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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (01/11/13)

Thor 2: O Mundo Sombrio 

Sinopse: Thor: O Mundo Sombrio da Marvel dá seguimento às aventuras no cinema de Thor o Poderoso Vingador enquanto ele luta para salvar a Terra e os Nove Reinos de um inimigo sombrio que destrói o universo. Na sequência de acontecimentos de Thor da Marvel e de Os Vingadores The Avengers da Marvel Thor luta para restaurar a ordem no cosmo mas uma antiga raça liderada pelo vingativo Malekith retorna para levar o universo de volta às trevas. Enfrentando um inimigo que nem mesmo Odin e Asgard são capazes de derrotar Thor precisa embarcar em sua jornada mais perigosa e pessoal que o reunirá com Jane Foster e o forçará a sacrificar tudo para nos salvar. 


O Mordomo da Casa Branca 

Sinopse: A história ficcional de Cecil Gaines jovem negro do sul dos Estados Unidos que em 1957 conseguiu um emprego como mordomo da Casa Branca posto que ocupou até sua aposentadoria em 1986. Cecil foi testemunha dos bastidores e dramas do poder de presidentes como John Kennedy Richard Nixon e Ronald Reagan. Sua posição lhe trouxe também problemas em casa com a esposa Gloria e com seu filho Louis um jovem engajado em movimentos antissistema. O filme marca o retorno do diretor Lee Daniels às questões de igualdade racial e social depois do sucesso de Preciosa Uma história de esperança.


Solidões

Sinopse: Solidões vai do riso ao drama do musical ao documentário da comédia romântica à sátira cruel sempre com a solidão focalizada em todos os seus aspectos em várias histórias que se ligam se encontram. Capitaneados por Vanessa Giacomo e Oswaldo Montenegro um grande elenco se une em diversos episódios sobre o maior medo da humanidade: a solidão.
Leia minha critica já publicada clicando aqui. 

Uma Noite de Crime 

Sinopse: Em Uma Noite de Crime James Sandin habitante de uma comunidade murada que tenta se proteger da onda de crimes. Quando um invasor entra no isolamento porém Sandin tem que proteger sua família durante o período da permissão sem cair na tentação da violência legalizada.

Preenchendo O Vazio

Sinopse: Shira uma garota de 18 anos é a filha caçula de sua família hassídica ortodoxa de Tel Aviv. Ela está prestes a se casar com um jovem da mesma idade. É um sonho que se tornou realidade e Shira se sente preparada. Quando Esther sua irmã de 28 anos morre enquanto dá à luz a seu primeiro filho a família adia o casamento de Shira. Tudo muda quando Yochay marido da falecida Esther tem um segundo casamento arranjado com uma viúva da Bélgica.

Amor Bandido 

Sinopse: Amor Bandido é uma aventura de dois garotos Ellis e seu amigo Neckbone que encontram um homem chamado Mud escondido numa ilha no Mississippi. Mud conta histórias fantásticas -- ele matou um homem e caçadores de recompensa vingativos estão atrás dele.Ele diz que planeja encontrar o amor de sua vida e fugir com ela Juniper que está esperando por ele na cidade. Céticos porém intrigados Ellis e Neckbone concordam em ajudá-lo. Não demora muito para as previsões de Mud se tornarem realidade e a pequena cidade ver uma bela garota e uma fila de caçadores de recompensa a postos. 


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Cine Dica: Sala P.F. Gastal apresenta mostra Escritores no Cinema



De William Faulkner a Harold Pinter, Antonin Artaud a Ray Bradbury, Jorge Luis Borges a Aldous Huxley: a aventura de grandes gênios da escrita na realização de roteiros é um dos capítulos mais ricos da relação de amores e tormentas entre o cinema e a literatura. Celebrando a 59ª Feira do Livro de Porto Alegre, a Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) apresenta entre os dias 5 e 17 de novembro a mostra Escritores no Cinema, com uma seleção de quinze títulos que trazem roteiros assinados por nomes essenciais da literatura. 
Entre os dias 5 e 10 de novembro, o elogiado musical brasileiro Filme Jardim Atlântico, dirigido por Jura Capela, com participações de Céu, Ava Rocha e Mariana de Moraes, segue em cartaz com uma sessão diária às 17h.
  
