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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: O ESPETACULAR HOMEM ARANHA

ENTRE ERROS, ACERTOS E PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS  
Sinopse: O Espetacular Homem-Aranha é a história de Peter Parker um estudante rejeitado por seus colegas e que foi abandonado por seus pais ainda criança sendo então criado por seu Tio Ben e pela Tia May. Como muitos adolescentes Peter tenta descobrir quem ele é e como ele se tornou apessoa que é hoje. Peter também está começando uma história com sua primeira paixão Gwen Stacy e juntos eles lidam com amor compromissos e segredos. Quando Peter descobre uma misteriosa maleta que pertenceu a seu pai ele começa uma jornada para entender o desaparecimento de seus pais - o que o leva diretamente à Oscorp e ao laboratório do Dr. Curt Connors antigo sócio de seu pai. Procurando por respostas e uma conexão Peter comete um erro que o coloca em rota de colisão com o alter-ego do Dr. Connors O Lagarto. Como Homem-Aranha Peter tem que tomar decisões que podem alterar vidas para usar seus poderes e moldar seu destino de se tornar um herói.

As comparações com essa nova reinvenção do herói nas telas, com a já clássica trilogia comandada por Sam Raimi são inevitáveis, mas não quer dizer que não seja possível separá-las uma da outra. Para começar, são filmes completamente diferentes, mas que curiosamente, segue com o mesmo trajeto em inúmeros pontos da historia, mas apresentada de uma forma fresca, como estivéssemos vendo pela primeira vez a origem clássica do herói. Isso não quer dizer que essa nova versão esteja livre de certos deslizes, ao começar pelo fato da Sony vender o filme “como a historia não contada”, sendo mais especificamente sobre os pais de Peter, que jamais foram citados na trilogia anterior. Mas se era para tocar neste ponto de interrogação sobre eles, porque não seguiram adiante no decorrer da trama?
Saber quem eles eram e porque eles foram embora, isso simplesmente é deixado de lado na primeira hora de filme e serviu unicamente de desculpa, para o protagonista adentrar num universo até então desconhecido dos seus pais,  para então ele adquirir os seus poderes e conhecer a sua contra parte nesta primeira aventura, o Dr Curt Connors. Ou seja, uma coisa levou a outra, em coincidências que beiram de uma maneira forçada, mas depois delas acontecerem, o filme retorna aos momentos sobre a construção do herói, de uma forma gradual e sem pressa e mesmo já sabermos de cor e salteado o que irá acontecer, nos simpatizamos, tanto com o protagonista, como também com o seus simpáticos tios cheio de lição de moral, interpretados de forma competente pelos veteranos Martin Sheen e Sally Field.
Andrew Garfield até que cumpre de uma maneira satisfatória, a responsabilidade de interpretar um personagem tão conhecido por todos. Sua forma de interpretar é natural, fazendo nos convencer que realmente ele é um adolescente cheio de conflitos e duvidas interiores (embora seus chiliques na boca e nos olhos tenham me incomodado um pouco). Curiosamente, ele consegue muito bem separar a personalidade de Peter Parker, com a do Homem Aranha, que surge soltando piadinhas a todo o momento no decorrer do filme, fazendo o fã mais antigo, se lembrar dos bons e velhos tempos do personagem nas HQ, o que torna isso um grande acerto. Falando em bons e velhos tempos, os produtores acertaram em não repetir o casal do filme anterior e trouxeram a vida o verdadeiro primeiro amor de Peter, Gwen Stacy, interpretada de uma forma competente por Emma Stone, que cá entre-nos, consegue passar muito mais personalidade de sua personagem, se comparada a contra parte das HQ.
Em contrapartida, o personagem Curt Connors (Rhys Ifans) se divide em dois atos completamente diferentes. Se em um primeiro momento nos simpatizamos com ele, em sua busca para ajudar a humanidade (e na tentativa de adquirir um novo braço), por outro lado, ele acaba se tornando um vilão sem sal, ao se tornar no monstro lagarto, cujo objetivo é tornar á sua idéia megalomaníaca em realidade, de transformar todas as pessoas em lagartos! Se o filme investisse unicamente em seu conflito em tentar controlar o seu monstro interior, garanto que sairiam ganhando.
Quanto à direção, fica muito claro do porque de Marc Webber ser escolhido para o comando, pois após bem sucedido 500 Dias Com ela, era uma questão de lógica que ele seria convidado, para comandar tramas que ficassem em voltas de um relacionamento complicado. No caso do casal aracnídeo, Webber torna bem verossímil, e porque não em alguns momentos, superior ao casal visto na trilogia original, principalmente pelo fato do casal de atores ter tido uma boa química, tanto dentro como fora da tela. Já nos momentos quando o filme engrena para as cenas de ação, Webber não cria nada de revolucionário em termos de efeitos visuais ou truques de câmera, mas elas acontecem de uma forma gradual e promissora, embora não espere algo tão inesquecível, como a fantástica cena de ação no trem em Homem Aranha 2, que ainda hoje continua insuperável.
Entre altos e baixos, O Espetacular Homem Aranha até que se sai bem como uma boa aventura, sem com muitas ambições e tão pouco revolucionário, em termos de trama e ação. Se o novo universo cinematográfico do aracnídeo era para começar dessa forma, na próxima aventura, talvez as coisas fiquem mais claras e sem promessas a não serem cumpridas no meio do caminho.
E sim, Stan Lee faz sua ponta habitual, hilária digas se de passagem.       


Leia também: Trilogia HomemAranha




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Um comentário:

Película Criativa disse...

Eu já esperava um filme repleto de altos e baixos, renovar uma franquia não é uma tarefa fácil.

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