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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: NARCOS



Sinopse: A trama gira em torno do traficante colombiano Pablo Escobar (Wagner Moura), retratando a história de ascensão dele de um criminoso comum para um dos homens mais perigosos, procurados e ricos do mundo.

Sendo um cineasta autoral como ninguém, José Padilha gosta de alfinetar na ferida, principalmente em assuntos que envolvam política e as origens que fazem nascer à violência urbana. Em Ônibus 174 ele não moldou um vilão, mas sim buscou as razões pelas quais aquele garoto chegou naquele ponto. Assim como ele colocou todas as justificativas na mesa, ao mostrar o que leva uma Tropa de Elite a fazer justiça com as próprias mãos em seus dois grandes sucessos na carreira.  
Se ele derrapou por não ter tido liberdade criativa em seu primeiro projeto americano que foi Robocop: A Origem, pelo menos ele encontrou a sua redenção na ilha da liberdade de todos os cineastas autorais almejam conseguir um dia: Netflix. No poderoso site online das séries autorais do momento, Padilha teve a liberdade de produzir, roteirizar e escolher os diretores para cada episódio da série Narcos, produção que conta os primeiros anos de poder de Pablo Escobar, um dos maiores traficantes de drogas da história.
Para interpretar o protagonista, coube ninguém menos que Vagner Moura incorporar um dos personagens (para o bem ou para o mau) mais importantes da história da Colômbia. Versátil como ninguém, Moura ganhou peso, teve que aprender a falar Espanhol e conviveu com pessoas e nos lugares em que Escobar viveu. Sua interpretação é digna de nota, pois nem de longe lembra o seu personagem Capitão Nascimento que o consagrou e, com certeza, fará com que outros estúdios americanos prestem mais atenção nele.
José Padilha, pelo visto, fez um verdadeiro estudo sobre a história de Escobar, pois ele era sempre o grande assunto da mídia Colombiana na virada dos anos 80 para os 90. Através de cenas de arquivos (assim como em Ônibus 174), Padilha criou então um mosaico de inúmeros eventos verídicos que, por sua vez, se enlaça com as sub-tramas criadas pelos próprios roteiristas dos episódios. As cenas reais que envolvem o assassinato de um candidato a presidência e de uma queda de avião devido a uma bomba são dignas de nota.
Mas, embora a primeira temporada seja somente de 10 episódios, a meu ver a trama funcionária muito bem se ela fosse somente 06 no máximo. Isso porque muita coisa apresentada ali é dispensável para a trama principal, como no caso de terem inserido agentes americanos da DEA que, aqui no caso, é liderado pelo personagem real Steve Murphy (Boyd Holbrook) que é na realidade o verdadeiro protagonista da série, mas muito embora isso não signifique muita coisa.
Logicamente o produtor principal da série Chris Brancato (que foi roteirista de Hannibal) queria colocar protagonistas americanos para que o público de lá se interessasse pelo programa. Porém, a série não esconde o fato que, mesmo indiretamente, o governo americano teve em parte um papel de culpa com relação à entrada de drogas em seu próprio país. Sendo que, eles ainda se preocupavam muito mais com comunistas que nem sequer na época já não mais existiam, do que a guerra narcotráfico que estava explodindo.
Apesar de alguns pontos os criadores tentarem tapar o sol com a peneira, Narcos é uma série corajosa sobre o submundo das drogas, mas ainda longe de ser revolucionária assim como foi Breaking Bad.


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Cine Dicas: Estreias do final de semana (11/09/15)



18 Comidas

Sinopse: Uma mulher casada ainda sonha com este músico, que se apresenta nas ruas, e que deixou passar há muito tempo a chance de ser feliz. Dois amigos decidem se embriagar pelo resto do dia. Um homem não sabe que seu irmão está apaixonado por outro homem. Uma mulher não está satisfeita com o que ganha. Duas irmãs brigam porque uma delas queria ser cantora. Dois velhos comem em silêncio. Deixe os personagens em repouso durante um dia inteiro. Coloque uma pitada de drama, e outra de comédia. Cozinhe em fogo baixo estes pedaços de vida tão semelhantes à nossa.

