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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'O Bastardo'

Sinopse: O capitão Ludvig Kahlen tenta cultivar um terreno árido para ganhar o favor real, mas o proprietário das terras se opõe à sua presença. A situação piora quando ele dá abrigo a alguns servos que fogem do tirano.  

Mads Mikkelsen é um ator Dinamarquês versátil, que sabe conduzir a sua carreira em filmes indispensáveis vindos da Europa, como também em trabalhos previsíveis feitos para Hollywood. Se por um lado ele nos brinda com atuações como "Druk - Mais uma Rodada" (2020), o mesmo tem o direito de até mesmo atuar em franquias americanas que estão à beira do precipício como "Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore" (2022). Em "O Bastardo" (2023) o interprete está mais do que a vontade ao dar uma vida por um personagem que dá o sangue pela terra, nem que para isso corra o risco de perder a sua própria alma.

Dirigido por  Nikolaj Arcel, que já havia trabalhado com o ator em "O Amante da Rainha" (2012), o filme é baseado em fatos reais sobre a cruzada de Ludvig Kahlen (Mads Mikkelsen), um soldado e explorador dinamarquês do século XVII. Seu objetivo é explorar e transformar a selvagem Jutlândia, uma vasta região da Dinamarca que hoje constitui a maior parte do país. Porém, ele terá que enfrentar a ganancia de um dono de uma fazenda local chamado Frederik (Simon Bennebjerg) e que não medirá esforços para destruir os planos de Ludvig.

Embora seja inspirado em um personagem histórico, o filme é baseado no livro de Ida Jessen, The Captain and Ann Barbara, lançado em 2020 e sendo que o próprio autor tomou liberdades criativas para o desenvolvimento da história. Nota-se isso em sua adaptação, já que a jornada do protagonista em transformar a terra que ele se encontra em fértil possui diversas reviravoltas ao longo da trama e que por si só parecem extraídas de um livro cujo intuito é manter atenção do leitor. Porém, embora com algumas passagens forçadas da trama, o filme se sustenta graças a sua direção caprichada, reconstituição de época precisa e com ótimos desempenhos do elenco em cena.

Mads Mikkelsen novamente nos brinda com uma ótima atuação, do qual constrói para si um Ludvig Kahlen obsessivo pelo seu sonho na construção de uma colônia, nem que para isso tenha que enfrentar as ambições do vizinho local, além das superstições da época e que somente dividiam as pessoas. No decorrer do tempo, porém, a superfície dura do seu ser começa a se descascar e revelando um ser humano dependente do calor humano, mesmo quando as suas atitudes duras dizem ao contrário. Se por um momento sentimos raiva pelo seu lado autoritário, logo ele obtém a nossa afeição quando começa a baixar a sua guarda no seu devido tempo.

Curiosamente, Simon Bennebjerg interpreta um antagonista, por vezes, caricato, mas que consegue fazer com que tenhamos certo receio com relação ao seu próximo ato contra o protagonista. Os desdobramentos da trama chegam em um ponto que parece até mesmo impossível que haverá um final feliz, pois em meio a eles acontecem mortes, traições e jogos políticos pelo poder em adquirir a terra a todo custo. Ao final, concluímos que da terra a gente nada se leva, mas sim as nossas ações que nos fazem a gente ser lembrados após termos partido desta vida.

Embora extenso em alguns momentos, "O Bastardo" é um ótimo épico com teor psicológico, em que a luta pelo poder tem um grande preço e que por vezes não vale a pena tamanho esforço. 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 26 DE SETEMBRO A 02 DE OUTUBRO DE 2024

 ESTREIA:

O DIA QUE TE CONHECI

Brasil/Drama/ 2023/ 71min

Direção: André Novais Oliveira

Sinopse: Todos os dias, Zeca tenta levantar cedinho para pegar o ônibus e chegar, uma hora e meia depois, na escola da cidade vizinha, onde trabalha como bibliotecário. Acordar cedo anda cada vez mais difícil, mas agora, sua rotina está prestes a ser interrompida quando ele descobre através de Luisa que será demitido. A partir daí, ele acaba desenvolvendo um vínculo inesperado com a colega de trabalho, que após dar a triste notícia, se oferece gentilmente para levá-lo para casa.

Elenco: Renato Novaes,Grace Passô


EM CARTAZ:

ASSEXYBILIDADE

Brasil/ 2023/ Documentário/ 86 min.

