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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 14 de junho de 2016

Cine Dicas: Em Cartaz: INVOCAÇÃO DO MAL 2



Sinopse: O casal Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) segue o trabalho de investigação de eventos sobrenaturais. Destra vez eles vão até Londres, onde uma mãe solteira com quatro filhos tem vivido momentos de aflição, pois sua casa foi invadida por espíritos do mal. 

Uma das coisas que eu gostei em Invocação do Mal é da obra possuir inúmeros ingredientes de que se usava para se fazer filmes de horror de antigamente. Nada de sangue ou violência explicita, mas sim uma atmosfera gótica, onde luz, sombras, ruídos, vozes amedrontadoras e portas que se abrem e fecham sozinhas criam um cenário opressor. Agora em Invocação do Mal 2, esses ingredientes retornam com força total e ao mesmo tempo se casando com uma realidade mais crua com relação aos fatos verídicos.
Novamente dirigido por Janet Hodgson, o filme retrata a dura vida de uma mãe separada (Frances O'Connor) e de seus quatro filhos num bairro de Londres. A filha caçula Janet (Madison Wolfe) começa a andar sonâmbula, falar com outra voz, causar manifestações dentro da casa e despertando o interesse da mídia. A situação vai até o casal de peritos no assunto Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) que, ao mesmo tempo em que aceitam a investigação mandada pela igreja, eles mesmos tem que enfrentarem os seus próprios temores.
Se no filme anterior a reconstituição de época (anos 60) era ótima, aqui a reconstituição do ano de 1977 não é somente perfeita, como ela é crua e realista. A casa onde a família vive, por exemplo, ela é suja, simples e fazendo a gente crer naquela realidade sendo afetada por estranhos acontecimentos. Ao mesmo tempo o filme é hábil ao introduzir elementos do que acontecia na época, desde o que acontecia com o governo Inglês, como também a moda e as músicas de sucesso.
Essa realidade da qual nos identificamos facilmente faz com que os momentos de horror se tornem mais eficazes, mas ao mesmo tempo criando um clima de incerteza, pois eles podem ser algo vindo do além, como também vindo de mentes fracas pedindo atenção. Ponto para o cineasta Hodgson, pois embora ele nos reapresente o casal protagonista em uma situação fantasmagórica do passado, isso não signifique que suas próximas missões sejam realmente genuínas. Do primeiro ao segundo ato, somos apresentados situações da quais podem soar verdadeiras, como também fruto de uma mente fraca.
Até que os verdadeiros fatos surgem na mesa, somos brindados com o melhor de um filme de horror de qualidade. Hodgson cria um verdadeiro palco para a criação de um momento do qual se irá criar o momento de terror puro e que nos faz pular da cadeira facilmente. Se a imagem da boneca Annabelle (que teve até mesmo o seu próprio filme) nos deixava apreensivo, o que dizer então da imagem sombria e amedrontadora de uma misteriosa freira, da qual tanto surge no fundo de um corredor, como também de um quadro inanimado, mas não menos terrível de ser visto. Atenção para a cena em que essa personagem se mistura com o quadro em meio às sombras, simplesmente assustador e eficaz.
Outra genialidade vinda de Hodgson é dele criar planos sequências onde ele nos apresenta o cenário dos acontecimentos. Em muitos momentos a sua câmera começa a focar por cima, para logo em seguida baixando, entrando na casa, nos apresentando cada um dos seus personagens e explorando minuciosamente o lugar em que eles vivem. Não há parede ou janela que interfira na aproximação da câmera, como se ela própria fosse à entendida invadindo aquele lugar.
Assim como no filme anterior, o casal Lorraine e Ed são as almas do filme, principalmente Lorraine. Interpretada novamente com intensidade por Vera Farmiga, Lorraine nos passa todo o peso da responsabilidade de possuir um dom, do qual pode ajudar inúmeras pessoas, mas ao mesmo tempo por em risco, tanto da sua vida, como também a do seu marido. Ambos em cena sentimos uma química perfeita e fazendo a gente desejar que nada de ruim aconteça com eles.
O ato final, realidade e fantasia se chocam e nos brindando com inúmeros momentos angustiantes e colocando a força de vontade dos personagens em cheque. Embora esse ato nos empolgue do começo ao fim, infelizmente ele sofre do mesmo mal do filme anterior, ao nos apresentar o final desse conflito de uma forma bem resolvida e forçando a gente sair do cinema com aquela sensação de que poderia ser menos reconfortante aqueles minutos finais. Para quem gosta de ficar assistindo os créditos finais, recomendo assisti-los, pois eles mostram cenas reais dos verdadeiros fatos dos quais esse filme se baseou, sendo que esses sim, acabam sendo mais arrepiantes dos que as cenas finais da trama. 
Embora com esse deslize, Invocação do Mal 2 cumpre o seu dever com louvor, ao não nos pregar sustos com facilidade, mas sim nos brindando com um cenário reconfortante, para que ele gradualmente se torne o mais puro pesadelo.