 Carga Explosiva - O Legado
 
Sinopse: Riviera Francesa, 2010. Frank Martin (Ed Skrein) segue trabalhando como transportador de mercadorias perigosas, sem fazer qualquer pergunta sobre o que carrega. Um dia ele recebe uma ligação de Anna (Loan Chabanol), que deseja contratá-lo. Eles combinam de se encontrar em um requintado restaurante e lá Frank recebe a tarefa de pegá-la em frente ao Banco de Mônaco, daqui a algumas horas. Ao chegar ao local, ele é surpreedido pela presença de outras duas mulheres, o que não havia sido previamente acertado. Frank tenta desfazer o acordo, mas logo descobre que o trio mantém em cativeiro seu próprio pai (Ray Stevenson). Para salvá-lo, ele aceita participar do plano das garotas.


Férias Frustradas
 
Sinopse: Rusty Griswold (Ed Helms) trabalha como piloto de avião na EconoAir, uma companhia de baixo custo. Ele é casado com Debbie (Christina Applegate) e tem dois filhos, James (Skyler Gisondo) e Kevin (Steele Stebbins), que vivem brigando. Disposto a se divertir com a família, Rusty decide seguir os passos de seu pai (Chevy Chase) e comandar uma ida ao parque de diversões Wally World, localizado a dias de viagem. Rusty logo aluga um carro albanês, sem imaginar que a viagem em família será bem mais complicada do que imaginava.


Homem Comum

Sinopse: O cineasta Carlos Nader começou a acompanhar a vida do caminhoneiro Nilson de Paula em 1996. Transportador de porcos, ele então era casado e pai de uma menina. De lá para cá, morte, doença, recomeço e muita estrada fizeram parte da história deste homem comum.


Jia Zhangke, um Homem de Fenyang

Sinopse: Um retrato afetivo do jovem realizador chinês Jia Zhangke que, para muitos, se tornou um dos mais importantes cineastas de nosso tempo. Jia Zhangke volta aos locais onde rodou seus filmes, junto com seus atores, amigos e colaboradores mais próximos para relembrar as fontes de inspiração dos seus filmes. É a memória de um cineasta e também da China, um país em convulsão que se desvenda pouco a pouco.
 
Love

Sinopse:Murphy (Karl Glusman) está frustrado com a vida que leva, ao lado da mulher (Klara Kristin) e do filho. Um dia, ele recebe um telefonema da mãe de sua ex-namorada, Electra (Aomi Muyock), perguntando se ele sabe onde ela está, já que está desaparecida há meses. Mesmo sem a encontrar há anos, a ligação desencadeia uma forte onda saudosista em Murphy, que começa a relembrar fatos marcantes do relacionamento que tiveram.
  
Nocaute
Sinopse: Billy "The Great" Hope (Jake Gyllenhaal), um lutador, trilha seu caminho rumo ao título de campeão enquanto enfrenta diversas tragédias em sua vida pessoal. Além das batalhas nos ringues, ele é forçado a lutar para conquistar o amor e o respeito de sua filha, em uma busca por redenção.




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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo:THE BLACKLIST


Sinopse: O criminoso mais procurado do mundo, de repente, se entrega e se oferece para delatar aqueles com quem já trabalhou, inclusive um terrorista que todos achavam estar morto. Mas tem um pequeno detalhe: ele só fará isso, se trabalhar com uma agente novata do FBI, alguém com quem aparentemente ele não tem nenhuma ligação.