Escritores no Cinema

Entre obras-primas consagradas e pequenos segredos, a contribuição de escritores marcou profundamente o período clássico de Hollywood.  Foram muitos os homens das letras – interessados em novas possibilidades de criação e também nos altos cachês pagos pelos grandes estúdios – que encontraram no cinema uma alternativa de trabalho. Um exemplo célebre é o de William Faulkner, cuja parceria com Howard Hawks rendeu alguns clássicos como Uma Aventura na Martinica (1944), adaptação do “pior romance de Ernest Hemingway”, na definição do próprio autor, tendo Humphrey Bogart e Lauren Bacall nos papéis principais.
 A invasão de grandes escritores em Hollywood teve seu ápice entre as décadas de 1930 e 1950. Aos poucos, o descompasso entre a liberdade criativa e as regras rígidas da indústria diminuiu a presença dos autores. Aldous Huxley, por exemplo, teve seu argumento para Alice no País das Maravilhas recusado por Walt Disney, com a justificativa de que aquilo era incompreensível. Antes da experiência negativa, entretanto, o autor de Admirável Mundo Novo deixou alguns roteiros emblemáticos como Jane Eyre (1943), adaptação do romance de Charlote Brontë dirigido por Robert Stevenson.
 Ainda na Hollywood clássica, a mostra exibe filmes roteirizados por nomes modernistas como John Dos Passos (A Mulher Satânica, de Josef von Sternberg) e Tennessee Williams (De Repente, no Último Verão, de Joseph L, Mankiewicz) e mestres da escrita de gênero como Raymond Chandler (Pacto Sinistro, de Alfred Hitchcock) e Ray Bradbury (Moby Dick, de John Huston). 
 Se a partir dos anos 1970, já num contexto moderno, o cinema norte-americano não manteve a mesma intensidade em suas parcerias com grandes escritores, ainda encontramos obras emblemáticas com assinaturas famosas. Entre vários trabalhos, Richard Matheson escreveu o roteiro de Encurralado (1971), primeiro longa-metragem de Steven Spielberg, enquanto Charles Bukowski estendeu suas obsessões literárias às telas com o roteiro de Barfly – Condenados pelo Vício (1987), produção da Zoetrope Studios dirigida por Barbet Schroeder.
 A renovação do cinema britânico nos anos 1960 também contou com a colaboração de escritores importantes: Truman Capote roteirizou a adaptação de A Volta do Parafuso, de Henry James, ajudando a criar um marco do horror, Os Inocentes, dirigido Jack Clayton (1961). Figura central da literatura moderna francesa, Marguerite Duras assinou a adaptação do roteiro nunca filmado de Jean Genet em Chamas de Verão (1966), dirigido por Tony Richardson, com Jeanne Moreau no papel principal. Já o dramaturgo Harold Pinter estabeleceu uma significativa parceria com Joseph Losey na fase inglesa do diretor norte-americano, exilado em função do Macartismo, deixando-nos obras-primas como O Criado (1963).
 A mostra também exibe três momentos distintos da vanguarda francesa em que o cinema e a literatura estiveram próximos. Um dos pilares do cinema experimental dos anos 1920, A Concha e o Clérigo, dirigido por Germaine Dulac, tem roteiro assinado pelo escritor, poeta e dramaturgo Antonin Artaud. No pós-guerra, Robert Bresson surgia como o principal nome do cinema francês tendo Jean Cocteau como dialoguista de seu segundo longa-metragem, As Damas do Bois de Boulogne (1945). Quando a França já vivia a ebulição da Nouvelle Vague, no início dos anos 1960, Alain Resnais aproximou-se de Alain Robbe-Grillet e suas propostas inovadoras do Nouveau Roman para criar O Ano Passado em Marienbad (1961), um dos divisores de água do cinema moderno.
 Para completar a programação da mostra Escritores no Cinema, no dia 15 de novembro, sexta-feira, às 20h, acontece uma edição especial do Projeto Raros com a exibição do filme argentino Invasão (1969), de Hugo Santiago, com roteiro de Jorge Luis Borges a partir de história assinada por ele e Adolfo Bioy Casares. 