Direção: Daniel Gonçalves

Sinopse: ASSEXYBILIDADE conta histórias sobre a sexualidade de pessoas com deficiência. Queremos mudar a ideia de que são seres assexuados, angelicais, especiais e, até mesmo, desprovidos de desejos. Nós fodemos e fodemos bem, dizem por aí.


QUANDO EU ME ENCONTRAR

Brasil, Drama/2023, 77'

Direção: Amanda Pontes e Michelline Helena

Sinopse:A partida de Dayane se desenrola na vida daqueles que ela deixou para trás. Sua mãe, Marluce, faz de tudo para não demonstrar o choque que a partida da filha lhe causou. A irmã mais nova de Dayane, Mariana, enfrenta alguns problemas na nova escola onde está estudando. Antônio, noivo de Dayane, se vê num vazio diante da partida dela e busca obsessivamente por respostas.

Elenco:Luciana Souza, David Santos, Pipa, Di Ferreira, Adna Oliveira, Lucas Limeira, Larissa Goes, Lis Sutter, Claudia Pires, Alisson Emanoel, Bruno Kunk, Patricia Dawsom, Rafael Martins, Caru Lina


HORÁRIOS DIAS 26, 27, 28, 29 DE SETEMBRO E 02 DE OUTUBRO(não há sessões nas segundas):

15H: QUANDO EU ME ENCONTRAR

17H: ASSEXYBILIDADE

19H: O DIA QUE TE CONHECI


HORÁRIOS DIA 01 DE OUTUBRO:

15H: Sessão especial dia do idoso – Entrada Franca

Filme: QUANTOS DIAS QUANTAS NOITES

Brasil/Documentário/91 min.

Direção: Cacau Rhoden

Sinopse: Estudos dizem que o humano que vai viver 150 anos já nasceu. Mas o que estamos de fato fazendo com essa oportunidade? "Quantos dias. Quantas noites", novo documentário da Maria Farinha Filmes (“Aruanas”, “Começo da Vida”) dirigido por Cacau Rhoden (“Nunca Me Sonharam”, “Tarja Branca”), realiza um profundo mergulho nos propósitos da nossa existência no planeta. Especialistas e pensadores nos convidam a enxergar as oportunidades e as desigualdades nesse tema, além da nossa própria conexão com o tempo e com a idade. Com a participação de Alexandre Kalache, Sueli Carneiro, Ana Claudia Arantes, Mona Rikumbi, Ana Michelle Soares, Tom Almeida, Mórris Litvak e Alexandre Silva, o filme traz à tona uma investigação essencial no nosso século: a revolução da longevidade já começou, e veio para transformar o futuro de todas as gerações.


17H: ASSEXYBILIDADE

19H: O DIA QUE TE CONHECI


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 12 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas.

EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 6,00.

CineBancários/ Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre/ (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'O Último Pub'

Sinopse: O dono de um pub luta para manter seu negócio vivo em uma cidade decante. Quando refugiados começam a ocupar as casas vazias da região, a tensão aumenta e a união dos habitantes locais é colocada à prova. 

Ken Loach já era um dos diretores autorais mais conhecidos do cinema britânico quando assisti ao ótimo Eu, Daniel Blake. Logo em seguida viria o incrível "Você Não Estava Aqui" (2019) e no qual ambos os casos era uma análise angustiante sobre como somos apenas peças de um sistema capitalista ganancioso e do qual somos usados e posteriormente descartados. No caso de "O Último Pub" (2023) ele toca em um assunto ainda mais e espinhoso, universal e do qual o ódio é o principal veneno da desunião entre os povos.

Na trama, TJ Ballantyne (Dave Turner) é um proprietário de um pub que luta para manter seu negócio vivo em um vilarejo do nordeste da Inglaterra, onde as pessoas estão deixando a terra porque as minas em que eles trabalhavam estão fechadas. Após a chegada de refugiados sírios em seu vilarejo, TJ começa ajudar essas pessoas mesmo com o olhar preconceituoso dos seus vizinhos em volta. Entre esses refugiados, TJ conhece uma jovem síria, Yara (Ebla Mari), sendo que uma amizade inesperada surge entre eles e ao mesmo tempo nasce uma ideia para o Pub.

Ken Loach já nos passa uma noção sobre o que será o tema principal do longa nos minutos iniciais da história. Yara chega ao local e começa a tirar fotos, sendo que elas surgem na tela e revelando não somente o cenário principal, como também o preconceito daquelas pessoas ao testemunharem a chegada de imigrantes. Há aqui, portanto, algo bastante irônico para dizer o mínimo, já que boa parte dos que moram ali são descendentes de imigrantes, mas cuja geração atual se encontra afogada por desilusões e frustrações quando se dão conta que os tempos dourados daquele lugar já não existem mais.

