A frente
fria que a chuva traz
Sinopse: Jovens
milionários adoram festas e fazem questão de ostentar o que têm. Eles resolvem
alugar uma laje na favela do Vidigal e contratam um pagodeiro para animar as
baladas, regadas à muita bebida, droga, luxúria libertinagem.
Baseado na peça A
Frente Fria Que a Chuva Traz, de Mário Bortolotto, o filme marca o retorno do
cineasta Neville de Almeida (Os Sete Gatinhos) na direção e retornando em
grande estilo. Na realidade o filme se torna melhor ainda se a pessoa for
assisti-lo após ter visto Rio Babilônia, também de Neville de Almeida, já que
ambas as obras retratam a classe milionária em meio à comunidade da favela do
rio, mas de formas distintas. Embora as tramas se passem em cenários semelhantes,
as mudanças que os anos trouxeram se tornam gritantes e vemos as duas classes
se explorando uma à outra de uma forma hipócrita e explicita.
Destaque para Bruna
Linzmeyer (O Amuleto), nos brindando com a sua melhor interpretação da carreira,
ao interpretar uma garota de programa viciada em drogas, mas consciente da
realidade hipócrita que a rodeia.
Califórnia
Sinopse:Na década de
1980, o mundo enfrenta a descoberta da AIDS, assim como no Brasil, cuja
ditadura militar chega ao fim. O brasileiro Carlos (Caio Blat) é um crítico
musical e vive na Califórnia. Ele está debilitado por causa da AIDS e mesmo
assim, ele encontra forças para retornar ao seu país para visitar a sobrinha, a
adolescente Estela (Clara Gallo).
O filme marca a estréia
da jornalista e apresentadora Marina Person na direção e em grande estilo. O
filme é pura nostalgia para aqueles que cresceram e conviveram com a cultura
daquele tempo, desde cinema, moda, leitura e música. Ao mesmo tempo o filme é
um retrato sincero e humano sobre a passagem da inocência para a vida adulta e
descobrindo coisas do dia a dia até então desconhecidas. Destaque para jovem
protagonista, interpretada por Clara Gallo, que não me surpreenderia se ela fosse
uma espécie de alter ego de Marina Person dentro do filme.
Destaco também a
sempre boa interpretação de Caio Blat que aqui rouba a cena sempre quando
surge.
Condado
Macabro
Sinopse:Um grupo de
amigos vai passar o feriado numa casa isolada e sem sinal de celular. Mas o que
eram pra ser dias de diversão para esses jovens, se transforma numa chacina.
Todos morrem de forma brutal e o principal suspeito é um palhaço encontrado na
cena do crime.
Vencedor do prêmio de
melhor filme no festival Fantaspoa de Porto Alegre em 2015, a obra da dupla de
cineastas André De Campos Mello e Marcos DeBrito nada mais é do que uma
deliciosa homenagem ao gênero de horror dos anos 80. Se passar na sua mente
filmes como o Massacre da Serra Elétrica e Sexta feira 13 não se surpreende, já
que muitas passagens do filme lembram esses clássicos, mas tudo numa roupagem
brasileira, mas que ao mesmo tempo se casa muito bem com a proposta.
Destaco o ator Francisco
Gaspar (Estrada 47), ao interpretar um palhaço com atitudes duvidosas e excêntricas.
Mais
Forte que o Mundo - A História de José Aldo
Sinopse:Cinebiografia
que conta a história do lutador de MMA (Mixed Martial Arts) José Aldo (José
Loreto). Ele cresceu com o sonho de ser um grande lutador, tendo como ídolo
Mike Tyson. Dentro do octógono, Aldo foi campeão dos penas do UFC e é
considerado um dos melhores atletas pound-for-pound (independente da categoria
de peso).
Depois de uma
passagem pelos EUA não muito feliz, onde dirigiu o mediano Presságios de um Crime, Afonso Poyart (2 Coelhos)
retorna com tudo em território nacional, ao adaptar a história verídica do
lutador de MMA José Aldo e que foi responsável pelo popularidade da categoria
aqui no país. Assim como em 2 Coelhos, Poyart usa e abusa de uma câmera vertiginosa,
montagem ao estilo vídeo clipe e uma fotografia
de primeira linha. José Loreto se sai bem em cena, ao interpretar com
intensidade e fúria o lutador, passando a sensação que a todo o momento o
protagonista tenta lutar e derrotar os seus demônios interiores.
Embora conhecida a
história, a forma como é feita a embalagem é que faz toda a diferença e Poyart
entende muito bem do assunto.
Zoom
Sinopse: Misturando
animação com live-action, a trama acompanha três artistas: um diretor de
cinema, um criador de história em quadrinhos e um escritor. A vida de cada um
deles se passa em realidades paralelas e suas histórias são contadas uns pelos
outros.
Numa verdadeira
mistura de animação, comédia, drama e fantasia, essa co-produção entre Brasil e
Canadá é um deleite para os olhos e ao mesmo tempo por possuir uma trama da
qual podemos tirar inúmeros interpretações dela. Basicamente é uma trama dentro
de outra trama e assim por diante, mas que de forma engenhosa não faz com que nós
fiquemos confusos, mas sim desejando que a trama não acabe tão cedo. Por ser
uma produção entre dois países, o filme tem a presença de atores
internacionais, como no caso de Gabriel Garcia Bernal (NO) que interpreta um
talentoso cineasta, mas que perde algo muito importante do seu talento e
gerando os momentos mais divertidos do filme.
Para
minha amada morta
Leia
a minha crítica já publicada clicando aqui.
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