Aproveite pessoal, pois no dia 4 de setembro, às 19h30, o CineBancários de Porto
Alegre, terá sessão especial (com entrada franca) do o filme Uma Noite
Alucinante 2, comentada
por André Kleinert, diretor de Programação do Clube de Cinema da capital e autor do blog Antidicas de Cinema, e Cristian Verardi, crítico de cinema e autor do blog Cinema Ex-machina. Lembrando, que a trilogia completa do
cineasta Sam Raimi, será exibida na sala nos dias 04 á 09
de setembro.
Mas enquanto o dia 04 não chega, relembremos um pouco,
cada filme desse cultuado diretor, que fortaleceu o termo “terrir”dentro do gênero
de terror.
Uma Noite Alucinante 2
Sinopse: Uma espécie de meio-termo
entre seqüência e refilmagem de A Morte do Demônio. Ash continua aprisionado na
floresta perseguido pelo espírito maligno do primeiro filme. Ele deverá fazer
de tudo para sobreviver mais uma noite no inferno dentro da floresta, enquanto
faz de tudo também para não enlouquecer.
Inovador, com
movimentos de câmera surpreendentes. Diferente do que muitos imaginam esse
filme não é uma seqüência do filme original e sim uma recriação da mesma trama,
com a diferença do prólogo ser um tanto diferente, um orçamento mais generoso e
mais voltado para o lado do humor negro (a parte que o protagonista tenta matar
a sua própria mão é hilário). Muito embora, podemos interpretar o inicio do
filme, como uma espécie de resumo do filme anterior, e o que vemos a seguir,
são eventos posteriores do dia seguinte.
Com mais dinheiro,
Sam Raimi em nenhum momento desacelera, e nos proporciona seqüências inesquecíveis
e que desafiam a própria lógica do absurdo. Talvez tenha sido um dos últimos grandes
filmes da década de 80, a usar o stop motion, que começaria a sair de cena conforme
os anos fossem passando (o diretor voltaria a usar bastante em Uma noite
Alucinante 3). É claro, que quando se fala nestes filmes de Raimi, todo mundo
se lembra de sua câmera vertiginosa, acelerada, sem limites e que nos faz agente
ficar nos perguntando como ele teve a capacidade de fazer certas cenas. Bom
exemplo disso é quando a câmera (representando a entidade demoníaca) corre em
meio à floresta, chegando à cabana, atravessando ela, para então finalmente
pegar Ash e o fazer parecer uma espécie de boneco de papelão girando no ar.
É claro que, fora
toda a proeza do cineasta, o sucesso de Uma Noite Alucinante se deve muito também ao seu companheiro de longa data Bruce
Campbell. Dono de uma cara debochada, e cheia de carisma, o ator nunca
demonstrou certa versatilidade na carreira, mas sempre transbordou sua veia cômica
que lembra muito o estilo dos Três Patetas. Mesmo num filme que era para gerar
puro medo, sua interpretação como Ash, gera momentos em que o publico não para
de rir, mesmo nas situações mais grotescas horripilantes.
Com um final que da
um belo gancho para a seqüência seguinte, Uma Noite Alucinante 2 é o meu filme
preferido, dessa “trilogia terrir” sem nenhuma igual, que gerou imitadores, mas
jamais foi superada e muito menos será num (infelizmente) possível remake.
Curiosidades:O autor
Stephen King é um grande fã de Uma Noite Alucinante – A Morte do Demônio, tendo
convencido o produtor Dino De Laurentiis a produzir sua continuação durante um
jantar. Foi considerada a possibilidade de que Uma Noite Alucinante 2 fosse uma
refilmagem do original. Como não foi possível conseguir os direitos para exibir
algumas cenas, o início da história foi recriado.
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