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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Cine Especial: Palma de Ouro em Cannes: Parte 1

Com a chegada do aguardado filme Azul é a cor mais quente nos cinemas brasileiros, vamos nos relembrar um pouco dos principais grandes vencedores de anos anteriores no Festival de Cinema de Cannes e que levaram a cobiçada Palma de Ouro.     

A DOCE VIDA(1960) 

Sinopse: Roma, início dos anos 60. O jornalista Marcello (Marcello Mastroianni em desempenho memorável) vive entre as celebridades, ricos e fotógrafos que lotam a badalada Via Veneto. Neste mundo marcado pelas aparências e por um vazio existencial, freqüenta festas, conhece os tipos mais extravagantes e descobre um novo sentido para a vida

O filme “La Dolce Vita”, do famoso Federico Fellini é um clássico na história do cinema: além de ter se tornado quase um sinônimo da Itália, um neologismo que nos remete a uma época na rua Veneto em Roma, entre mesas dos cafés e os paparazzi a procura da estrela da vez para ser fotografada.
Mas no começo o filme não foi um sucesso, aliás: na estréia o diretor e os atores foram vaiados e insultados pelo público, para o Marcello Mastroianni, por exemplo, um espectador gritou “Vilão, vagabundo, comunista!”, outro até cuspiu no Federico Fellini. Era o dia 5 de fevereiro de 1960, no cinema Capitol, em Milão.
Um filme que naquela época era visionário, inimaginável, sem moralismo, só podia escandalizar as hierarquias vaticanas e moralistas. Na Itália o ‘Osservatore Romano’, o jornal da Santa Sé se posicionou contra o filme e o diretor, na Holanda, por exemplo, foi censurado, apesar das bilheterias estarem arrecadando uma quantia recorde em toda a Europa.
Na verdade, A Doce Vida, não tinha mais nada de estranho: eram apenas sonhos em celulóides.


VIRIDIANA(1961) 

Sinopse: Pouco antes de ser ordenada freira, Viridiana faz uma visita ao seu solitário tio, que está à beira da morte. O homem, pervertido e obcecado pela sua beleza, tenta seduzi-la de todas as formas, antes de morrer repentinamente. Com a sua morte, acaba desistindo de ser freira, passando a morar na casa deixada pelo tio. Decide transformá-la em um albergue, movida pelo seu sentimento cristão de piedade e solidariedade, mas os mendigos que lá abriga, acabam lhe mostrando as verdadeiras facetas dos seres humanos.

Sempre dizendo que era ateu “graças a Deus" Buñuel não poupou em nada em escandalizar com esse filme na época. No governo Franco na Espanha, o filme foi proibido por vários anos, sendo somente exibido em 1977, dois anos após a morte de Franco. No geral, é um filme sobre a quebra de valores perante as tentativas frustradas na ajuda ao próximo, que aqui na visão do diretor, não rende exatamente frutos, principalmente se for seguindo as leis de Deus.
Apesar de tudo, a polêmica não foi o suficiente para o filme deixar de ser um grande sucesso de critica na época e ganhar a Palma de Ouro em Cannes naquele período. Destaco a ótimo desempenho de Silvia Pinal como Viridiana.

O Leopardo(1963) 

Sinopse: Sicília, durante o período do "Risorgimento", o conturbado processo de unificação italiana. O príncipe Don Fabrizio Salina (Burt Lancaster) testemunha a decadência da nobreza e a ascensão da burguesia, lutando para manter seus valores em meio a fortes contradições políticas.

