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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: Histórias que Só Existem Quando Lembradas


Sinopse: Jotuomba fica localizada no Vale do Paraíba, no estado do Rio de Janeiro. Nos anos 30 as até então ricas fazendas de café foram à falência, derrubando a economia local. Madalena (Sônia Guedes), uma velha padeira, continua vivendo na cidade. Ela é muito ligada à memória de seu marido morto, que está enterrado no único cemitério local, hoje trancado. Sua vida começa a mudar quando Rita (Lisa E. Fávaro), uma jovem fotógrafa, chega na cidade.

O mundo envelhece, doa o que doer! Esse foi o meu pensamento ao assistir esse belo filme, da cineasta Julia Murat, sobre uma pequena comunidade que ainda sobrevive com a união de quem vive por lá, mas que, ao poucos, tanto o ambiente como as pessoas vão envelhecendo e se tornando apenas imagens pálidas do que já foram  um dia. O filme começa retratando o dia a dia de todos, ao começar pela protagonista Madalena (Sônia Guedes, espetacular), que vive na rotina, fazendo pão na madrugada e entregando na padaria do seu melhor amigo. Aparentemente, todos que vivem nessa pequena cidade se acostumaram com a rotina, sem perceber os anos que vão passando. Dito isso, eles somente se dão conta do peso da idade quando eles se vêem por dentro e por fora, quando sentem o peso da perda de seus entes queridos, ou quando vêem a degradação do ambiente que um dia foi mais colorido.
Neste lugar desolado que beira há a uma cidade fantasma, Rita (Lisa E Fávaro, ótima), é uma jovem fotografa, que enxerga neste lugar um universo cheio de significado, para ser estudado, destrinchado ao longo dos dias e que acabará desestabilizando a rotina do local. Gradualmente, faz amizade com Madalena, sendo que, aos poucos, elas acabam enxergando uma na outra, uma imagem do passado e o futuro de ambas. Rita, aliás, pode não ser muito diferente do que Madalena foi um dia, já que a própria jovem se identifica mais com o universo da idosa e do lugar em que ela vive, do que na própria civilização de onde ela saiu e que não tem pressa em voltar.
O filme toca em assuntos delicados sobre o tempo, vida, morte e sobre lembranças boas (ou ruins) do passado. Tornando-se assim essas lembranças, ás únicas coisas que restam para essas pessoas do presente, que acabam guardando elas em suas mentes, ou em fotografias na parede onde acaba se criando um pouco da vida de um tempo longínquo e se tornando presente no ambiente em que ainda se vive. Um filme em que todos se identificam e que, assim como a jovem Rita, acabam por se contagiar por esse universo desgastado, mas cheio de vida e de histórias para serem contadas.   

Em Cartaz: CineBancários:Rua General Câmara, nº 424 - Centro Porto Alegre / RS. Sessões: 15h, 17h e 19horas.  


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2 comentários:

ANTONIO NAHUD disse...

Desculpe-me pelo sumiço. Estava enrolado com o lançamento de dois livros.Mas já estou de volta! Valeu a dica do filme. Não conheço.

O Falcão Maltês

Marcelo Castro Moraes disse...

É sempre bem vindo meu amigo. Abração.