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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'Vou Nadar Até Você'

Sinopse: A jovem fotógrafa Ophelia acredita ter descoberto quem é seu pai e sai de Santos, a nado, rumo a Ubatuba, onde espera encontrá-lo. Antes de partir, ela envia uma carta avisando que está a caminho. 

As vezes uma trama simples, ou até mesmo ruim, se sobressai quando o filme em si é moldado com um visual primoroso e que encobre os seus próprios defeitos. "Amor Além da Vida" (1998), por exemplo, é lembrado por ser uma história simples, mas que sobressaia graças ao seu primor visual. "Vou Nadar Até Você" transita entre uma trama que sozinha não se sustenta, mas que é compensado por possuir um dos melhores visuais do cinema nacional do ano.

Dirigido pelo fotografo Klaus Mitteldorf, o filme conta a história de Ophelia (Bruna Marquezine), uma jovem de 20 anos que vive com a mãe (Ondina Clais) e cresceu sem pai. Ela desconfia que ele seja Tedesco (Peter Ketnath), um artista plástico alemão que acaba de retornar ao Brasil. Decidida a encontrá-lo, ela envia uma carta avisando de sua chegada e que irá até ele nadando, a partir da ponte de Santos. Ao saber da chegada iminente, Tedesco pede a Smutter (Fernando Alves Pinto), seu grande amigo, que passe a acompanhá-la de perto.

Conhecido pelo ramo da fotografia, Klaus Mitteldorf faz uma espécie de declaração de amor a sua arte através do cinema e cujo os seus personagens podem ser, logicamente, seus halteres egos de sua pessoa. Embora estreante na cadeira da direção, é interessante as cenas em câmera lenta, das quais ele elabora, principalmente nas cenas em que a protagonista nada em direção ao seu objetivo. Ao mesmo tempo, a fotografia do filme sintetiza um alto grau de cores quentes, como se fossem em alguns momentos quadros pintados em movimento e se tornando os pontos altos do filme.

Isso tudo, porém, não é o suficiente para esconder uma trama que oscila entre o simples ao previsível, mesmo quando em alguns momentos ela consegue nos prender atenção devido umas passagens reveladoras com relação aos personagens e seus passados nebulosos. Outro fator determinante que faz com que o filme fique aquém do esperado é o seu próprio elenco, do qual alguns parecem estar no piloto automático. Bruna Marquezine está muito longe de ser uma grande atriz e cuja a sua atuação fica até mesmo ofuscada pelo desempenho dos atores Peter Ketnath e Fernando Alves Pinto e olha que eles nem fazem muito esforço em seus desempenhos.

O ato final em si coloca os personagens principais se colidindo e revelando os atos e consequências dos quais irão selar os seus destinos. Porém, talvez tenha faltado um pouco de coragem da parte do diretor na questão da finalização da história, mas que própria irá levantar algumas teorias para quem for assisti-la. Após encerramento, cada um terá que digerir do seu jeito e pensar sobre o que foi visto.

Com uma curiosa homenagem ao Super-8 no primeiro ato da trama,  "Vou Nadar Até Você" possui um dos mais belos visuais do cinema brasileiro do ano, mas cujo o recheio irá dividir a opinião de muitos. 

Onde Assistir: Google Play Filmes. 

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