TJ talvez seja o único que coloca em prática motivos para o levarem a seguir em frente, já que é assombrado por um passado trágico acontecido em uma das minas. Durante a projeção notamos que ele busca motivações de continuar existindo, principalmente quando começa ajudar Yara e a sua família. Porém, novamente, algo trágico acontece em uma praia, da qual se torna uma peça central da trama e se tornando um dos momentos mais tristes e agonizantes do longa.

Através do seu filme, Ken Loach procura nos passar o quanto é difícil em ter esperança em tempos em que os discursos de ódio acalorados vindo através das pessoas, ou das redes sociais que as mesmas usam, podem prejudicar a vida das pessoas. Ao mesmo tempo, uma vez que os personagens imigrantes se encontram presentes na trama, constatamos o quanto o mundo é cruel uma vez que ele dá as costas para pessoas que perderam tudo em uma guerra inútil, mas cuja as principais potências do mundo não estão interessados em mudar esse quadro. Muito bem interpretada pela atriz Ebla Mari, a personagem Yara sintetiza muito bem isso em um grande desabafo e cuja suas palavras são mais atuais do que nunca em tempos atuais em que estamos vivendo.

Porém, o filme pertente ao personagem TJ, brilhantemente interpretado por Dave Turner e do qual se torna alguém raro daquele lugar ao se preocupar com o próximo e não somente com os problemas financeiros que o aflige. Quando notamos que achamos que ele desistirá de tudo, eis que surge um fio de esperança, mesmo quando ela não se torna a solução para todos os problemas. No final das contas, basta um pequeno gesto para ainda se manter a esperança viva.

"O Último Pub" é um delicado retrato sobre a gerações de ontem e hoje da imigração e das quais precisam de união para seguirem vivas junto com as suas histórias. 

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Cine Dica: CINEMATECA CAPITÓLIO PROGRAMAÇÃO 26 de setembro a 02 de outubro de 2024

O Baile dos Bombeiros

 SESSÃO DE ABERTURA - O MUNDO PROIBIDO DA TCHECOSLOVÁQUIA

Nesta quinta-feira, 26 de setembro, às 19h30, a Cinemateca Capitólio e a CzechArte apresentam a sessão de abertura da mostra O Mundo Proibido da Tchecoslováquia, com a exibição de O Baile dos Bombeiros, uma das comédias mais inspiradas de Miloš Forman. Após a sessão, será oferecido um brinde de cerveja tcheca e vinho eslovaco para o público da Cinemateca Capitólio. Entrada franca.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/7684/o-baile-dos-bombeiros/


CINEMA E ANTROPOLOGIA NA SESSÃO VAGALUME PROFESSOR

No sábado, 28 de setembro, às 10h, a Sessão Vagalume Professor apresenta um programa duplo com A Propósito de Tristes Trópicos (1990), de Jorge Bodanzky, Jean-Pierre Beaurenaut e Patrick Menget e Bicicletas de Nhanderú; (2011), de Ariel Ortega e Patrícia Ferreira, seguida de debate com o professor da UFRGS Vitor Queiroz, organizador do Circuito Mitológicas. A entrada é franca para professores.

A sessão é uma parceria com a mostra Filmíticos, que integra o Circuito Mitológicas, uma celebração na capital gaúcha dos 60 anos de Mitológicas, obra do antropólogo francês Claude Lévi-Strauss (1908-2009). Realização do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/7705/sessao-vagalume-professor-a-proposito-de-tristes-tropicos-bicicletas-de-nhanderu/


ADAPTAÇÃO DE MILAN KUNDERA EM EXIBIÇÃO

No sábado, 28 de setembro, às 19h30, a Cinemateca Capitólio apresenta a sessão de A Piada, longa-metragem que Jaromil Jireš (diretor do cultuado Valerie e Sua Semana de Deslumbramentos) realizou em parceria com o escritor Milan Kundera, a partir do romance homônimo lançado em 1967, publicado no Brasil como A Brincadeira. Com entrada franca, a sessão integra a mostra O Mundo Proibido da Tchecoslováquia.   

