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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: Snoopy & Charlie Brown - Peanuts, O Filme



Sinopse: Charlie Brown, Snoopy, Lucy, Linus e todo resto da turma do beagle mais amado do mundo está de volta! A aventura começa quando Snoopy embarca numa missão, ao partir em busca de seu arqui-inimigo, o Barão Vermelho, enquanto seu melhor amigo, Charlie Brown, dá início a sua própria missão.

 

A obra máxima de Charles Schulz (1922 – 2000) eu não a conheci pelas suas clássicas tirinhas, mas sim pelo seu desenho animado que dava nas manhãs do SBT e posteriormente na rede Globo. Porém, aquela animação respeitava a sua fonte, tanto no traço, como também as mensagens filosóficas que, poderiam sair tranquilamente de um personagem adulto, mas saia justamente de crianças cheias de imaginação. Quando eu soube que o mesmo estúdio da Era do Gelo adaptaria a obra para o cinema, eu rapidamente temi pelo pior, mas felizmente o filme é extremamente fiel ao conteúdo original.
Todos estão lá e se apresentam a nós como deveriam realmente ser: Charlie Brown com falta de alto estima; Snoopy cheio de imaginação; Lucy sendo psiquiatra e esquentada; Linus um filósofo e sempre com o seu companheiro cobertor; Patty Pimentinha, Marcie, Chiqueirinho, Sally, Schroeder, Woodstock etc. Todos os nossos velhos conhecidos e que encantavam inúmeras gerações de ontem e que agora vieram para conquistar os corações da geração de hoje.
Mas estamos falando de um longa metragem de pouco mais de uma hora e meia e nem todos os personagens tiveram tempo para serem bem explorados e serem apresentados para o público de primeira viagem. Porém, suas características continuam intactas, como no caso de Schroeder, sempre tocando o seu pequeno piano e venerando Beethoven. Mas o foco principal fica sendo mesmo em Charlie Brown, na sua luta para ser alguém melhor na vida e ter coragem de conversar com a garotinha ruiva.
Quem conhece as clássicas histórias, tanto nas tirinhas como no clássico desenho animado, se lembra que, Charlie Brown sempre queria se declarar a garotinha ruiva, mas sempre dava o azar de algo errado acontecer e desse encontro sempre ser adiado. Esse talvez seja o grande charme do filme, de não só manter fiel aos traços e as personalidades dos personagens, como também as situações das quais eles sempre protagonizaram: escorados no muro e filosofando, jogando beisebol e futebol americano, tendo sempre os mesmos problemas da escola e, logicamente, a professora e os demais adultos que, quando falam, a gente nunca entende o que eles dizem e tão pouco aparecem de corpo inteiro.
Esse é o maior legado que Charles Schulz nos deixou. Apresentar crianças das quais a gente se identificava facilmente quando éramos pequenos, mas que ainda ficaríamos nos identificando com elas na nossa fase adulta, pois os seus dilemas são algo que nos faz pensar e compreender e provando que o autor tinha uma mente muito à frente do seu tempo. O filme, em si, é um grande resumo de todo esse legado que ele nos deixou, mas criado com carinho e pensando nos novos e velhos fãs.
Porém, se há um ato falho na produção é justamente alguns momentos protagonizados por Snoopy. Não que os seus momentos em cena sejam todos ruins, pois os momentos em que ele tenta a todo custo criar um livro são hilários. O problema é quando o personagem se solta na imaginação, usando a sua casinha como avião, para então enfrentar o seu inimigo dos ares Barão Vermelho. É algo que nos já víamos nas tirinhas e no desenho, mas aqui é esticado de tal forma que faz esse momento do filme se tornar cansativo e atrapalhando a trama principal que é a protagonizada por Charlie Brown. 
Tirando esse deslize que poderia ter sido evitado, o filme possui início, meio e fim bem redondinho e nostálgico. Snoopy & Charlie Brown - Peanuts, O Filme é uma obra para agradar as pessoas de todas as idades e uma prova de que histórias que nos encantavam no passado podem sim funcionar e fluir perfeitamente nos dias de hoje.  




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