perturbada por uma canção de ninar cantada por uma jovem
mulher. Ao contar o fato ao seu pai, descobre que passou os três primeiros anos
de sua vida em Buenos Aires, em plena ditadura militar, e que foi adotada por
ele. Diante disso, ela resolve sair em busca de seus verdadeiros pais para
tentar entender um pouco de seu passado. Neste processo, descobre o quanto sua
história pessoal está relacionada à sangrenta história recente da Argentina.
Prêmio de melhor filme no Festival de Zurique.
BRASIL
Pra Frente, Brasil, de Roberto Farias
(Brasil, 1982, 104 minutos)
Em 1970 o Brasil inteiro torce e vibra
com a seleção de futebol no México, enquanto prisioneiros políticos são
torturados nos porões da ditadura militar e inocentes são vítimas desta
violência. Todos estes acontecimentos são vistos pela ótica de uma família
quando um dos seus integrantes (Reginaldo Faria), um pacato trabalhador da
classe média, é confundido com um ativista político e "desaparece".
Um clássico do cinema brasileiro, Pra Frente, Brasil foi o primeiro filme
nacional a enfrentar abertamente a questão da ditadura militar no país, contribuindo
decisivamente para o processo de abertura política instaurado na segunda metade
dos anos 80.
Nunca Fomos Tão Felizes, de Murilo
Salles (Brasil, 1984, 90 minutos)
A história da relação de um filho com
seu pai, um homem desconhecido e misterioso (Cláudio Marzo), que vive na
clandestinidade em função de seu envolvimento com a guerrilha durante os anos
da ditadura militar. Um filme em ritmo de thriller que mobiliza o espectador,
esta adaptação do conto Alguma Coisa Urgentemente, do escritor gaúcho João
Gilberto Noll é um marco do moderno cinema brasileiro.
CHILE
A Batalha do Chile (La Batalla de Chile), de
Patricio Guzmán (Cuba/Chile/França/Venezuela, 1975-1979, Parte 1, 100 minutos;
Parte 2, 90 minutos; Parte 3, 82 minutos)
Considerado um dos melhores e mais
completos documentários latino-americanos, A Batalha do Chile é o resultado de
seis anos de trabalho do cineasta Patricio Guzmán. Dividido em três partes (A
Insurreição da Burguesia, O Golpe Militar e O Poder Popular), o filme cobre um
dos períodos mais turbulentos da história do Chile, a partir dos esforços do
presidente Salvador Allende em implantar um regime socialista (valendo-se da
estrutura democrática) até as brutais consequências do golpe de estado que, em
1974, instaurou a ditadura do general Augusto Pinochet no país.
A Casa dos Espíritos (The House of the
Spirits), de Bille August (Portugal/Alemanha/Dinamarca/Estados Unidos, 1993,
145 minutos)
A história do Chile da década de 20
aos anos 70 é contada através da saga da família Trueba, que começa com a união
de um homem simples, que fica rico, com uma jovem de poderes paranormais. A
saga se desenvolve até esta família ser atingida pelo golpe militar que no
início da década de 70 derrubou o presidente Salvador Allende. Superprodução,
com elenco estelar (Meryl Streep, Glenn Close, Jeremy Irons, Antonio Banderas,
Vanessa Redgrave, Winona Ryder), que adapta para o cinema o best seller da
escritora chilena Isabel Allende.
GRADE DE HORÁRIOS
11 de setembro (terça-feira)
15h – Nunca Fomos Tão Felizes
17h – A Casa dos Espíritos
19h – Debate sobre os períodos de
resistência e redemocratização no Brasil, Chile e Argentina com UBIRATAN DE
SOUZA, FLÁVIO KOUTZII, RAUL ELWANGER e
CARLOS ZANZI GONZÁLES.
12 de setembro (quarta-feira)
15h – A Batalha do Chile – Parte 2
17h – A Batalha do Chile – Parte 3
19h – Pra Frente, Brasil
13 de setembro (quinta-feira)
15h – O Dia em que Eu Não Nasci
17h – A Batalha do Chile – Parte 1
19h – Crônica de uma Fuga
14 de setembro (sexta-feira)
15h – Crônica de uma Fuga
17h – A Casa dos Espíritos
19h – Nunca Fomos Tão Felizes
15 de setembro (sábado)
15h – A Batalha do Chile – Parte 2
17h – A Batalha do Chile – Parte 3
19h – O Dia em que Eu Não Nasci
16 de setembro (domingo)
15h – Crônica de uma Fuga
17h – Nunca Fomos Tão Felizes
19h – Pra Frente, Brasil
Fonte: CineBancários.
2 comentários:
PARABÉNS PELA DIVULGAÇÃO.
ASSISTI APENAS PRA FRENTE BRASIL, ANOS ATRÁS.
E ADOREI.
Pra Frente Brasil é uma tragédia brasileira, né? E o pior é que não tem nada de fantasioso nem de impossível na história.
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