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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Cine Especial:DAVID LYNCH:O LADO ESCURO DO SONHO:Parte 2


Nos dias 28 e 29 de Julho, estarei participando do curso DAVID LYNCH: O LADO ESCURO DO SONHO, criado pelo CENA UM e ministrado pelo professor e critico de cinema Rafael Ciccarini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo um pouco sobre o que eu sei desse  cineasta, que é o melhor que sabe mexer com as nossas mentes.
Eraserhead

Sinopse: Henry Spencer (Jack Nance) é um reservado operário de uma fábrica que se vê obrigado a casar com Mary X, uma antiga namorada que se diz grávida dele. O bebê nasce uma aberração, que faz com que Mary abandone Henry para ele cuidar da 'criatura' sozinho.

Boa parte da visão autoral de Lynch já estava por completo em seu primeiro longa metragem, que entre idas e vindas de produção, levou cinco anos para ser concluído. Durante a estréia, era obvio que o publico, tão acostumado com o começo, meio e fim do cinema americano, não entendesse a primeira vista no que viu na produção, mas ao longo do tempo, o filme foi ganhando status de cult, principalmente em sessões tarde da noite, no qual acabou ficando em cartaz por várias semanas.   
Eraserhead (sem tradução, pois o filme nunca foi lançado no Brasil, mas o título poderia ser livremente traduzido como “o cabeça de borracha apagadora”). Esse filme é um dos mais estranhos da carreira do diretor. Se muitos não compreendem Mulholland Drive, o que dizer desse então. O que é aquele bebê? O que é aquele palco onde canta aquela loira “bochechuda”? Quem é ela? Quem é Henry, afinal? O que diz a história? Difícil de encontrar as respostas para tudo num primeiro momento!
 São perguntas que se fazem a muitos filmes de Lynch, mas não deve ser feito disso como uma espécie de “jogo do milhão”, como aconteceu com Mulholland Drive, que virou febre de teorias na internet. Um filme como “Eraserhead” não devem ser visto com os olhos que busque alguma  razão na obra, muito menos alguma verossimilhança, mas sim, temos que tratá-lo como um quadro abstrato, em que você olha para ele e você mesmo tem que interpretá-lo e dar a sua própria opinião do que você viu.  O cinema de David Lynch é como os sonhos: devemos apenas curtir a viagem e acordarmos depois.  


O Homem Elefante

Sinopse: John Merrick (John Hurt) é um inglês que vive recluso em um circo por ter uma doença que desfigurou seu rosto. Ele é descoberto por um médico (Anthony Hopkins), que deseja integrá-lo à sociedade não como um "esquisito", mas como alguém normal e culto. O problema é que as pessoas não estão prontas para isso, e John terá que sofrer muito para ser tratado como ser humano.


Primeiro grande sucesso da carreira do diretor David Lynch em 1980, fala sobre uma fantástica historia verídica, que se passa no passado de Londres. Filme bonito, sensível e feito para mexer com as emoções a todo o estante. Direção impecável de Lynch que construiu o roteiro baseado numa historia real, mas sem levar ao extremo em seus sentimentos pelo personagem. A fotografia em preto e branco é ótima e contribui para a construção da peculiar atmosfera do filme, valorizado pelas expressões e maquiagem de Hurt.
Embora coberto por uma impressionante maquiagem, John Hurt (Alien: O 8º Passageiro) apresenta um dos seus melhores desempenhos de sua carreira, fazendo agente acompanhar toda a sua dor e dos poucos momentos de felicidade, que tanto o personagem valoriza quando acontecem. Não faltam momentos que se tornaram marcantes, como a famosa cena em que personagem grita as palavras, “eu não sou um animal, mas sim um ser humano”, contra uma multidão que queriam machucá-lo. A cena se tornou posteriormente bastante lembrada, entre  cinéfilos e cineastas, como Tim Burton, que em seu Batman: O Retorno, usa a mesma frase (só que de uma forma invertida) com o personagem Pingüim.
Com um final arrebatador, Homem Elefante, é sem sombra de duvida um dos melhores filmes da década de 80.     

"As ideias são como peixes. Podemos encontrá-los à superfície das águas, mas lá em baixo, nas profundezas, é que eles são maiores. E sabem qual é o principal isco para os apanhar? O desejo. Temos que desejar as ideias. É o desejo que traz cá para cima esses peixes graúdos."

"David Lynch"



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3 comentários:

renatocinema disse...

AMIGO o destaque do texto está com problemas.

Sou fã do diretor.

abraços

Marcelo Castro Moraes disse...

É mas agora já arrumei. Desde a ultima versão nova, o blogger vive dando esse problema.

Sou também fanatico pelo diretor e curso a muito estou esperando sobre ele.

renatocinema disse...

Lynch é gênio. Um dos melhores.....quando está inspirado.....ninguém segura.


abraços.