James Spader é um caso de ator de grande talento, mas que nunca teve uma carreira realmente de sucesso no cinema. Saído do premiado Sexo, Mentiras e Vídeo Tapes, Spader teve papel de destaque em poucos títulos durante os anos 90 em filmes como Stargate, Srash: Estranhos Prazeres e foi somente nos anos 2000  que a crítica olhou para ele novamente no polêmico e genial Secretária. Foi somente na TV que o ator voltou aos trilhos, atuando em séries como Boston Legal e agora essa The Blacklist.
O charme e toda a potencialidade dessa série se concentram toda vez que o personagem de Spader entra em cena, principalmente pelo fato dele ser uma espécie de agente clandestino e que faz com que um grupo secreto do FBI consiga os melhores crimes para serem solucionados. O ponto alto dos episódios está na misteriosa ligação entre o seu personagem e agente novata Elizabeth Keen (Megan Boone). No decorrer do programa, essa ligação de ambos é que faz com que a trama sempre ganhe fôlego e fazendo com que o espectador fique ligado para novas peças do quebra cabeça que vão surgindo.
O problema maior das duas últimas temporadas já exibidas (e que podem ser vistas no Netflix) está justamente no fato da série funcionar somente quando James Spader entra em cena, sendo que, o elenco secundário quase nunca nos atrai atenção, mesmo formado com grandes talentos. A novata atriz Megan Boone, por exemplo, é outro ponto falho da série, pois mesmo sua personagem sendo também uma novata no mundo da espionagem, ela não consegue adquirir a nossa simpatia durante o decorrer dos episódios e fazendo com que tenhamos somente mais saudades do desempenho de Claire Danes na série similar (e superior) chamada Homeland. 
As tramas somente engrenam quando os mistérios sobre a ligação entre Elizabeth e Raymond (Spader) se tornam o foco durante os episódios. Porém, The Blacklist sofre o mal do formato já antiquado de 24 episódios por cada temporada, sendo que alguns deles é somente tapa buraco e que poderiam ser facilmente descartados da principal teia de eventos do decorrer da série. Apesar dos pesares, The Blacklist é uma série que pode ser vista com tranquilidade ou meramente por curtição, desde que você não comece a compará-la a outras séries superioras do gênero como 24 horas e a já citada Homeland.     

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Cine Curiosidade: Diretor e elenco comentam sobre ‘Evereste’ na abertura do Festival de Veneza

BASEADA EM FATOS REAIS, AVENTURA ÉPICA TEVE SUA ESTREIA
ALTERADA PARA 24 DE SETEMBRO NOS CINEMAS BRASILEIROS
 
 Destaque na abertura da 72ª edição do Festival de Veneza, o longa “Evereste” (Everest), de Baltasar Kormákur, é a próxima estreia da Universal Pictures nos cinemas brasileiros, em 24 de setembro. Hoje, a distribuidora divulgou um vídeo especial do filme que mostra cenas inéditas da produção, além da chegada dos atores a Veneza e depoimentos na coletiva de imprensa.
Na coletiva, os atores e o diretor comentam sobre as filmagens, em parte realizadas na base do Evereste, no Nepal: “Acho que seria impossível fazer essa história sem ir até lá. Porque o sofrimento é por terem ido até lá e tentado voltar para casa”, diz Jason Clarke.
Para o diretor, Baltasar Kormárkur, quanto mais perto estivessem da montanha, maior a probabilidade de terem um resultado real. Já o ator Josh Brolin confessa que não imaginava que filmaria boa parte da história no próprio Evereste: “Muitos diretores dizem: queremos fazer de verdade, queremos expor vocês ao clima. E a maioria deles não está dizendo a verdade”, comenta.
Inspirado nos acontecimentos relatados no livro “No Ar Rarefeito”, de Jon Krakauer, o longa retrata a aventura de dois grupos de alpinistas quem lutam pela sobrevivência ao tentar alcançar o topo da montanha mais alta do mundo - o Monte Evereste. Com produção de Tim Bevan & Eric Fellner, da Working Title, o longa conta com Jason Clarke, Josh Brolin, John Hawkes, Robin Wright, Michael Kelly, Sam Worthington, Keira Knightley, Emily Watson e Jake Gyllenhaal no elenco.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Cine Especial: BLADE RUNNER EM EXIBIÇÃO NO CINEMARK



MAIS DE TRINTA ANOS DEPOIS, OBRA MÁXIMA DE RIDLEY SCOTT  DEIXA O TITULO DE CULT, PARA SE TORNAR A MAIOR OBRA PRIMA DA FICÇÃO CIENTÍFICA.