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/7694/a-piada/


GRADE DE HORÁRIOS

26 de setembro a 02 de outubro


26 de setembro (quinta-feira)

15h – Here

17h – Music

19h30 – O Baile dos Bombeiros


27 de setembro (sexta-feira)

15h – Music

17h – O Martelo das Bruxas

19h30 – 322


28 de setembro (sábado)

10h – Sessão Vagalume Professor:

15h – Music

17h – O Caso de Barnabas Kos

19h30 – A Piada


29 de setembro (domingo)

15h – Here

17h – Todos os Bons Companheiros

19h30 – Lírios do Campo


1º de outubro (terça-feira)

15h – Here

17h – Music

19h30 – Cerimônia Fúnebre


2 de outubro (quarta-feira)

15h – Here

17h – Music

19h30 – Andorinhas Por um Fio

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'Ainda Somos os Mesmos'

Sinopse: Retrato sobre os sobreviventes que procuraram refúgio na embaixada da Argentina no início do golpe de estado no Chile.  

A música "Nossos Pais", criada por Belchior e eternizada pela voz de Elis Regina, se tornaria um símbolo de resistência perante os tempos em que o Brasil vivia da sombra criada pela Ditadura Militar iniciada em 1964. Porém, essa sombra se estendia por toda America latina, tanto é que o Chile foi um dos países que mais massacrou inocente em tempos de chumbo. "Ainda Somos os Mesmos" (2024) é um pequeno retrato de uma das várias histórias de horror contadas pelos sobreviventes em meio ao horror desumano orquestrado por aqueles que diziam defender a pátria de seu país.

Dirigido por Paulo Nascimento, realizador de "A Oeste do Fim do Mundo" (2012), o filme é baseado em fatos reais no período em que o General Augusto Pinochet assume o comando do país em 1973 e instaura o regime militar enquanto políticos e imigrantes são presos e torturados no Estádio Nacional de Santiago. Em meio a isso o empresário Fernando (Edson Celulari) se encontra desesperado para resgatar o seu filho Gabriel (Lucas Zaffari), que, ao lado de demais pessoas que buscam sobreviver, se refugia na embaixada da Argentina. O tempo passa e risco de todos serem mortos se encontra mais próximo.

Mesmo com certas limitações de produção, Paulo Nascimento consegue obter certo êxito em sua realização, principalmente ao construir um clima claustrofóbico dentro da embaixada. A fotografia, por exemplo, remete tempos mais dourados, mas que se tornam meras ilusões quando boa parte dos personagens se vê diante da possibilidade da morte e cuja a liberdade se torna uma mera palavra ao vento. Infelizmente o filme perde um pouco do seu fôlego ao construir determinados personagens de forma estereotipada, principalmente ao retratar os dois lados do conflito bem ao estilo no preto e no branco, mas tornando tudo um pouco inverossímil em alguns momentos.

Porém, o filme ganha contornos dramáticos através de boas interpretações de alguns, como no caso da atriz Carol Castro, ao dar vida a uma sobrevivente em meio ao conflito, mas se entregando aos poucos para uma loucura nascida em meio aquele inferno. Portanto, a sua personagem se torna uma figura trágica, da qual sintetiza a força de vontade perante os tempos de chumbo, mas cujos os mesmos podem nos levar para um caminho sem rumo. A obra em si fala sobre sacríficos, dos quais recaem para aqueles que se entregam pela vida do próximo, mesmo quando tudo parece perdido.

O filme chega em um momento em que o Brasil e o mundo convivem com a incerteza, onde países Democráticos podem cair a qualquer momento e sendo dominados por um fascismo que nunca morreu mesmo quando foi decretada em tempos longínquos. Ao menos, o passado serve como um ensinamento para que os golpes de ontem não se repitam e que precisamos enfrenta-los a qualquer custo. Durante os créditos de encerramento, o filme nos alerta que a qualquer momento o jogo pode virar e não podemos baixar a guarda haja o que houver.

Com a já citada música "Nossos Pais" sendo tocada ao final do longa, "Ainda Somos os Mesmos" é um pequeno retrato sobre pessoas que buscaram lutar pelas suas vidas e cujo exemplo é preciso ser visto por essas gerações desinformadas.    

Nota: O filme estreia no próximo dia 26 de setembro.  