Em 1963, data do filme, estamos num ano em que se pode finalmente discutir o cinema italiano como dos mais importantes no mundo inteiro. Após a revitalização do cinema que foi o neo-realismo, surgiram ao longo da década de 50, e nos primeiros anos da seguinte, várias fitas e realizadores-autores que se impuseram como verdadeiros vanguardistas do cinema ou excelentes contadores de histórias, colados à tradição italiana. Aqui encontramos nomes como Michelangelo Antonioni e a sua fantástica trilogia L'Avventura (1960), La Notte (1961) e L'Eclisse (1962), Federico Fellini com I Vitelloni (1953), La Strada (1954), e sobretudo La Dolce Vita (1960) e Otto e Mezzo (1963), Roberto Rossellini e Vittorio de Sica, mestres do neo-realismo, já a servirem de inspiração, e finalmente Luchino Visconti, com obras como Senso (1954), Le Notte Bianche (1957) e Rocco e i suoi Fratelli (1960).
A obra seguinte de Visconti é exatamente Gattopardo, um épico de três horas sobre o momento mais marcante da história da Itália - naturalmente, a sua libertação e unificação. Ao longo do filme seguimos este evento visto pela família, e sobretudo, pelos olhos do príncipe Don Fabrizio Salina, numa interpretação fantástica de Burt Lancaster. Podemos ver como, apesar de tantas lutas, tantos gritos, tanta vontade, o essencial fica na mesma. Os nomes continuam, a essencial rotina da nobreza, como explica o genial padre Pirrone, não muda, as classes não vão acabar, as ideias são ideias, mas o povo italiano, os seus modos e tiques, e acima de tudo, o siciliano, esse, não quer mudança, ou melhor, quer mudar tudo para ficar tudo na mesma - escondidos no seu cantinho, lamentando-se diariamente pela tarefa inevitável do viver pesado.
E pela história de um país, das suas personagens e cenas típicas genialmente interpretadas, vemos cenários fabulosos, dignos da arte mais impressionista ou da arte mais ricamente realista. Desde o forrado da sala, aos vestidos das senhoras, aos pratos servidos, à disposição de cada um pelo ecrã scope, cada plano aparece-nos como um quadro eterno, uma imagem digna de um sonho, vindo da maior sensibilidade do belo de todas - a de Visconti.
Mesmo os choques encaixam-se na fluidez da filmagem, as aparições geniais como a de Don Calogero Sedara, novo burguês tosco pinto-calçudo, que se diverte ao calcular tanta riqueza antiga que o rodeia por equivalências em hectares e propriedades, a entrada da fabulosa Angelica, Claudia Cardinale no seu papel mais carnal e fatal, ou as barulhentas tropas e o seu general de botas por dentro de um último baile da mais alta e exclusiva classe. A mesma atriz é protagonista, com Alain Delon, de uma das cenas mais eróticas da história do cinema, ao se "passear", com o seu noivo, pela casa abandonada, já demasiadamente vazia para poder controlar tanto desejo.
E no fim, o que temos, é a morte do Leopardo, genialmente filmada por Visconti através, desta vez, de um verdadeiro quadro, e de uma valsa, a pontuar o auge da decadência mais bela do cinema. É ele que segue sozinho por entre os tiros de uma guerra inacabada, que ele próprio aceitou naturalmente, uma guerra que já não travará totalmente, nem precisará. Segue o seu sobrinho (Alain Delon), financeiramente equivalente a uma suposta classe média, que protege a sua noiva burguesa, bela, e rica (Claudia Cardiale) dos brutos sons vindos do exterior do seu coche.


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Cine Dicas: Estreias do final de semana (06/12/13)

Azul é a cor mais quente

Sinopse: Adle (Adle Exarchopoulos) é uma garota de 15 anos que descobre na cor azul dos cabelos de Emma (Léa Seydoux) sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a ninguém seus desejos ela se entrega por completo a este amor secreto enquanto trava uma guerra com sua família e com a moral vigente.


Simone 

Sinopse: Depois de anos se relacionando somente com mulheres, Simone decide se envolver com um homem. 

Carrie a estranha 

Sinopse: Uma releitura do clássico conto de terror sobre Carrie White uma garota tímida rejeitada por seus colegas e super-protegida por sua mãe profundamente religiosa que traz o terror telecinético para sua pequena cidade após sofrer uma brincadeira de mal gosto durante o baile de formatura.

À Procura do Amor 

Sinopse: Eva uma mãe divorciada e solteira passa seus dias trabalhando como massagista e temendo a iminente partida de sua filha para a faculdade. Um dia ela conhece Albert um homem gentil engraçado e parecido com ela. Ao mesmo tempo em que eles começam um romance Eva se torna amiga de Marianne sua nova cliente. Marianne é uma bela escritora que parece quase perfeita exceto por uma característica importante: ela reclama demais do ex-marido. De repente Eva começa a duvidar de sua própria relação com Albert quando descobre a verdade sobre o ex de Marianne. 