Leia também: INVOCAÇÃO DO MAL.  
      
  

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Cine Dica: Sessão especial de pré-estreia de "Trago Comigo"

O CineBancários terá uma sessão especial gratuita de pré-estreia do premiado “Trago Comigo”, de Tata Amaral, no dia 14 de junho (terça-feira) às 19h. Após a exibição, estarão presentes a diretora Tata Amaral e o ator Felipe Rocha para um bate-papo sobre o longa-metragem com o público. A bilheteria irá abrir meia hora antes da sessão, ou seja, às 18h30, para retirada de ingressos.
“Trago Comigo” irá entrar para a programação fixa do CineBancários no dia 16 de junho (quinta-feira) nas sessões das 15h e 19h. O filme dividirá a sala de cinema com “Uma Noite em Sampa”, de Ugo Giorgetti, que será exibido às 17h.

TRAGO COMIGO”
O diretor de teatro Telmo (Carlos Alberto Riccelli) foi preso pela ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985), e posteriormente exilado. Quando é convidado para dar uma entrevista, se dá conta de que não tem memória alguma dos meses que passou clandestino e de como aconteceu sua prisão. Através da peça de teatro que passa a montar junto com seu jovem elenco, ele vai estabelecer um diálogo com as novas gerações, mergulhar na sua própria história e na história de seu país. Vai revelar para si e para todos aquilo que, de tão doloroso, preferiu esquecer.
Um dos aspectos do filme é alimentar a discussão sobre fatos pouco conhecidos da época da ditadura civil-militar e as sequelas deixadas naqueles que viveram situações de violência em sua decorrência. Esta atitude fica evidente diante do fato de que o Brasil é um país que, ao contrário da Argentina e do Chile, por exemplo, nunca puniu os crimes de tortura.
Depoimentos reais de ex-militantes contrários ao regime militar dialogam diretamente com a ação da trama. Por exemplo, a ex-guerrilheira Criméia Alice Schmidt de Almeida afirma no filme: “Eu apanhei muito e apanhei do comandante. Ele foi o primeiro a me torturar e me espancou até eu perder a consciência, sendo que eu era uma gestante bem barriguda. Eu tava no sétimo mês de gravidez”.
Já o jornalista Ivan Seixas, membro da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, relembra que colocaram sua mãe embaixo da sala de tortura - e ela ouviu a noite inteira, o dia inteiro, seu marido (pai de Ivan) ser torturado e morto. Os depoimentos revelam ainda a angústia dos ex-militantes torturados pela ditadura militar em busca da verdade e da memória. Nessas sequências documentais de “Trago Comigo” os nomes dos policiais e torturadores citados nos depoimentos foram suprimidos, pois estes nunca foram julgados e condenados e a produção do filme correria o risco de ser processada judicialmente. Em 1979 o Estado brasileiro promulgou a Lei da Anistia não só para aqueles que haviam sofrido perseguição política, mas sua redação deu margem à discussão e os torturadores também foram considerados anistiados. Os familiares ainda buscam informações sobre os desaparecidos políticos. Após quase 40 anos, os arquivos dos órgãos de repressão militares continuam fechados.

 TATA AMARAL
A paulistana Tata Amaral, é uma das mais talentosas e premiadas realizadoras da cinematografia recente. Com seus longas metragens, conquistou mais de 50 prêmios em festivais nacionais e internacionais. A cineasta também se destaca pela experimentação e pela originalidade de seus trabalhos.
Seu longa-metragem de estreia, “Um Céu de Estrelas” (1997), foi considerado pela crítica como um marco do cinema brasileiro, sendo eleito um dos três filmes nacionais mais importantes da década passada, além de ter recebido dezenas de prêmios em importantes festivais internacionais.
“Antônia”, seu terceiro longa metragem, inspirou a série de televisão homônima exibida na Rede Globo em 2006 com recorde de audiência para o horário e que foi indicada ao EMMY/2007, o Oscar da televisão.
Seu filme, “Hoje” foi o grande vencedor do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em 2011. Além disso dirigiu as séries de documentários “Rua!” para Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo e “Causando na Rua” para o canal CINEBRASiLTV. E dirigiu episódios para a série “Psi” do canal HBO. Atualmente a cineasta trabalha no lançamento do longa “Trago Comigo”, estrelado por Carlos Alberto Riccelli, obra derivada da minissérie homônima exibida com enorme sucesso pela TV Cultura.


