Nos dias 12 e 13 de
novembro eu irei participarei do curso Abbas Kiarostami: A invenção do real,
criado pelo Cine Um ministrado pela jornalista Ivonete Pinto. Enquanto os dias
da atividade não chegam, por aqui eu irei relembrar um pouco de cada um dos
seus filmes, dos quais ele transmitia o seu lado mais criativo. Algo que
infelizmente se encontra cada vez mais raro no cinema atual.
Um Alguém Apaixonado
(2013)
Sinopse: Akiko (Rin
Takanashi) é uma jovem universitária que vive em uma grande cidade no Japão. Um
dia ela está ao lado de uma amiga em uma boate, quando um homem (Denden) se
aproxima dela e lhe pede que vá visitar um colega. Ela reluta a princípio,
dizendo que precisa encontrar sua avó que veio do interior, mas acaba
aceitando. Colocada em um táxi, ela segue em viagem tendo apenas um endereço e
um telefone, sem saber quem irá encontrar.
Quando se é cinéfilo,
você sempre fica vasculhando os principais filmes de “cineastas autores”, pois
você sabe muito bem que sempre irá encontrar algo de bom e fora do
convencional. Mas por mais que a gente se esforce nem tudo podemos assistir,
principalmente devido à falta de tempo e no meu caso levou tempo para
finalmente conhecer o cineasta iraniano Abras Kiarostami. Fui conhecê-lo
somente no filme Copia Fiel que, desde já, está entre os melhores filmes da última
década e novamente ele surpreende, do outro lado do mundo, com o seu Um Alguém
Apaixonado.
O filme é sobre os
encontros e desencontros de pessoas em uma Tóquio movimentada, barulhenta e
cheia de luz, do qual faz com que esses elementos se misturem com os próprios
personagens e fazendo tanto chamar atenção deles como a nossa também. O fio
condutor começa a partir de uma garota de programa (Rin Takanashi), que por sua
vez vai atender na casa de um idoso (Tadashi Okuno), mas devido a um imprevisto
e outro, eles dão de encontro com o namorado ciumento da primeira. Assim como filmes
anteriores da sua carreira (como Close Up), em alguns momentos os personagens
começam a se passar por outras pessoas, cuja razão está no fato de fugirem de
uma difícil realidade, mas que no final das contas terão que encará-las doa o
que doer.
Assim como Copia Fiel, os
personagens começam a tirar as suas máscaras na reta final da trama e ter que
encararem eles próprios, mas assim como naquele filme, Abras Kiarostami deixa o
final em aberto e fazendo com que a história continue em nossas mentes. Pode
isso não agradar a todos, mas nunca é demais a gente imaginar o que viria
depois para os protagonistas que nos deixam em uma projeção.
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