Anita e Garibaldi

Sinopse: Anita e Garibaldi é uma história de paixão aventura e afirmação da liberdade humana. Giuseppe Garibaldi 32 anos italiano marinheiro comandante dos rebeldes republicanos que invadem Laguna SC durante a Guerra dos Farrapos (1835 - 1845) encontra sua alma gêmea em Anita 18 anos lagunense casada com o sapateiro local. Entre a paixão e as batalhas eles definirão o rumo de suas vidas e influenciarão o curso da revolução. A história se baseia na vida de Giuseppe e Anita mas é uma obra de ficção com as licenças poéticas e dramáticas necessárias para torná-la um filme cativante. Tão cativante quanto foi a vida dos protagonistas.


Como Não Perder Essa Mulher 

Sinopse: Jon é campeão absoluto na categoria levar para a cama as mulheres mais lindas da noite. Ainda assim o conquistador não abre mão de sua verdadeira paixão: passar horas em frente ao laptop se masturbando enquanto assiste a filmes eróticos. Jon estava conformado com sua condição até conhecer a desafiadora Barbara que em apenas uma noite traz à sua vida ares inéditos de normalidade.


Linha de Frente 

Sinopse: Jason Statham é um ex-agente do departamento de narcotráficos Phil Broker um homem de família que sai de cena com sua filha para tentar fugir de seu passado conturbado. No entanto o entorno de Broker se revela nada tranquilo quando ele descobre que o submundo das drogas e a violência assombram a pequena cidade. Logo um chefão sociopata do tráfico de metanfetamina Gator Bodine (James Franco) coloca Broker e sua filha em perigo forçando o ex-agente a voltar à ativa para salvar sua família e a cidade. 

A última viagem a Vegas 


Sinopse: Quatro amigos acabaram de se aposentar e quando o último de seus colegas que ainda estava na ativa decide se juntar ao grupo todos eles vão se aventurar em Las Vegas.



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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Cine Dica: Festival Close: A Volta da Pauliceia Desvairada


Sinopse: Este documentário, financiado pelo Governo do Estados de São Paulo, traça um panorama da diversidade sexual na noite paulistana, incluindo entrevistas da drag queen Silvetty Montilla e do DJ André Pomba.
  
Com uma câmera na mão, Lufe Steffen mergulha na noite de São Paulo, entrando em cada casa noturna de festas gays e batendo um papo com cada pessoa com que ele cruza durante uma semana toda de noitadas deste universo de paz e amor. O documentário responde as perguntas do porque essas pessoas madrugam nesses lugares, usam roupas extravagantes, falam gírias próprias, os rios de dinheiro que gastam numa noite, o que esperam do amor do mesmo sexo e dão sua opinião sobre a política e a religião conservadora. A câmera de Steffen é como se fosse um cientista geral, em que tenta compreender esse universo, que cada vez está mais misturado, onde não se distingue mais qual o sexo.
O grande atrativo do documentário se encontra na maneira que é feita as entrevistas: nada é preparado, sendo tudo uma forma descontraída e em alguns momentos bem humorada. As conversas são feitas em inúmeros lugares, seja numa fila ou dentro da danceteria, onde em alguns momentos o cineasta entrevista pessoas caindo de bêbadas devido à festa da noite.
O resultado disso são declarações espontâneas, sinceras e que falam por si. Essas pessoas não estão preocupadas em impressionar no que vai dizer para câmera, tão pouco fingem, por muitas vezes erram, mas se corrigem nas palavras em seguida.
Sem descanso, Lufe Steffen vai entrevistando os mais variados tipos de gays durante a semana que perambulou nas ruas de São Paulo: jovens se descobrindo, adultos saindo do armário, pessoas mais velhas defendendo o que sente desde antigamente, homens, mulheres, travestis, transexuais e grag quees. A lista é imensa, sendo que todos são ouvidos e por muitas vezes algumas figuras vistas anteriormente retornam durante o documentário para dar uma nova opinião sobre outro assunto diferente do anterior.
Falando nos assuntos, o filme levanta certas questões como a indefinição atual de diversos pontos. Como no caso da indefinição da moda de se vestir que não existe, ou o que eles(as) procuram na noite. Seria somente sexo? Algum compromisso? Ou somente se divertir e beber?  Uma das entrevistadas responde o seguinte: “durante o dia a dia fico presa nos afazeres e a noite decido soltar os meus demônios para não explodir”, concluiu!
No final das contas o documentário não é sobre homenagens, tão pouco julgamentos, mas  sim criar um mosaico sobre pessoas que vão contra a maré, de uma sociedade atual politicamente correta e hipócrita. Essa consciência de livre arbítrio vale não somente para a comunidade gay, como também para todos aqueles que têm o desejo de ser o que realmente quiserem na vida e sem se preocupar ou dar satisfação para outras pessoas que acham que tem o direito de dizer o que é certo ou errado.  

