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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: OPERAÇÃO BIG HERO

Sinopse: Cidade de San Fransokyo, Estados Unidos. Hiro Hamada (voz de Ryan Potter) é um garoto prodígio que, aos 13 anos, criou um poderoso robô para participar de lutas clandestinas, onde tenta ganhar um bom dinheiro. Seu irmão, Tadashi (voz de Daniel Henney), deseja atraí-lo para algo mais útil e resolve levá-lo até o laboratório onde trabalha, que está repleto de invenções. Hiro conhece os amigos de Tadashi e logo se interessa em estudar ali. Para tanto ele precisa fazer a apresentação de uma grande invenção, de forma a convencer o professor Callahan (James Cromwell) a matriculá-lo. Entretanto, as coisas não saem como ele imaginava e Hiro, deprimido, encontra auxílio inesperado através do robô inflável Baymax (voz Scott Adsit), criado pelo irmão.

Transformers já teve ao todo quatro filmes para o cinema que, embora tenham sido sucessos de bilheteria, será lembrada como uma franquia que não tinha do que era essencial para agradar a critica em geral: emoção!
Emoção é a palavra de ordem para a mais nova animação da Disney, Operação Big Hero que,  pela primeira vez, é uma animação com selo Marvel, já que a casa do Mickey explora uma da filiais japonesas da Casa das Ideias  e que reúne o melhor dos dois mundos. Assistindo a esse filme se encontra elementos, tanto do que já foi visto em outras animações Disney, como também do que já foi visto em outras animações japonesas. Belo exemplo disso são os minutos iniciais, onde vem em nossa mente animações como Pokemon.
O próprio protagonista Hiro Hamada (voz de Ryan Potter) tem as tão conhecidas características  de um tipico protagonista de animações japonesa: Cabelo preto (meio arrepiado), olhos grandes e roupa com partes vermelhas. Porém, a sua personalidade apresentada gradualmente no decorrer do filme, assim como o caminho que irá trilhar, lembra e muito os personagens típicos da Marvel como o Homem Aranha. Acima de tudo, o filme possui uma alta dose de mensagem positiva com relação a saber superar os obstáculos e realizar os seus sonhos.
Hiro tem um irmão chamado Tadashi (voz de Daniel Henney), que servirá de empurrão para que ele vá atrás do seus objetivos. Infelizmente Tadashi morre num (aparentemente) acidente, fazendo com que Hiro siga o caminho do herói que irá começar a percorrer, mesmo que num primeiro momento não era essa a sua real intenção. Nesse percurso, Hiro terá companhia da maior criação de seu irmão: Baymax!
Se eu cutuco na ferida com relação a Transformers, é pelo fato que, mesmo com inúmeros robôs apresentados na tela, nenhum é carismático e tão pouco nos passa vida. Já Baimax, mesmo sendo um robô, já nos conquista de imediato pela sua pureza, ingenuidade, visual (que lembra um boneco de marchimelo) e que nele, guarda o melhor do irmão de Hiro, literalmente. Os melhores momentos de humor do filme são protagonizados por Baymax, sendo que a cena que ele tapa os seus furos com fita adesiva é hilária.
Acima de tudo, Operação Big Hero é uma representação do domínio dos nerds nestes primeiros anos do século 21. Antes reclusos ao segundo plano do universo cultural, agora a maioria dos filmes de aventura, ficção e fantasia (na maioria baseada em HQ) são uma representação desse domínio que, vem gerando lucro aos estúdios, mas que felizmente tem rendido boas historias para nós. O grupo de amigos nerds de Hiro, onde cada um cria seus próprios trajes e poderes para combater o crime, é nada mais do que uma representação dessa mania sem precedentes.
Como todo o filme desse porte, há um vilão com segundas intenções. Porém, os roteiristas foram engenhosos em não cair no óbvio, sendo que a verdadeira identidade vilanesca e suas motivações são uma das grandes surpresas do filme.  Aliás, o filme é carregado de inúmeras surpresas que, quando se acha que irá acontecer algo que nós já estamos montando em nossas mentes, sempre ocorre algo inesperado.
Em termos técnicos, Operação Big Hero mantem as mesmas qualidades de som e imagem dos últimos filmes da Disney, sendo que cada cena vista no decorrer da animação é de encher os olhos. Por ser um universo que reúne o melhor dos dois mundos, a cidade de San Fransokyo é uma mistura tanto de San Francisco como também de Tókio, gerando então um mosaico cultural dos dois países, sendo algo que somente vi em filmes como Blade Runner, mas com uma realidade mais limpa e esperançosa.
É claro que nem tudo são flores para esse filme, pois eu acredito que a Disney não foi 100% corajosa na hora de encerrar a trama. Digo isso porque o filme poderia muito bem em deixar em aberto com relação ao destino de um dos personagens. Porém, nos últimos segundos do segundo tempo, eles decidem resolver tudo tão facilmente, que acaba meio que soando forçado demais.
Apesar desse deslise, Operação Big Hero pode facilmente ser rotulado como a melhor e a mais divertida animação desse ano e provando o verdadeiro potencial positivo da parceria Disney e Marvel. 

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