A mostra Escritores no Cinema será apresentada ao longo de duas semanas e tem o apoio da distribuidora MPLC e da locadora E O Vídeo Levou.


Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.


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Cine Dica: Documentário Nervo Óptico - Procura-se um Novo Olho é lançado na Sala P.F. Gastal

Nervo Óptico - Procura-se um Novo Olho na Sala P.F. Gastal 

 Nesta segunda-feira, 4 de novembro, às 19h30, a Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) promove o lançamento de Nervo Óptico - Procura-se um Novo Olho, documentário em curta-metragem dirigido por Karine Emerich e Hopi Chapman. A entrada é franca.  
NERVO ÓPTICO – Procura-se um Novo Olho trata da experiência dos artistas Carlos Asp, Carlos Pasquetti, Clovis Dariano, Mara Alvarez, Telmo Lanes e Vera Chaves Barcellos, que, entre 1976 e 77, publicaram treze cartazetes “Nervo Óptico”.
 A fala dos artistas forma um mosaico de registros que revê ideais, conceitos, reflexões e princípios propostos na década de 1970, quando o Grupo era a referência local da experimentação artística que se vivia no mundo. A visualidade conta com alguns trabalhos deste período sendo revistos ou recriados pelo próprio artista, com registros do processo e do resultado final. 
 Essa geração de artistas é vinculada à crítica das relações entre arte e mercado e dedicada ao investimento no caráter experimental da arte, ao intercâmbio com artistas e produtores de outros centros e às relações entre Arte e Vida. Os artistas idealizadores da publicação de Artes Visuais Nervo Óptico iniciam sua formação nos anos 1960, investindo no debate sobre a contemporaneidade da arte em Porto Alegre. Produziram encontros, debates, exposições, intervenções e ações no espaço urbano, com intenso emprego da fotografia, do vídeo, do Super-8, além da instalação e da performance. 
 Realizado pela pH7 filmes, o projeto é um dos documentários da série Documenta RS, financiado pelo Edital da SEDAC nº 9/2012 “Rio Grande do Sul – Pólo Audiovisual”, Pró-cultura RS FAC, com parceria do Iecine e da Fundação Piratini.

 ----- equipe técnica 
roteiro Karine Emerich 
direção: Karine Emerich e Hopi Chapman 
produção executiva Nonô Joris 
montagem Fabio Lobanowsky 
trilha sonora Flu 
edição de som e mixagem Fabrício Licks 
som direto Guilherme Algarve 
consultoria Ana Albani de Carvalho 

PARCERIA: TVE RS e Iecine 
FINANCIAMENTO: Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital,
Secretaria de Estado da Cultura - Pro-cultura RS FAC – Governo do Rio 
Grande do Sul 
PRODUÇÃO: pH7 Filmes 
Contato: Karine Emerich – 51.99684596 - karineemerich@hotmail.com 
Gravações em Porto Alegre e Viamão nos dias 13, 14, 15, e 16 de março. 


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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Guerra Mundial Z


Sinopse: Uma terrível e misteriosa doença se espalha pelo mundo, transformando as pessoas em uma espécie de zumbis. A velocidade do contágio é impressionante e logo o Governo americano recruta um ex-investigador da ONU (Organização das Nações Unidas) para investigar o que pode estar acontecendo e assim salvar a humanidade, tendo em vista que as previsões são as mais catastróficas possíveis. Gerry Lane (Brad Pitt) tinha optado por dedicar mais tempo a sua esposa Karen (Mireille Enos) e as filhas, mas seu amor a pátria e o desejo de salvar sua família acabam contribuindo para que ele tope a missão. Agora, ele precisa percorrer o caminho inverso da contaminação para tentar entender as causas ou, ao menos, indentificar uma maneira de conter o contágio até que se descubra uma cura antes do  apocalipse. Começa uma verdadeira corrida contra o tempo, que mostra-se cada vez mais curto, na medida que a população de humanos não para de diminuir.

