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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - 'Gemini - O Planeta Sombrio'

Sinopse: Um thriller de ficção-científica sobre uma missão espacial enviada para formar um planeta distante habitável. No entanto, a missão encontra algo desconhecido que tem o seu próprio plano para o planeta. 

O cinema Russo quando ele é bom possui uma linguagem própria e independente de qual gênero os realizadores de lá irão explorar. "Solares" (1973) de Andrei Tarkovski, por exemplo, é lembrado como um dos melhores da história do país e apontado também como uma das melhores ficções desde "2001 - Uma Odisseia no Espaço" (1968). Porém, quando o assunto é se inspirar no cinemão norte americano a situação desanda, pois o cinema deles acaba perdendo a sua identidade própria.

No ápice da moda das adaptações de HQ em solo americano, os russos decidiram explorar esse gênero através do filme "Os Guardiões" (2017), mas do qual pode facilmente ser descartado, pois não passa de uma cópia descarada de diversos filmes em um só. E se no passado havia um cuidado maior quando o assunto era ficção parece que, infelizmente, os realizadores de lá se renderam de vez para o clichê. "Gemini - O Planeta Sombrio" (2022) é tudo que nós já testemunhamos dentro do cinema norte americano, mas cujo os realizadores acreditam que a fórmula ainda possa dar certo.

A trama em si não traz nada de novo, pois é aquela velha história de uma missão de um grupo de astronautas que tentam achar uma forma de salvar a terra que está perdendo rapidamente a vida vegetal devido a um vírus. A premissa em si já nos lembra o filme de "Interestelar" (2014) de Christopher Nolan, sendo que o primeiro ato e o ato final são extremamente parecidos. Aliás, se vocês acham que eu estou exagerando, lembre-se que no filme de Nolan existe um relógio que tem papel fundamental dentro da trama e quanto aqui há uma pulseira. Coincidência?

E para dar mais caldo ao roteiro os realizadores foram capazes de cruzar elementos de "Alien - O 8º Passageiro” (1979) com o seu prequel “Prometheus” (2012), sendo ambos de Ridley Scott. Portanto, se você começar a ver uma gosma sinistra dentro da espaçonave da trama não se surpreenda, pois o Déjà vu vai ser sentido em abundância durante a sessão de cinema. O problema talvez nem fosse o fato de nos soar um verdadeiro repeteco, pois estamos já acostumados com o próprio cinema norte americano reciclando ideias de sucesso vindas do passado.

Mas talvez a cereja do bolo se encontre na sua produção em si que nos soa precária, sendo que os cenários mais parecem aquelas produções classe B feitas durante os anos 90. E como não poderia deixar de ser o elenco até que se esforça em cena, mas se tornam canastrões perante toda a bobagem que embarcaram e mal sabendo do resultado que seria ao longo do percurso. No final das contas, não passa de uma ficção montada com diversas partes de outros filmes e não tendo nenhum proposito construtivo que queira nos passar.

Em "Gemini - O Planeta Sombrio" a embalagem nos diz que é uma ficção Russa, mas cujo o sabor do conteúdo é norte americano e que se encontra bem vencido. 


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