Sinopse: Bem-vindo à Rekall,
companhia que pode transformar seus sonhos em memórias reais. Para um operário
de fábrica como Douglas Quaid (Colin Farrell), embora tenha uma bela esposa,
Lori (Kate Beckinsale), que ama, a viagem pela mente soa como as férias
perfeitas de sua rotina frustrante - memórias reais de uma vida como espião
podem ser exatamente o que ele precisa. Mas, quando a operação dá errado, Quaid
se torna um homem caçado. Perseguido pela polícia - controlada por Vilos
Cohaagen (Bryan Cranston), líder do mundo livre -, Quaid alia-se à rebelde
Melina (Jessica Biel) para encontrar o líder da resistência do submundo Kuato
(Bill Nighy) e derrotar Cohaagen.
Fazer uma nova versão de um
filme que já deu certo, principalmente de um clássico, acaba se tornando uma
tarefa das mais ingratas, e quando o resultado final fica mais do mesmo, a
situação se torna completamente mal sucedida. Quando anunciaram uma nova versão
de O Vingador do Futuro, muitos (como eu) acreditaram que seria uma adaptação
mais próxima ao conto de Philip K. Dick, mas o que vemos na tela é um verdadeiro
xerox de muitas situações vistas no filme de 1990, onde somente a trama se casa
com um novo contexto mas não muito bem elaborado.
Dirigido pelo cineasta Len
Wiseman (Anjos da Noite), a produção começa bem, principalmente que os
criadores capricharam nos efeitos visuais, para a criação das imagens que
representam, tanto a Colônia, como a Federação, sendo que os seus visuais
rapidamente remetem a outros filmes (também baseados na obra de Philip K. Dick),
como Blade Runner e Minority report. À primeira vista, Colin Farrell até
demonstra estar bem à vontade no papel de protagonista, mas rapidamente se
perde no meio do caminho, por não possuir nenhum carisma e que faz com que
agente não consiga se identificar com ele em nenhum momento. Outro fator que prejudica
a produção é o fato da insistência em manter alguns pontos que faziam sentido
na produção de 1990, mas que aqui, não faz nenhum sentido estar. Como no caso
da aparição da mutante de três peitos, que estava no filme original, mas que lá
fazia todo o sentido, pois existia mutantes em marte, mas aqui, tanto marte
como os mutantes são riscados do roteiro, e fazendo desse e outros momentos não
fazerem sentido algum.
O filme poderia sair
ganhando, se aprofundasse mais no questionamento em que o protagonista vive, se
o que ele está vivenciando é real ou um mundo de fantasia que ele desejava, no
inicio da trama. Mas em vez disso, o filme se encarrega de disparar inúmeras cenas
de ação, uma atrás da outra, e que existem unicamente para entreter, mas que se
perde no meio do caminho, principalmente por elas sempre nos lembrar de outros
filmes, como o já citado Monority Report e Eu, Robô.
Por outro lado, é preciso dar credito ao
esforço da ala feminina, que foi muito bem representada pelas atrizes Kate
Beckinsale e Jessica Biel. Á primeira alias, é carinha conhecida do universo de
filmes de ação, principalmente da cine serie Anjos da noite (também comandada por
Len Wiseman), e aqui, ela faz a mesma personagem que pertenceu a Sharon Stone
no filme original, mas com uma participação bem maior e não se intimidando em
diversas seqüência de ação.Já Biel, por mais esforçada que seja, ainda não é
dessa vez que atuou num filme que a fizesse se consagrar, como a mais nova
atriz de filmes de ação (ela busca isso desde Blade: Trinity). Quem sabe da próxima
vez e com mais sorte é claro.
Com um ato final dos mais previsíveis
e que restringe qualquer momento de se fazer uma reflexão ou questionamento
junto com o personagem pelo que ele está vivendo, O Vingador do Futuro é um
filme divertido, mas facilmente descartado quando se sai da sala do cinema, e
por incrível que pareça, fez do clássico dirigido por Paul Verhoeven, um filme mais filosófico e
pensativo. Isso e muito mais, mesmo estrelado por um brucutu (mas com carisma)
como Arnold Schwarzenegger.
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