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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: A NOITE DA VIRADA

SinopseDurante uma festa de Réveillon na casa de Ana (Julia Rabello) e Duda (Paulo Tiefenthaler), o banheiro é o foco de todas as fofocas e polêmicas. É onde Duda confessa à esposa que vai deixá-la pela vizinha Rosa (Luana Piovani), que, por sua vez, leva um casamento bem monótono com Mario (Marcos Palmeira). É também onde Alê (Luana Martau) conta a Ana suas aventuras sexuais com o namorado (João Vicente de Castro), e onde um convidado traficante (Taumaturgo Ferreira) faz os seus negócios. Na noite da virada do ano, tudo pode acontecer.

Existe um incentivo cada vez maior atualmente de se querer fazer outros filmes de gênero dentro do nosso cinema brasileiro e não ficarmos presos somente a uma fórmula de sucesso. O que move a massa e dá lucro atualmente aos estúdios são as comédias brasileiras que, mesmo com roteiros previsíveis, garantem um retorno garantido. Infelizmente essa fé cega por esse gênero acaba gerando filmes tão horrorosos, que não me surpreenderia que chegamos ao ápice da mediocridade.
A Noite da Virada talvez seja o princípio do fim com relação a trajetória das comédias de sucesso do país, pois é uma hora e meia de filme, cuja a proposta é querer fazer o público rir, mas no máximo que irá puxar de nós nesse meio tempo será um leve sorriso forçado e mentiroso. A trama sobre vizinhos e amigos que, se reúnem para a festa da virada, nada mais é do que uma mistura de ideias e formulas já bem manjadas de outros filmes e americanos inclusive, demonstrando então total falta de identidade própria. Quando se assiste A Noite da Virada, vem a mente imediatamente filmes como Se Beber não Case e Projeto X. Ou seja: uma copia de uma copia de outra copia e tudo beirando ao artificial.
Traições, sexo e drogas são os ingredientes que moldam trama, alinhado com piadas politicamente incorretas, mas da maneira de como são dirigidas, soam tão falsamente chocantes, que poderia ser tranquilamente exibido numa Sessão da Tarde qualquer da vida. O elenco Global conhecido não ajuda muito: Luana Piovani novamente atuando como ela mesma e Marcos Palmeira, mesmo com o talento de interprete na veia, entra e sai no piloto automático.
Júlia Rabello como a mulher traída e artha Nowill e Luana Martau que, interpretam as personagens que só tem sexo em suas mentes, acabam meio que sobressaindo em meio a esse humor sem sal, mas o trio acaba não sendo o suficiente para salvar esse barco que fura antes mesmo de entrar na água. E como se a situação não poderia piorar mais, o filme enlaça todas as sub-tramas e as resolvem de uma forma tão ruim no seu ato final, que você se arrepende de ter embarcado na uma hora e meia mais  longa de sua vida.
Com uma ponta medíocre e rápida de Alexandre Frota (dando a entender que precisava participar para pagar as suas contas atrasadas) A Noite da Virada pode não ser a ultima pá de terra para o gênero da comédia por aqui, mas bem que se esforçou para se criar tal feito. 


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