Guerra Mundial Z se tornou mundialmente conhecido antes mesmo do filme estrear. Isso se deve a verdadeira dança das cadeiras que a produção teve ao longo dos meses antes de chegar aos cinemas, desde troca de roteiros, finais alternativos e discussões entre produtores e o diretor Marc Foster (A Ultima Ceia). Com isso, é de se surpreender que o filme não seja um desastre total, pois embora algumas forçadas de barra, o filme diverte do começo ao fim e eleva para um novo grau os zumbis do cinema.
Interessante observar que nos últimos anos, o cinema sempre tenta apresentar os filmes de zumbi como uma espécie de metáfora com relação à realidade. No caso aqui, o filme faz uma referencia a vida desenfreada e alucinada do mundo contemporâneo, onde o ser humano está sempre em movimento, desde comprando, comendo, vendendo, destruindo, criando e etc. Tudo de uma forma acelerada e isso muito bem representado nos créditos de abertura, para que em seguida sem mais nem menos, o personagem de Brad Pitt e sua família se vêem a mercê de um enlouquecido arrastão de zumbis, que, aliás, lembram bastante os zumbis velocistas de Extermínio.  
Contudo, não espere um banho de sangue que é sempre visto nos filmes já conhecidos, pois estamos falando aqui de uma super produção de R$ 200 milhões de dólares, com astro encabeçando o elenco e que é pertencente a produtores gananciosos com interesse de pegar uma boa fatia do publico. Com isso, temos um filme menos violento, porém eficaz nas cenas de terror e suspense. Sabendo da batata quente que tinha em mãos, pelo menos Marc Foster caprichou numa direção agiu, onde a sua câmera está sempre em movimento de uma forma vertiginosa e embalado com surpreendentes cenas de ação sufocante (a cena do avião é disparada a melhor).  
O final reserva algumas surpresas, mas ao mesmo tempo previsíveis, para fazer com que o publico em geral saia do cinema satisfeito, entretido e desejando uma possível seqüência que pode muito bem acontecer.   

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Universidade de Monstros

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: 2046 - Os Segredos do Amor


Sinopse: O escritor Chow Mo-Wan (Tony Leung Chiu Wan) retorna a Hong Kong para escrever um romance. Ele se hospeda em um hotel barato em Wanchai, assumindo a personalidade de playboy e conquistador. Chow inicia uma série de relações amorosas com quatro diferentes mulheres que se hospedam no quarto 2046, que fica em frente ao seu. Enquanto isso, atormentado pelas lembranças dos anos que passou em Cingapura, Chow escreve uma história de ficção científica chamada "2046". Na história os passageiros de um trem fazem uma interminável viagem rumo a um destino misterioso, onde esperam reencontrar suas memórias perdidas.

