Sinopse: Um psicólogo
criminal é chamado para investigar o desaparecimento de uma família. Apenas uma
das filhas foi deixada para trás e agora ele precisa desvendar o mistério.
Enquanto isso, ele fica intrigado com os novos vizinhos, que agem de forma
suspeita.
Tendo conhecido Kiyoshi
Kurosawa pelo belo filme Sonata em Tóquio (numa sessão inesquecível na Sala P.F
Gastal de Porto Alegre), tive então muito interesse de conhecer a sua mais nova
obra. Creepy é um filme que se destaca mais pela forma pessoal que o cineasta
filma as cenas do que pelo roteiro em si. A trama, inspirada num livro de um
escritor chamado Yutaka Maekawa não trás nenhum frescor em termos de
originalidade e se apoia até mesmo a fórmulas já conhecidas para aqueles que
apreciam o gênero de suspense investigativo ao estilo Seven e O Silêncio dos
Inocentes.
Porém, embora o final esteja longe de nos surpreender, é na forma pessoal de Kurosawa em filmar que torna Creepy um filme diferente de outras obras. Os movimentos mínimos com a câmera, mas ao mesmo tempo firmes e alinhado com inúmeros planos sequências, conseguem criar um clima mórbido de suspense que poucas vezes se vê dentro do gênero. Isso ajuda até mesmo em cenas das quais poderiam soar banais, mas que aqui passam uma sensação de estranheza e, aparentemente, de originalidade.
Chama também atenção do uso da luz, do qual foge um pouco da realidade, mas que se casa de acordo com os sentimentos e tensões que os personagens passam. Se há uma cena de tensão envolvendo um interrogatório, por exemplo, não estranhe se o cenário escurecer, pois faz parte dessa proposta do cineasta. É nesse momento, aliás, que ouso dizer que Kurosawa prestou uma pequena homenagem ao mestre Alfred Hitchcock, principalmente quando soa uma trilha vagamente familiar e que remete aos seus clássicos como Um Corpo que Cai.
Com todos esses ingredientes inseridos, fez então com que Creepy se torne um filme acima da média dentro do gênero de suspense policial e faz com que tenhamos mais interesse em conhecer o restante da obra de Kiyoshi Kurosawa.
Porém, embora o final esteja longe de nos surpreender, é na forma pessoal de Kurosawa em filmar que torna Creepy um filme diferente de outras obras. Os movimentos mínimos com a câmera, mas ao mesmo tempo firmes e alinhado com inúmeros planos sequências, conseguem criar um clima mórbido de suspense que poucas vezes se vê dentro do gênero. Isso ajuda até mesmo em cenas das quais poderiam soar banais, mas que aqui passam uma sensação de estranheza e, aparentemente, de originalidade.
Chama também atenção do uso da luz, do qual foge um pouco da realidade, mas que se casa de acordo com os sentimentos e tensões que os personagens passam. Se há uma cena de tensão envolvendo um interrogatório, por exemplo, não estranhe se o cenário escurecer, pois faz parte dessa proposta do cineasta. É nesse momento, aliás, que ouso dizer que Kurosawa prestou uma pequena homenagem ao mestre Alfred Hitchcock, principalmente quando soa uma trilha vagamente familiar e que remete aos seus clássicos como Um Corpo que Cai.
Com todos esses ingredientes inseridos, fez então com que Creepy se torne um filme acima da média dentro do gênero de suspense policial e faz com que tenhamos mais interesse em conhecer o restante da obra de Kiyoshi Kurosawa.
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