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Cine Dica: O Mundo Proibido da Tchecoslováquia

 CINEMATECA CAPITÓLIO APRESENTA MOSTRA COM FILMES PROIBIDOS DA TCHECOSLOVÁQUIA

O Martelo das Bruxas

De 26 de setembro a 13 de outubro, a Cinemateca Capitólio e a Czech Art apresentam a mostra O Mundo Proibido da Tchecoslováquia, um panorama dos “filmes do cofre”, como ficaram conhecidas as obras banidas no país após a invasão soviética no ano de 1968. Com narrativas subversivas, satíricas e sombrias produzidas entre 1964 e 1972, período de grande efervescência cinematográfica nos territórios tchecos e eslovacos, a programação destaca clássicos consagrados e raridades inéditas no Brasil, dirigidas por nomes como Miloš Forman, Věra Chytilová, Juraj Jakubisko, Dušan Hanák e Jiří Trnka.


Todas as sessões têm entrada franca.


PROGRAMAÇÃO: https://www.capitolio.org.br/novidades/7666/o-mundo-proibido-da-tchecoslovaquia/


Realização: Cinemateca Capitólio, Associação Cultural Tcheco-Brasileira de Porto Alegre, Embaixada da República Eslovaca no Brasil, Consulado Geral da República Tcheca em São Paulo, CzechArte, NFA e SFU.


Produção e programação: Věra Matysíková e Leonardo Bomfim

Assistência de produção e legendas: João Boeira


GRADE DE HORÁRIOS


26 de setembro (quinta-feira)

19h30 – O Baile dos Bombeiros


27 de setembro (sexta-feira)

17h – O Martelo das Bruxas

19h30 – 322


28 de setembro (sábado)

17h – Ajudantes + O Caso de Barnabas Kos

19h30 – A Piada


29 de setembro (domingo)

17h – Todos os Bons Companheiros

19h30 – Lírios do Campo


1º de outubro (terça-feira)

19h30 – Cerimônia Fúnebre


02 de outubro (quarta-feira)

19h30 – Andorinhas Por um Fio


03 de outubro (quinta-feira)

19h30 – Afinidades Eletivas


04 de outubro (sexta-feira)

17h – Nau dos Loucos ou Contos do Fim da Vida

19h30 – Projeto Raros: Pássaros, Órfãos e Tolos


05 de outubro (sábado)

17h – Dama Branca

19h – Orelha


06 de outubro (domingo)

17h – O Martelo das Bruxas

19h – O Cremador


08 de outubro (terça-feira)

19h30 – Reformatório


09 de outubro (quarta-feira)

19h30 – O Acusado

10 de outubro (quinta-feira)

19h30 – Nau dos Loucos ou Contos do Fim da Vida


11 de outubro (sexta-feira)

17h – O Baile dos Bombeiros

19h30 – A Mão + A Festa e os Convidados


12 de outubro (sábado)

17h – Órgão

19h – O Sétimo Dia, a Oitava Noite


13 de outubro (domingo)

17h – Hélade Moravia + Fuga Sobre Teclas Pretas

18h30 – Cineclube Academia das Musas: As Pequenas Margaridas

domingo, 22 de setembro de 2024

Cine Dica: Próxima Sessão do o Cineclube Torres -"A Tabacaria"

 O filme austríaco-alemão será exibido no idioma original, com legendas, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, localizada na UP Idiomas.

O filme é baseado no best-seller internacional "Der Trafikant” (que significa “dono ou vendedor de tabacaria”), escrito pelo romancista austríaco Robert Seethaler e ambientado em Viena durante a ocupação nazista, imediatamente antes da segunda guerra mundial. Um jovem de 17 anos chamado Franz (Simon Morzé) se muda do interior para a cidade e começa a trabalhar como aprendiz em uma tabacaria que tem como assíduo cliente o Sigmund Freud (Bruno Ganz, na sua última interpretação).

A presença central da figura de Freud na ficção gerou muita expectativa e interesse por parte de psicanalistas em estudar e avaliar a personagem do pensador no roteiro e especialmente nos diálogos, embora todos eles sejam fora do âmbito estritamente profissional. Para a escritora e psicanalista Ana Cecília Carvalho o Freud do filme escapa “da representação da caricatura do psicanalista que a gente vê em filmes americanos, que ridicularizam o psicanalista com o silêncio frio ou o comentário clichê”.

A sessão, com entrada franca, integra a programação continuada realizada nas segundas feiras, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.


“A Tabacaria” | de Nikolaus Leytner | Áustria/Alemanha | 2018 | 1h 47min


Serviço:

O que: Exibição do filme “A Tabacaria”, integrado no ciclo “Cortinas de Fumaça”.

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, na escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando: Segunda-feira, dia 23/09, às 20h.

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).


Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917