2046 foi um enorme sucesso de público e crítica. Todas as pessoas que apreciam cinema encontram excelentes razões para gostar do filme de Wong Kar Wai: a magnífica direção de fotografia, a banda sonora de uma beleza assombrosa ou ainda as interpretações inesquecíveis de um elenco perfeito. Todos estes elementos surgem impecavelmente orquestrados pelo realizador mais brilhante e sensível de sempre. Mas há um grupo que terá uma relação particularmente intensa com 2046: os escritores. Essa gente tem razões acrescidas para gostar do filme, não só pela sua linguagem marcadamente literária (as analepses, os fragmentos), mas também pelo tema e protagonista. 
O herói de 2046 é um escritor e, como todos os escritores, é uma pessoa complexa. As suas ações parecem estranhas, paradoxais e, por vezes, falhas de carácter. Chow é um sedutor nato que parece querer levar as suas mulheres ao pico da felicidade a dois, apenas para que elas depois possam sofrer uma queda ainda maior. Talvez eu não seja um tipo assim tão decente, afirma o próprio Chow em jeito de confissão. Isto deixa à vista o carácter autobiográfico do seu texto sobre o misterioso comboio que parte para 2046, onde os homens e mulheres que buscam o amor querem resgatar as suas memórias perdidas; porém, a verdadeira natureza desse lugar permanece desconhecida, porque até à data ninguém regressou de 2046.
A solução para o mistério de 2046 poderá estar numa famosa obra de um outro escritor, Stendhal, intitulada Do Amor. O essencial deste formoso livro sobre o amor-paixão pode ser resumido em três grandes divisas. Primeiro, o amor é fundamentalmente um fenômeno da imaginação. O enamoramento implica uma projeção da perfeição naquilo que amamos e, nessa medida, é uma espécie de auto-ilusão deliberada. Segundo, os melhores momentos do amor são os seus momentos iniciais. Nas incertezas e inquietações da fase de sedução estão as delícias do amor; quando chega o seu desenlace, o melhor já passou e tudo o que nos espera é a comodidade, a rotina e o marasmo. Terceiro, o amor-paixão conduz a um certo ascetismo, porque paralisa todos os prazeres e torna insípidas todas as restantes ocupações da vida.
Encontramos reminiscências desta concepção austera do amor no final do filme Casablanca. Sabemos que Rick quisera anteriormente viver o seu amor com Ilsa, quando estava com ela em Paris e a pedira em casamento. Depois, em Casablanca, vivem um segundo e inesperado pico da sua paixão amorosa. O que Rick propõe no final (e Ilsa aceita tacitamente) é que ambos evitem a tentação da comodidade na vida amorosa, para que possam preservar como um tesouro a memória dos momentos que partilharam. We’ll always have Paris. Esse Paris é tão único e irrepetível como o quarto de hotel de In the Mood for Love e 2046. O protagonista sabe-o bem e é isso que explica o seu comportamento errático. Quando Chow opta por ficar só, não o faz por capricho ou egoísmo mas sim por lucidez.

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Cine Dica: LANÇAMENTO DA WEBSÉRIE URBANAUTAS NA SALA P. F. GASTAL


Segue divulgação do lançamento da websérie URBANAUTAS, que ocorrerá na Sala P. F. Gastal dia 31 de outubro, às 20h. 
@rte urbana. Fluxo líquido elétrico eletrônico. Luz, cor e
sombra espelhados na face da cidade. Fascinidade. Faz-se na ação.
Arte urbana. Urb@nautas.

Websérie em quinze episódios – cinco semanas apresentando os perfis de três artistas contemporâneos no seu trabalho, sob os ares da mesma cidade: Edu Tattoo, tatuador; Fernanda Chemale, fotógrafa; LfTrampo, grafiteiro. A cidade? Porto Alegre. O ano? 2013. Nosso agora nas telas do mundo, através das conexões internéticas em alta definição. 

Como funciona?
Você acessa o site http://urbanautas.net desde já, e pode assistir ao episódio-piloto com os artistas que serão apresentados nesta primeira temporada da websérie, em cinco episódios por artista. A duração do piloto, três minutos e cinquenta segundos, está na medida estimada para os demais episódios.

Na noite de 31 de outubro, noite das bruxas, serão lançados os três primeiros episódios, um de cada artista. A estreia “presencial” será na Sala P.F.Gastal, em sessão especial aberta ao público, com projeção na tela grande da sala de cinema. Em seguida a essa exibição, os episódios serão publicados no site, cada qual na página do respectivo artista. Nas quatro semanas seguintes, a cada semana Fernanda, Trampo e Edu terão um episódio seu publicado, num total de três episódios inéditos semanais da série.
Ou seja, adaptamos o conceito de temporada da série televisiva tradicional mixando-o à dinâmica interativa da web, com episódios curtos e intervalos menores de publicação dos inéditos, para na seqüência mantermos a temporada completa disponível no site Urb@nautas aos navegadores de todo o planeta, criando também a expectativa por uma segunda temporada. O lançamento será no original, com áudio em português, sendo feita a legendagem quando todos os episódios estiverem publicados. Todos os episódios são de acesso gratuito, restrito ao site. O piloto está disponível também no Vimeo. Assistir Episódio-Piloto no Vimeo. 