Mais informações sobre o quarto festival Close que acontece no Cinibancários você confere clicando aqui.  

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Cine Dica: Lançamento do curta-metragem Os Meninos Perdidos na Sala P.F. Gastal


Neste sábado, 7 de dezembro, às 19h, a Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) promove o lançamento do curta-metragem Os Meninos Perdidos, dirigido por Giordano Gio. A entrada é franca.

Os Meninos Perdidos é uma nostálgica aventura sobre o limiar da infância e da adolescência, e também uma homenagem aos filmes e histórias que povoam o imaginário infantil do espectador. Torin e seus amigos decidem partir em uma caça ao tesouro antes que estejam velhos demais para esse tipo de coisa. Em meio a todos os conflitos dessa fase de transição, eles encontram um abrigo - uma hipnótica volta à infância que se mostra mais perigosa do que parecia ser.
 
Direção e roteiro: Giordano Gio
Produção: Cris Aldreyn
Montagem: Felipe Iesbick
Assistência de Direção: Fernando Menna Barreto
Direção de Fotografia: Eduarda Nedel
Direção de Arte: Daniel Miragem
Finalização de Som: Tiago Koetz Ruppenthal
Trilha Musical: Guilhermo Gil

No Elenco, Matheus Butzke Piccoli, Carolyne Cabral, Gusta Jardim, Ricardo Seffner, Isadora Krug, Rodolfo Ruscheinsky

classificação etária: livre

duração: 25 minutos


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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Cine Dica: Em Blu-Ray e DVD: CIRCULO DE FOGO

Leia a minha critica já publicada clicando aqui. 

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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: TATUAGEM


Sinopse: ‎Recife 1978. Com a ditadura militar ainda atuante mas mostrando sinais de esgotamento um grupo de artistas provoca a moral estabelecida com seus espetáculos de cabaré ensaiando a resistência política a partir do deboche. Fininha um soldado de 18 anos do interior de Pernambuco se apaixona por Clécio dono de uma trupe anarquista.
  
Hilton Lacerda saiu consagrado nos festivais de Gramado e Rio com o seu filme Tatuagem, obra que se tornou rapidamente uma das mais elogiadas do ano, cujo seus criadores  não se importam nenhum pouco em incomodar um publico mais conservador e hipócrita. Mas é para isso que veio Tatuagem: cutucar, incomodar e trazer um frescor de maior ousadia que por vezes faz falta no nosso cinema atual. Antigamente (anos 70 e 80) sexo e outros temas pesados eram bem mais vistos, e olha que estamos falando de um período que ainda existia a Ditadura que ditava as regras da cultura.
Esse clima mais sujo e ousado de antigamente começou a renascer a partir de obras como Amarelo Manga, Febre do Rato e Baixio das Bestas, que embora sejam dirigidos pelo genial Claudio Assis, as tramas foram roteirizadas por Hilton Lacerda, que agora estréia com estilo neste filme que deu o que falar no festival de cinema gaúcho. Embora lembre alguns elementos vistos nos filmes citados (principalmente Febre de Rato), Lacerda optou por criar um clima mais romântico, mas não menos sensual e em meio a ditadura do final dos anos 70. Tatuagem acompanha um grupo de artistas itinerantes que se apresenta de maneira ousada, sendo boa parte deles travestidos e formados por gays, cujo líder do grupo denominado Chão de Estrelas é Clécio, vivido por Irandhir Santos. Em meio àquele mundo estranho para os olhos da grande maioria, surge um jovem soldado que se torna á menina dos olhos de Clécio, Fininha, vivido por Jesuíta Barbosa.
Não é preciso ser gênio para saber que ambos irão se apaixonar, mas que acabaram vivendo um conflito, com o fato de que Fininha possa ser ou não um espião infiltrado no grupo de artistas. Curiosamente, Clécio tem um filho com uma mulher e ambos continuam sendo amigos, além do primogênito gostar de assistir os shows que rolam a noite. Sinceramente, não me lembro de cenas tão ousadas de sexo entre homossexuais do nosso cinema, desde Madame Satã e também lembra bastante as primeiras obras de Pedro Almodóvar como A Lei do Desejo.         
Acima de tudo, o filme bate na tecla sobre questões liberdade, direito de ir e vir e expressar a opinião dos personagens através da arte da interpretação. Talvez a passagem que melhor represente essas caracteriza, é no momento da cena Polka do Cu que faz parte da peça deles. Chocante, engraçada e corajosa, diga-se de passagem.
Fora isso, o filme é recheado de boa musica que embala os momentos românticos da trama: em “Volta”, cantada por Johnny Hooker; a versão de Esse Cara, de Caetano Veloso, cantada por Irandhir; A Noite de Meu Bem, de Dolores Duran, tocada na primeira dança do casal de protagonistas, entre outras canções selecionadas e/ou compostas por DJ Dolores.
Como não poderia ser diferente, Irandhir Santos rouba o filme como um todo e coloca muito bem no seu bolso. Interprete de imenso talento, Santos, havia chamado atenção em Tropa de Elite 2, se consagrado em Febre do Rato e mais recentemente interpretando um misterioso vigilante no já clássico O Som ao Redor.
Apesar de ser um filme fora do convencional, Tatuagem é uma produção que merece ser vista por todos, pois embora seja um retrato de um grupo de pessoas perante aos últimos anos da sombra da Ditadura, não há como não comparar com a situação de algumas partes de nossa política conservadora atual, que possui uma mentalidade atrasada e muito falsamente correta. 

