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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Cine Dicas: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo:



A frente fria que a chuva traz

Sinopse: Jovens milionários adoram festas e fazem questão de ostentar o que têm. Eles resolvem alugar uma laje na favela do Vidigal e contratam um pagodeiro para animar as baladas, regadas à muita bebida, droga, luxúria libertinagem.

Baseado na peça A Frente Fria Que a Chuva Traz, de Mário Bortolotto, o filme marca o retorno do cineasta Neville de Almeida (Os Sete Gatinhos) na direção e retornando em grande estilo. Na realidade o filme se torna melhor ainda se a pessoa for assisti-lo após ter visto Rio Babilônia, também de Neville de Almeida, já que ambas as obras retratam a classe milionária em meio à comunidade da favela do rio, mas de formas distintas. Embora as tramas se passem em cenários semelhantes, as mudanças que os anos trouxeram se tornam gritantes e vemos as duas classes se explorando uma à outra de uma forma hipócrita e explicita.
Destaque para Bruna Linzmeyer (O Amuleto), nos brindando com a sua melhor interpretação da carreira, ao interpretar uma garota de programa viciada em drogas, mas consciente da realidade hipócrita que a rodeia.       

Califórnia

Sinopse:Na década de 1980, o mundo enfrenta a descoberta da AIDS, assim como no Brasil, cuja ditadura militar chega ao fim. O brasileiro Carlos (Caio Blat) é um crítico musical e vive na Califórnia. Ele está debilitado por causa da AIDS e mesmo assim, ele encontra forças para retornar ao seu país para visitar a sobrinha, a adolescente Estela (Clara Gallo).

O filme marca a estréia da jornalista e apresentadora Marina Person na direção e em grande estilo. O filme é pura nostalgia para aqueles que cresceram e conviveram com a cultura daquele tempo, desde cinema, moda, leitura e música. Ao mesmo tempo o filme é um retrato sincero e humano sobre a passagem da inocência para a vida adulta e descobrindo coisas do dia a dia até então desconhecidas. Destaque para jovem protagonista, interpretada por Clara Gallo, que não me surpreenderia se ela fosse uma espécie de alter ego de Marina Person dentro do filme.
Destaco também a sempre boa interpretação de Caio Blat que aqui rouba a cena sempre quando surge.

Condado Macabro

Sinopse:Um grupo de amigos vai passar o feriado numa casa isolada e sem sinal de celular. Mas o que eram pra ser dias de diversão para esses jovens, se transforma numa chacina. Todos morrem de forma brutal e o principal suspeito é um palhaço encontrado na cena do crime.

Vencedor do prêmio de melhor filme no festival Fantaspoa de Porto Alegre em 2015, a obra da dupla de cineastas André De Campos Mello e Marcos DeBrito nada mais é do que uma deliciosa homenagem ao gênero de horror dos anos 80. Se passar na sua mente filmes como o Massacre da Serra Elétrica e Sexta feira 13 não se surpreende, já que muitas passagens do filme lembram esses clássicos, mas tudo numa roupagem brasileira, mas que ao mesmo tempo se casa muito bem com a proposta.
Destaco o ator Francisco Gaspar (Estrada 47), ao interpretar um palhaço com atitudes duvidosas e excêntricas.    
      
Mais Forte que o Mundo - A História de José Aldo

Sinopse:Cinebiografia que conta a história do lutador de MMA (Mixed Martial Arts) José Aldo (José Loreto). Ele cresceu com o sonho de ser um grande lutador, tendo como ídolo Mike Tyson. Dentro do octógono, Aldo foi campeão dos penas do UFC e é considerado um dos melhores atletas pound-for-pound (independente da categoria de peso).

Depois de uma passagem pelos EUA não muito feliz, onde dirigiu o mediano  Presságios de um Crime, Afonso Poyart (2 Coelhos) retorna com tudo em território nacional, ao adaptar a história verídica do lutador de MMA José Aldo e que foi responsável pelo popularidade da categoria aqui no país. Assim como em 2 Coelhos, Poyart usa e abusa de uma câmera vertiginosa, montagem ao estilo vídeo clipe e uma fotografia  de primeira linha. José Loreto se sai bem em cena, ao interpretar com intensidade e fúria o lutador, passando a sensação que a todo o momento o protagonista tenta lutar e derrotar os seus demônios interiores.
Embora conhecida a história, a forma como é feita a embalagem é que faz toda a diferença e Poyart entende muito bem do assunto.
Zoom

Sinopse: Misturando animação com live-action, a trama acompanha três artistas: um diretor de cinema, um criador de história em quadrinhos e um escritor. A vida de cada um deles se passa em realidades paralelas e suas histórias são contadas uns pelos outros.

Numa verdadeira mistura de animação, comédia, drama e fantasia, essa co-produção entre Brasil e Canadá é um deleite para os olhos e ao mesmo tempo por possuir uma trama da qual podemos tirar inúmeros interpretações dela. Basicamente é uma trama dentro de outra trama e assim por diante, mas que de forma engenhosa não faz com que nós fiquemos confusos, mas sim desejando que a trama não acabe tão cedo. Por ser uma produção entre dois países, o filme tem a presença de atores internacionais, como no caso de Gabriel Garcia Bernal (NO) que interpreta um talentoso cineasta, mas que perde algo muito importante do seu talento e gerando os momentos mais divertidos do filme. 
   
Para minha amada morta

Leia a minha crítica já publicada clicando aqui.



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