Sinopse: Os confins da selva da Amazónia escondem um segredo bem guardado que pode mudar o mundo... Descobre já a nova aventura da Disney com Dwayne Johnson e Emily Blunt! 'Jungle Cruise - A Maldição Nos Confins da Selva' estreia nos cinemas este verão.
A toda poderosa, e por vezes pretensiosa, Disney não tem o que reclamar hoje em dia, já que atualmente ela é proprietária das maiores franquias que geram bilhões ao estúdio, desde o universo do MCU como também "Star Wars". Porém, talvez, desde o encerramento da franquia "Piratas do Caribe" que o estúdio não tem uma franquia milionária que pode realmente dizer que é sua."Jungle Cruise - A Maldição Nos Confins Da Selva" talvez venha para mudar esse quadro, já que é uma aventura divertida, despretensiosa e para não levar a sério em hipótese alguma.
Dirigido por Jaume Collet-Serra, "Jungle Cruise" gira ao redor do malandro e brincalhão Frank Wolff (Dwayne Johnson), capitão do barco La Guilla. Ele é contratado pela Dra. Lily Houghton (Emily Blunt) e seu irmão McGregor (Jack Whitehall) para levá-los em uma missão pelas densas florestas amazônicas com a intenção de encontrar uma misteriosa árvore com poderes de cura que poderá mudar para sempre o futuro da medicina. No caminho, eles viverão inúmeros perigos, enfrentando animais selvagens e até mesmo forças sobrenaturais.
De novidade o filme não tem nada, mas para os amantes da velha e boa aventura o filme é um prato cheio em todos os sentidos. Claramente os realizadores buscaram os mesmos elementos de sucesso da franquia "Piratas do Caribe", mas para cinéfilo de olhar atento irá perceber que o filme bebe também da fonte de outros clássicos dentro do gênero, tanto da franquia "Indiana Jones" iniciada em 1981, como também até mesmo do clássico "Uma Aventura na África" (1951). E se em alguns momentos o filme também te lembrar o divertido "A Múmia" (1999) não se surpreenda.
Tecnicamente o filme é uma grande super produção, com direito ao uso de efeitos visuais de ponta, mas também aproveitando das velhas técnicas de cinema e que remete como se fazia os filmes de aventura de antigamente. Porém, é preciso assistir ao filme de mente aberta, principalmente para nós brasileiros, já que aventura se passa na Amazônia e para os historiadores mais sérios o filme pode parecer uma verdadeira blasfêmia, principalmente da maneira como é retratado uma determinada tribo indígena. É a forma estereotipada que os gringos nos enxergam e por conta disso nunca haverá remédio.
Mas o coração do filme fica por conta da atuação dos seus interpretes, já que estão mais do que a vontade em seus respectivos papeis. Emily Blunt é um dos grandes talentos dessa nova geração, mas provando também que tem fibra em um papel que exige força física e nisso ela não decepciona. Agora, Dwayne Johnson tem me surpreendido cada vez mais nos filmes que atua.
Astros de filmes de ação, na maioria das vezes dispensáveis, o ator parece que conseguiu um certo equilíbrio em filmes de aventura e fantasia desde que ingressou na franquia "Jumanji" (2017). Aqui ele é uma verdadeira metralhadora com a língua, com o direito de lançar piadas uma atrás da outra e provando ter uma verdadeira veia cômica. O seu personagem, aliás, parece uma mistura de Charlie Allnut de "Uma Aventura na África" com Rick O'Connell de "A Múmia", mas ao mesmo tempo obtendo a sua luz própria.
De resto não tem muito o que dizer, principalmente com relação aos vilões que aparecem na trama, como no caso do alemão Príncipe Joachin, interpretado pelo talentoso Jesse Plemons, mas aqui sendo reduzido a um personagem megalomaníaco e parecendo que saiu dos filmes antigos em que os vilões eram sempre caricatos. O final é aquele de sempre, com muita aventura, efeitos visuais em abundância e aqueles minutos finais que nos dá a entender que haverá uma eventual sequência para, enfim, gerar uma nova franquia.
"Jungle Cruise - A Maldição Nos Confins Da Selva" é uma boa aventura em todos os sentidos, fazendo referências aos filmes clássicos do gênero e nos convidando para duas horas bem despretensiosas.
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