FELIPE ROCHA
Felipe Rocha: nasceu na França, Felipe Rocha é formado em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio). Fundou em 2008, ao lado de Alex Cassal, o grupo de teatro Foguetes Maravilha, no qual atua como ator, diretor e autor. Em 2011 seu texto "Ninguém falou que seria fácil", editado pela Editora Cobogó, recebeu os prêmios Shell, Questão de crítica e APTR (Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro), de melhor texto dramatúrgico. Na TV, trabalho em séries brasileiras como “Copa Hotel”, “Lili, a Ex” e “Tapas e Beijos”. No cinema, Rocha já participou de diversos filmes, entre eles, Mato sem Cachorro, de Pedro Amorim, “Nise - O coração da loucura”, de Roberto Berliner e agora, em “Trago Comigo”, de Tata Amaral.

FICHA TÉCNICA
TRAGO COMIGO
DRAMA / BRASIL / 88 minutos / 2016
Direção: Tata Amaral
Distribuição: Pandora Filmes
Codistribuição: SpCine
Elenco: Carlos Alberto Riccelli, Georgina Castro, Julio Machado, Emilio di Biasi, Pedro Lemos, Felipe Rocha, Selma Egrei, Maria Helena Chira, Paula Pretta e Gustavo Brandão.
Depoimentos: Criméia Alice Schmidt de Almeida, Elza Ferreira Lobo, Ivan Seixas, Maria Amélia de Almeida Teles, Raphael Martinelli, Rita Maria de Miranda Sipahi, Rose Nogueira, Sérgio Sister
Roteiro: Thiago Dottori e Willem Dias
Uma história de: Matias Mariani, Thiago Dottori e Tata Amaral
Produzido por: Tata Amaral e Caru Alves de Souza
Produção Executiva: Matias Mariani e Rafaella Costa
Direção de Produção: Rafaella Costa
Produção de elenco: Patrícia Faria
Som Direto: João Godoy
Desenho de Som: Pedro Noizyman e Kira Pereira
Mixagem: Pedro Noizyman
Música: Bruno Serroni e Habacuque Lima
Montagem: Willem Dias
Direção de Arte: J.C. Serroni
Fotografia e Câmera: Jacob Solitrenick, ABC
Consultora de Roteiro: Lúcia Murat
Preparação de Elenco: Christian Duurvoort e Marina Medeiros
Produtoras Associadas: DOT e Manjericão Filmes
Uma produção: Tangerina Entretenimento e Primo Filmes
Realização: Fundação Padre Anchieta/TV Cultura e Sesc São Paulo/SescTV

GRADE DE HORÁRIOS
14 de junho (terça-feira)
15h – Yorimatã, de Rafael Saar
17h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
19h – Trago Comigo, de Tata Amaral (SESSÃO ESPECIAL GRATUITA DE PRÉ-ESTREIA: Debate após a sessão com a diretora Tata Amaral e o ator Felipe Rocha0

15 de junho (quarta-feira)
15h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
17h – Yorimatã, de Rafael Saar
19h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti

16 de junho (quinta-feira)
15h – Trago Comigo, de Tata Amaral
17h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
19h – Trago Comigo, de Tata Amaral

17 de junho (sexta-feira)
15h – Trago Comigo, de Tata Amaral
17h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
19h – Trago Comigo, de Tata Amaral

18 de junho (sábado)
15h – Trago Comigo, de Tata Amaral
17h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
19h – Trago Comigo, de Tata Amaral

19 de junho (domingo)
15h – Trago Comigo, de Tata Amaral
17h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
19h – Trago Comigo, de Tata Amaral

21 de junho (terça-feira)
15h – Trago Comigo, de Tata Amaral
17h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
19h – Trago Comigo, de Tata Amaral

22 de junho (quarta-feira)
15h – Trago Comigo, de Tata Amaral
17h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
19h – Trago Comigo, de Tata Amaral

