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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Cine Especial: 'Norma Rae – E a Luta Continua'

Sinopse: Como muitos dos integrantes de sua família antes dela, Norma Rae trabalha numa fábrica têxtil local por um salário que não condiz com as longas horas e as péssimas condições de trabalho. Depois de ouvir um discurso de um defensor dos direitos trabalhistas, a jovem é inspirada a convencer seus colegas de trabalho a lutar pela criação de um sindicato. 

Com os Sindicatos fragilizados atualmente, não somente no Brasil como também pelo mundo a fora, fica até estranho nos relembrarmos de tempos em que essas entidades Sindicais faziam a diferença, principalmente em tempos em que se trabalhava mais como oposição e exclusivamente a serviço do trabalhador. Infelizmente eu sou um que viu de perto determinado Sindicato negociando com os patrões de tal indústria ao invés de realmente fazer uma Assembleia para discutir, analisar as novas propostas e falar somente com os trabalhadores. "Norma Rae" (1979) fala sobre tempos em que Sindicatos batiam de frente nas portas dessas indústrias, porém, encontravam pessoas corajosas que faziam a diferença.

Dirigido por Martin Ritt, a trama começa no verão de 1978. Em Hinleyville, uma pequena cidade sulista, a maioria da classe operária trabalha em uma indústria têxtil, cujas condições de trabalho são intoleráveis. Lá também trabalha Norma Rae (Sally Field), uma mãe solteira que vive com os pais, que também são operários da fábrica. De repente vindo de Nova York chega Reuben Warshowsky (Ron Leibman), um sindicalista que, ao tentar arrumar um quarto em um determinado hotel. Norma conhece Reuben, sendo que ambos formam um laço de amizade e juntos decidem lutar para abertura de um Sindicato na cidade, mas para isso precisará da união dos trabalhadores.

O filme já começa de uma forma arrasadora, já que Martin Ritt nos apresenta de imediato o cenário principal onde a protagonista trabalha e logo fazendo a gente constatar que não é um dos melhores lugares para se trabalhar. Logo percebemos também que é uma sociedade do interior de tempos mais conservadores, mas não fugindo do radar de pessoas que tinham coragem de contestar e tentando com eles enxergar as suas condições trabalhistas com um novo olhar. Norma talvez já era uma contestadora em meio aquela realidade, mas precisaria de um empurrão e é aí que Reuben Warshowsky  entra em cena.

Acima de tudo é preciso dar crédito ao incrível desempenho de Ron Leibman que interpreta o sindicalista que surge naquela cidade do nada, mas que mexe com os sentimentos e pensamentos de Norma de forma imediata. Não deixa de ser incrível, por exemplo, a cena em que ele vai inspecionando o local de tecelagem, mas sendo observado de perto pelos patrões do local e gerando um duelo verbal que nos gera até mesmo uma pequena tensão. Mas é mesmo Sally Field que dá um verdadeiro show.

Vencedora de vários prêmios por esse papel, incluindo o Oscar, Field interpreta uma solista de corpo e alma, onde não obtém acesso para o conhecimento, mas tendo consigo uma força para se manter viva perante ao conservadorismo e o abuso do machismo naqueles tempos. Com Reuben ela consegue obter o conhecimento do qual estava faltando e dando-lhe forças para que o ambiente de trabalho daquela fabrica tenha um novo direcionamento. Claro que ela sofre com o preconceito, de resistência daqueles que tem ainda medo de perderem os seus empregos, mas ela não desiste mesmo estando à beira do precipício.

Claro que o filme tem todos aqueles ingredientes que fazem ser aquele forte concorrente para premiações de fim e começo de ano. Porém, "Norma Rae" é um sobrevivente ao teste do tempo, pois estamos aqui ainda hoje lutando pelos nossos direitos, para não sermos substituídos pela máquina e tão pouco nos rebaixarmos perante os obstáculos. Portanto, a cena em que a personagem de Sally Field sobe na mesa para unir os trabalhadores dentro da fábrica é simbólica e serve de exemplo para aqueles que ainda tem coragem de enfrentar os poderosos.

"Norma Rae" fala sobre tempos em que o Sindicato era realmente um Sindicato e sendo construído por trabalhadores que buscavam os seus verdadeiros direitos e ajudar o seu próximo. 


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