Foi no ano de 1998 em que eu assisti pela primeira vez Blade Runner. Antes disso, não tinha muito conhecimento sobre o filme, sendo que, somente soube sobre a obra na saudosa revista Herói, aonde havia uma matéria especial sobre a carreira de Harrison Ford. Na mesma revista (e em algumas edições depois), soube que o visual do filme serviu de base para inúmeros filmes posteriormente, como Juiz Dreed e o Quinto Elemento. Com o pouco que eu sabia, queria então ter a oportunidade de assistir o filme um dia e isso acabou acontecendo numa sessão tarde da noite do Inter-Cine da rede Globo. Mas a maneira que a emissora carioca anunciava, fazia com que eu esperasse algo completamente diferente, dando a entender que  eu viria um filme cheio de ação e efeitos especiais.
 

No tempo em que eu vivia no VHS, esperei até o início da exibição (para poder cortas as propagandas), para gravar e apreciar a obra, mas não tive uma sessão muito boa, pois tive que assistir em volume baixo para não acordar os meus pais. No dia seguinte, com minha cópia em VHS, pude assistir do começo ao fim, mas para o meu espanto, quebrou com a minha expectativa, pois como havia dito acima, esperava algo cheio de ação ou efeitos visuais. Revendo o filme de novo, pela segunda e terceira vez, pude aos poucos, compreender um pouco daquele universo apresentado por Ridley Scott que, nada mais era, do que um retrato de nosso dia a dia que nos vivíamos já naquele tempo e o que antecedeu o que viria depois. Embora seja um filme de ficção, Blade Runner é um retrato cru sobre aonde podemos ir um dia, onde as cidades, com as pessoas aglomeradas vivendo por lá, serão cada vez mais sujas e abandonadas a sua própria sorte e os poderosos subindo aos céus e longe da minoria. Já vivemos também num mundo em que cada vez mais os sentimentos e certas ações que, antes poderiam soar desconcertantes em tempos mais coloridos, aonde tudo era muito claro, como o bem e o mau, hoje se tornarão piada e que passa despercebida por todos. Sendo que as relações de casais atualmente, por exemplo, são tudo questões do momento, cujos sentimentos se evaporam gradualmente e se tornando apenas uma imagem pálida dos sentimentos que foram um dia no princípio.
Ao perdemos certos valores que, antes nos eram importantes, eles se tornam valiosos, para seres que a recém começarão a aprender a viver que, no caso do filme, são os “replicantes” que representam o que nós fomos um dia, de ter o desejo de viver ao máximo no dia a dia, mas que por azar deles tem pouco tempo de vida. E quem melhor que o personagem Roy (brilhantemente interpretado por Rutger Hauer) que é o melhor em cena, passa para nós esse doloroso fardo que carrega, mas que vai até o fim buscando um meio, seja para ganhar mais tempo, ou para fazer algo significativo em sua curta vida e que valesse a pena. Seus últimos momentos em cena estão entre os momentos mais inesquecíveis e surpreendentes da 7ª arte e que gera múltiplos sentimentos para quem assiste. Até hoje, essa cena gera inúmeros debates, sendo não somente ela, como também as inúmeras cenas que antecedem essa e que acabaria gerando outros inúmeros textos até melhores do que esse que estou escrevendo.

Mais de trinta anos depois, Blade Runner não é somente um filme Cult, como também já é considerado uma obra prima, não só do gênero, como também de toda história do cinema. Nada mais do que correto então do filme ganhar uma merecida sessão pelos cinemas da rede Cinemark, além de ter no mercado uma edição especial em Blu-Ray, com todas suas versões que teve ao longo dos anos (desde a versão original, até a versão definitiva do diretor), com mais de dez horas só de extras para os fãs se deleitarem. Com tudo isso, a pergunta que sempre me vem na cabeça é: como será, quando finalmente chegarmos à data em que a trama do filme se passa que é novembro de 2019?
Dificilmente iremos ver carros voando por aí, muito menos estaremos fazendo colônias em outros planetas ou criando seres idênticos a nós. Mas uma coisa eu garanto que, quando essa data chegar, certamente todo mundo irá se lembrar das primeiras cenas do filme, embalada com a inesquecível trilha do  músico grego Vangelis e que certamente haverá sessões a meia noite ou durante os dias, do não tão distante mês de novembro de 2019. Vamos aguardar!

O filme terá  sessões hoje a noite em Porto Alegre, Canoas e em outras cidades do país. Confiram no site Cinemark clicando aqui.        

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