Sinopse: Nova York Estados Unidos. Sal Paradise (Sam Riley) é um
aspirante a escritor que acaba de perder o pai. Ao conhecer Dean Moriarty
(Garrett Hedlund) ele é apresentado a um mundo até então desconhecido onde há
bastante liberdade no sexo e no uso de drogas. Logo Sal e Dean se tornam grandes
amigos dividindo a parceria com a jovem Marylou (Kristen Stewart) que é
apaixonada por Dean. Os três viajam pelas estradas do interior do país sempre
dispostos a fugir de uma vida monótona e cheia de regras.
Uma das vantagens que eu tive, ao assistir a mais nova obra
de Walter Salles, é de não ter lido o livro (On the Road) que deu origem ao filme, pois até aonde
eu sei, muitos dos fãs da obra, reclamaram aqui e ali sobre as diferenças que o
cineasta injetou em celulóide. Como eu não li o clássico literário, pude avaliar
o filme com mais tranqüilidade, sem carregar esse fardo de comparações. O filme em si, se sustenta como um todo, mesmo com os seus momentos de altos e baixos, mas
que Salles soube contornar esses problemas, com uma direção segura e tratá-la
sem com muita pretensão.
A jornada de muito
sexo, drogas e bebida dos amigos Sal (Sam Ripley) e Dean (Garrett Hedlund) é de
tamanha proporção, que há torna deslocada do seu tempo, principalmente se comparado
a época politicamente correta que se passa a historia (anos 40), sendo que ela
poderia se passar em qualquer década seguinte, principalmente nos anos de paz e
amor da década de 60. Isso se deve graças aos seus protagonistas, que demonstram
ser pessoas a frente do seu tempo, com as suas idéias ousadas, para desfrutar a
mais pura liberdade e sem se preocupar com o amanhã.
Embora Sal seja o protagonista que nos guia em sua cruzada,
para se redescobrir na vida e escrever o seu livro, Dean (Garrett, ótimo) demonstra ter muito mais amor pela liberdade, se jogando na libertinagem
com o seu parceiro, aproveitando ao máximo os lugares e as pessoas que cruzam em
suas vidas. Desses cruzamentos, surge à jovem Maryon, interpretada por uma
desinibida e sem papas na língua Kristen Stewart, que não se restringe em cenas
quentes de sexo com a dupla e se distanciando completamente de sua personagem sem
sal da saga Crepúsculo. Embora a trama
foque essa trindade da estrada, ela da espaço para inúmeros personagens que
desfilam na tela, interpretados por um super elenco que inclui Tom
Sturridge, Kirsten Dunst, Amy Adams, Viggo Mortensen, Steve Buscemi, Elisabeth
Moss, Terrence Howard, Alice Braga e Danny Morgan, que embora surjam em poucos
minutos, sempre roubam a cena quando aparecem. Kirsten Dunst, aliás, é a que se
sai melhor nesta trupe de coadjuvantes, provando que seu incrível desempenho em
Melancolia, não foi um caso isolado.
Embora longo em alguns
momentos, é um filme que ganha a nossa simpatia, graças a personagens humanos e
pela direção sempre competente de Salles, que nos brinda com inúmeras cenas
belas desse filme de estrada. E para um filme, que muitos consideravam ser impossível
de se filmar (devido ao livro), o resultado pesa mais para o lado positivo.
3 comentários:
Parabéns pelo texto. Ainda não tive a chance de ver On the road, mas estou bem curiosa para ver o que Walter Salles fez com o filme.
Visite também:
http://www.peliculacriativa.blogspot.com.br/
Quero muito ver este filme! Estou a gostar do blog :)
http://onarradorsubjectivo.blogspot.pt/
Pretendo vê-lo rapidinho.
O Falcão Maltês
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