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Cine Dica: CLOSE ? Festival Nacional de Cinema da Diversidade Sexual começa nesta terça, dia 3


A quarta edição do festival apresenta um panorama da produção cinematográfica com foco na Diversidade Sexual, com destaque nas produções nacionais e na temática da Memória O CLOSE ? Festival Nacional de Cinema da Diversidade Sexual acontece do 03 a 08 de dezembro, em exibições no Cinebancários e no Museu dos Direitos Humanos do Mercosul. O evento é uma co-realização da Avante Filmes, SOMOS ? Comunicação, Saúde e Sexualidade e Museu dos Direitos Humanos do Mercosul.
Ano após ano, o festival tem crescido e se modificado. Embora tenha sua temática focada na diversidade sexual, a qualidade de sua programação tem se direcionado cada vez mais pelo valor artístico das obras, característica norteadora do evento. Da mesma forma, o público do CLOSE vem crescendo em significativas proporções, fidelizando mais frequentadores e envolvendo-se cada vez mais com a cidade.
No último ano, a produção cinematográfica brasileira que aborda temáticas LGBTs ou queer art apresentou um crescimento surpreendente, promovendo o lançamento de um grande número de títulos de qualidade, com uma diversidade temática e de gêneros que floreiam a massa fílmica atual.
Por esta razão, na programação do CLOSE 2013, o destaque é o cinema nacional apresentando títulos como os longas Doce Amianto, de Guto Parente e Uirá dos Reis e Pinta, de Jorge Alencar.
Outro destaque são as produções ligadas à memória e à valorização de figuras, espaços e lugares representativos para a cultura LGBT, em produções ficcionais como Joshua Tree, 1951 ? A Portrait of James Dean, de Matthew Mishory, sobre a vida de James Dean e documentais como e os filmes
De Volta à Pauliceia Desvairada de São Paulo em HI-FI, de Lufe Steffen, sobre a cena LGBT paulista nas décadas de 60 a 80, e na atualidade.
A programação ainda conta com a Mostra Competitiva, apresentando 10 filmes brasileiros de curta-metragem, selecionados pelo curador Marcus Mello, concorrendo a premiações em 11 categorias. A sessão de abertura acontece no dia 03 de dezembro, terça-feira, às 19h, no Cinebancários, com a exibição do longa gaúcho Sobre Sete Ondas Verdes e Espumantes, de Bruno Polidoro e Cacá Nazário, sobre a vida e obra do escritor Caio Fernando Abreu.
Todas as atividades são gratuitas, com distribuição de senhas meia hora antes do inicio de cada sessão.

Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.


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