Lançamento:
Nosso objetivo é buscar interfaces planetárias, sempre a partir do nosso lugar no mundo. Por isso a importância do lançamento da websérie no seu próprio território. Tivemos já uma concorrida avant-premiére privada para a equipe e convidados, com a projeção do episódio-piloto – logo em seguida publicado no site http://urbanautas.net. E agora fazemos ao público portoalegrense e aos visitantes da cidade esta apresentação dos três episódios da primeira semana de Urb@nautas. Numa projeção aberta, na Sala P.F.Gastal da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, cidade onde trabalham os três artistas retratados, bem como o diretor da série, R. Brasil Ferrari, o músico Marcelo Fornasier, autor da trilha musical, e a produtora Vera Munhoz.
  
Urb@nautas é uma realização da EnygmaFilmes, com financiamento Pró-Cultura RS, através de edital do F.A.C. – Fundo de Apoio à Cultura, da Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac/RS), e é importante mencionar que sem esse recurso seria inviável realizar o projeto. A inclusão cultural possibilitada pelo F.A.C. é fator relevante e significativo no estado, projetando horizontes transnacionais aos gaúchos.

Trechos do projeto:
“Trabalhar na criação de mecanismos libertários de interlocução na web é tarefa à qual os artistas e realizadores do audiovisual não podem e não devem se furtar. Estabelecer o diálogo entre segmentos diferenciados das artes visuais urbanas, presentes no dia-a-dia da cidade e seus habitantes, e repensar o próprio audiovisual a partir dessas formas de expressão; projetar no tempo o espaço traçado na superfície das coisas e das pessoas, descobrindo as raízes subcutâneas das tintas e das luzes que emergem dos poros e dos pixels. Dessa forma acreditamos colaborar para fortalecer a dimensão do trabalho desses artistas e das formas de expressão que representam junto ao público, seja fiel ou noviço, abrindo espaço para novas iniciativas a partir dos exemplos apresentados nos perfis e amplificando mercados para as artes nas suas diferentes formas de expressão.
Pois o que vamos mostrar na websérie urb@nautas é o perfil de uma geração que resiste e projeta seu trabalho na pele da cidade, no reflexo que emana das ruas colorindo de nuances o cinza do cotidiano. A partir de preceitos clássicos do documentário, aliados a dinâmicas nascidas da interatividade digital, cada perfil se transmuta em interferência indireta no processo do artista, cinema feito liquidificador dos traços, cores, luzes e sombras, sejam sobre a pele, o cimento, tela ou papel; mistura urbana projetada em harmonias transversais.
O fato de não ter suporte físico para distribuição reduz o impacto ambiental, pois todo o circuito entre o produtor cultural e o consumidor acontece no espaço virtual, sem gerar lixo de mídia em meios físicos nem de embalagens, envios, etc. O emprego de ferramentas de captação de imagem e som de pequeno porte e alta definição permite realizar as filmagens com equipe reduzida, economizando recursos naturais e diminuindo o impacto no meio-ambiente, além de evitarmos o consumo de energia exorbitante dessas mega-produções de inspiração hollywoodense. No aspecto ético-estético, o minimalismo proporciona a integração entre a câmera e seu objeto, neste caso os artistas e seu trabalho em tatuagem, fotografia e graffiti.
Cabe ressaltar que a exibição gratuita da série através da internet promove a democratização do acesso, a inclusão e o desenvolvimento da cultura digital, oferecendo atrativos para públicos jovens e adultos, tanto do centro quanto da periferia.”
R. Brasil Ferrari

A ESTREIA
Local: Sala P.F.Gastal (Usina do Gasômetro)
Data: 31 de outubro (noite das bruxas)
Hora: 8 da noite (20:00 horas)
Sessão gratuita, aberta ao público,
com distribuição de senhas a partir das 20:00hs e projeção às 20:30hs.

Venha degustar miniwraps da Cayenne Sabores
com cabernet Salton e assitir à sessão com a gente.
Na madrugada de todos os santos e bruxas, de 31 de outubro
para primeiro de novembro, em hora incerta e
não sabida, os três episódios serão publicados na web,
 Vultos digitais da epiderme urbana.
Navegantes das cores.
Urbanautas.
51-3225.5460 / 51-9117.8857



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