Sinopse: Lisboa, Portugal. António (Mauro Soares) é um jovem que, após passar a noite fora de casa, é cobrado pelo pai devido a uma carta anônima que recebeu, dizendo que o filho abandonou a faculdade há cerca de um ano. Diante da situação, António foge de casa e encontra refúgio na casa de Mariana (Mariana Dias), uma ex-namorada.
O estrreante cineasta e roteirista Leonardo Mouramateus traz uma narrativa que conta três histórias em uma. Com três arcos, o cinéfilo conhece faces diferentes do personagem principal e das pessoas em volta. A ideia do diretor é até bem concretizada, embora algumas pontas ficam soltas para aqueles que assistem.
O caso que a complexidade de alguns personagens ficam em aberto, principalmente com relação alguns personagens secundários, porém, bem interessantes. Se tem uma sensação de que, cada mudança de António (Mauro Soares) é mais para se puxar o lado complexo desses personagens secundários. Se tem : “a viajante”, “o artista mal compreendido” ou “a vizinha solitária”. Mas o destaque fica mesmo para o protagonista, contando com uma carisma do ator que o interpreta e um tempo maior dentro da projeção, ele é quem apresenta nuances na sua personalidade e indo muito mais além do que se imagina.
No momento ao focar na tentativa de se criar algo original em sua narrativa, Mouramateus se arrisca em uma linha narrativa retalhada, com jornadas inacabadas dos seus respectivos personagens e fazendo assim um teste para o cinéfilo que for assistir. Com algumas imagens indo e voltando ao longo do percurso, se cria um verdadeiro quebra cabeça sobre em que ponto da história se passa a trama e criando uma pequena confusão num primeiro olhar de quem for assistir. Apesar de tudo isto, o filme é redondo e apresenta até um bom desfecho.
"António Um Dois Três" se aprofunda em suas próprias questões que o filme deixa somente pincelado e forçando o cinéfilo a se perguntar sobre o que realmente está acontecendo.
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