Sinopse: Após Thanos eliminar metade das criaturas vivas, os Vingadores precisam lidar com a dor da perda de amigos e seus entes queridos. Com Tony Stark (Robert Downey Jr.) vagando perdido no espaço sem água nem comida, Steve Rogers (Chris Evans) e Natasha Romanov (Scarlett Johansson) precisam liderar a resistência contra o titã louco.
Em dez anos o estúdio Marvel fez o que antes parecia impossível, ao criar um universo cinematográfico interligado e poucas vezes visto. Tudo isso culminando em "Vingadores - Guerra Infinita" (2018), onde vemos metade dos heróis e do universo sendo dizimada pelo estalo de dedos vindo de Thanos (Josh Brolin). Se o filme anterior já era um espetáculo, "Vingadores-Ultimato" é a 9ª Sinfonia de Beethoven e culminando como uma das maiores experiências cinematográficas que eu já testemunhei desde "O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei" (2003).
Novamente dirigido pelos irmãos Russos, o filme se passa logo depois dos eventos do filme anterior, onde vemos os heróis sobreviventes em frangalhos, mas também dispostos a última chance de derrotar Thanos. Quando tudo parece perdido, é então que surge do nada o Scott Lang, (Paul Rudd), vulgo o Homem Formiga, que dá a chance para eles retornarem no tempo e obterem as joias do infinito antes de Thanos e assim trazerem todos os mortos de volta a vida. Porém, tudo isso dependerá de um grande esforço e também de muitos sacrifícios.
Falar muito sobre o que acontece é também estragar a experiência que o filme nos proporciona, pois assim como no filme anterior, os irmãos Russo se encarregam de colocar os seus protagonistas em situações em que eles se revelam serem mais humanos do que qualquer um. O primeiro ato, aliás, trata exatamente disso, ao vermos os nossos personagens queridos tendo que se virar com o que tem, não somente para manter vivo algum fio de esperança, como também não ceder a loucura proporcionada pela derrota. Portanto, não deixa de ser emocionante ao vermos a nova vida de Tony (Robert Downey Jr.); a triste fase de Clint (Jeremy Renner), vulgo Gavião Arqueiro; a surpreende nova transformação de Hulk (Mark Ruffalo) e da hilária fase que Thor (Chris Hemsworth) está passando.
O melhor de tudo isso é que os realizadores não tem pressa no primeiro ato, onde nós podemos então desfrutar por mais tempo de cada um dos personagens e fazendo assim com que tenhamos maior identificação com eles. Porém, uma vez que Scott Lang entra em cena, começa então a movimentação do tabuleiro e é então que os heróis restantes unem forças para a última e grande chance de salvar o universo. É aí então que o subgênero de viagem no tempo entra em cena e fazendo referências nostálgicas aos clássicos como, por exemplo, "De Volta para o Futuro" (1985) e até mesmo "Bill e Ted"(1989).
Com isso, os heróis retornam aos inúmeros eventos vistos nos filmes anteriores do universo cinematográfico Marvel, tanto de filmes importantes como "Vingadores" (2012) como até mesmo no mediano "Thor - O Mundo Sombrio"(2013). Não é somente uma forma de sentir um calor nostálgico por esses filmes, como também nos mostrar o quão cada um deles foram importantes na construção desse universo interligado. É maravilhoso, por exemplo, também revermos personagens coadjuvantes, antes esquecidos, retornarem em cena devido a viagem no tempo e provar o quanto eles foram importantes para a formação heroica dos personagens principais.
Mas embora exista os momentos de humor e emoção durante essa viagem no tempo, o filme não foge das consequências, principalmente vindo de personagens como Nebulosa (Karen Gillan) e Viúva Negra (Scarlett Johansson), que acabam se tornando elementos fundamentais para a vitória. Entre a lagrima e o sacrifício, o filme se encaminha para o derradeiro ato final, onde novamente os heróis restantes precisam a todo custo derrotar Thanos. É aí que público começa aplaudir, gritar e se emocionar ao testemunharmos algo que todos suspeitavam com relação ao Capitão América (Chris Evans) e fazendo o cinéfilo sentir à maior estase dentro da sala do cinema.
Mas o ápice do ato final se encontra no derradeiro momento onde o palco para a mais importante batalha cinematográfica finalmente toma forma e faz os nossos olhos se encherem de lagrimas ao testemunharmos algo até então inédito para todos nós. Do pouco que posso dizer é que esse momento pode ser facilmente equiparado com a clássica sequência final da HQ "Reino do Amanhã" (1996), mas que aqui a pintura ganha forma, movimento, emoção e adrenalina na medida certa. Após isso, testemunhamos o final da "jornada do herói", onde vemos os nossos queridos personagens concluindo a sua jornada, sem nenhum arrependimento, mas sim cada um tendo a consciência de dever cumprido.
“Vingadores - Ultimato” é um espetáculo cinematográfico até então jamais visto e que fará todos fãs rirem, chorarem, aplaudirem e fazendo todos saírem do cinema com a fé revigorada perante os obstáculos da vida.
Leia também: Vingadores - Guerra Infinita.
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