O AUGE DO HUMANO
Sinopse: Exe acaba de perder o
emprego e não tem planos de procurar outro. Pela internet, ele conhece Alf, um
rapaz moçambicano também desmotivado por seu trabalho, que pretende partir à
procura de Archie, um jovem que fugiu para a selva. Através de uma densa
vegetação, Archie trilha pelo caminho deixado pelas formigas. Um deles se perde
e, enquanto vagueia sem destino, se depara com Canh, um filipino que se prepara
para voltar à sua cidade natal, onde um emprego massacrante e miserável o
aguarda.
Filme duplamente premiado
no Film Festival Locarno (Official Page) 2016, como Prêmio de Melhor Filme na
seção Cineastas do Presente e Menção Especial no Prêmio Melhor Primeiro Filme.
Não é pra menos, pois a obra do Eduardo Williams parece uma espécie de mistura
de Birdman com a série Black Mirror, já que o cineasta usa inúmeras cenas de planos
seqüências, para contar uma trama que envolve inúmeras pessoas ligadas à
tecnologia de hoje e o que faz delas interligadas uma com a outra. O que se vê na
tela não é algo muito diferente de hoje, mas ao mesmo tempo passa a sensação de
que há algo maior inserido na história e essa sensação aumenta ainda mais graças
a um ato final que levanta mais dúvidas do que respostas.
Atenção para as cenas
das formigas, do qual elas surgem numa trama e que dá continuidade para outra.
Sem sombra de dúvida um filme curioso e que merecia exibição no circuito convencional.
Clique aqui para assistir ao trailer.
TALVEZ DESERTO TALVEZ
UNIVERSO
Sinopse: A Unidade de
Internamento de Psiquiatria Forense é uma estrutura de regime fechado, de
segurança média, com vertente reabilitadora. Presta
acompanhamento psiquiátrico, psicológico, médico, terapêutico
e social. Os homens que a habitam foram considerados inimputáveis pelo
tribunal. Sentem o tempo passar, lento. É neste tempo individual que o filme
se instala.
Dirigido por Karen
Akerman e Miguel Seabra, o filme explora o dia a dia de inúmeros internos desse
local. Sem disfarces, ou algo que romanceie a produção, o filme mostra o lado cru
dessas pessoas que, aos poucos, começam a se interagir com a câmera e colocando
então para fora um desabafo com relação as suas vidas e dos motivos que o
levaram a estarem ali. Com uma fotografia em preto e branco, o filme explora minuciosamente,
tanto o ambiente do local como também as
marcas do tempo de cada um dos internos.
Uma produção que vai
além de apenas observar, como também analisar o lado mais profundo de uma mente
humana cheia de conflitos.
Clique aqui para assistir ao trailer.
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