Os ingressos podem ser adquiridos no local a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Cine Dicas: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo:


DEADPOOL

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Anomalisa 

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Cine Dica: Documentário sobre banda Dingo Bells na Sala P. F. Gastal

Na quinta-feira, 16 de junho, às 19h30, acontece o lançamento do filme Olhos Fechados Pro Azar, que registra o processo de gravação da banda Dingo Bells. A direção é assinada pelo grupo e por Ricardo De Carli. Entrada franca. 
Sinopse: Entre o sítio e a cidade, a banda Dingo Bells registra o processo de gravação do disco 'Maravilhas da Vida Moderna'. A sessão marca o lançamento da Frisbe Filmes.

Dingo Bells é uma banda porto-alegrense formada por Rodrigo Fischmann, Diogo Brochmann e Felipe Kautz.

Direção e Produção: Dingo Bells e Ricardo De Carli
2016, 25 minutos
Montagem: Ricardo De Carli
Mixagem: Bunker Studio

GRADE DE PROGRAMAÇÃO
14 a 19 de junho de 2016

14 de junho (terça)
15h – Perversa Paixão
17h – A Última Canção
19h – Um Mundo Perfeito

15 de junho (quarta)
15h – O Estranho que Nós Amamos
17h – O Estranho Sem Nome
19h – Meia Noite no Jardim do Bem e do Mal

16 de junho (quinta)
15h – Impacto Fulminante
17h – A Última Canção
19h30 – Lançamento do documentário Olhos Fechados Pro Azar

17 de junho (sexta)
15h – O Estranho Sem Nome
17h – Meia Noite no Jardim do Bem e do Mal
20h – Projeto Raros (O Relatório, de Abbas Kiarostami + debate com Ivonete Pinto)

18 de junho (sábado)
17h – O Último Golpe
19h – Impacto Fulminante

19 de junho (domingo)
15h – Perversa Paixão
17h – O Estranho que Nós Amamos
19h – Um Mundo Perfeito
  
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: MEMÓRIAS DE MARNIE

Sinopse:Anna (Hailee Steinfeld) é uma menina de 12 anos, filha de pais adotivos, sempre muito solitária e não exatamente feliz. Um belo dia, em um castelo numa ilha isolada, ela conhece Marnie (Kiernan Shipka). A menina loira de vestido branco se torna a grande e única amiga de Anna, mas ela descobrirá que Marnie não é exatamente quem parece ser.



Memórias de Marnie é mais uma maravilhosa obra do Studio Ghibli, mas que infelizmente é a última produção do estúdio, anunciada por Hayao Miyazaki (A Viagem de Chihiro) que decidiu dar uma pausa de suas atividades após a aposentadoria, para a tristeza de inúmeros fãs que assistem as suas obras com muito amor e carinho. Aqui, testemunhamos uma bela relação de amor e amizade entre duas jovens garotas, das quais gradualmente nos leva em um mundo recheados de magia e mistério com realidade em que elas vivem.
Escrito e dirigido por Hiromasa Yonebayashi, essa animação é baseada no conto de When Marnie Was There escrito por Joan G. Robinson. O lançamento aconteceu em 2014. O filme recebeu indicação ao Oscar 2016 na categoria de Melhor Filme de Animação.
Em As Memórias de Marnie admiramos o minucioso trabalho feito com alma pelo estúdio com os detalhados efeitos da trilha sonora, assim como beleza da reconstituição da natureza que serve como cenário da história e fazendo dela um quadro em movimento que encanta os olhos. Curiosamente, é dessa beleza que nasce uma cruel realidade, da qual qualquer um de nós um dia poderia encarar. O filme toca em assuntos delicados, que vão desde adoção, solidão, traumas de infância e perdas de seus entes queridos.
A relação de amor e amizade entre Anna com Marnie é algo que vai muito além de uma simples amizade, mas sim a prova da existência de almas que se tocam e que não desejam estar longe uma da outra. Uma admira a outra, ao ponto delas se encaixarem em seus espaços vazios dos quais se encontram em suas vidas e fazendo esquecer, mesmo que por breves momentos, suas realidades dolorosas. O ato final, onde são revelados importantes segredos de ambas, é de arrancar lagrimas do mais duro coração que existe desde mundo.
As Memórias de Marnie é desde já uma das mais emocionantes animações japonesas dos últimos anos e se for o último filme do Studio Ghibli fecha então com chave de ouro e lágrimas nos olhos. 

 
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