Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Cine Curiosidade: CINDERELA: Novo Trailer Nacional


Confira abaixo novo trailer nacional de CINDERELA, que chega aos cinemas em 2 de abril de 2015.
Confira mais sobre a magia de Cinderela em http://cinderellapastmidnight.tumblr.com (em inglês). 


Portuguese Title for Brazil
CINDERELA
WALT DISNEY STUDIOS MOTION PICTURES
Site na internet:            
Gênero:                                      Live-action
Classificação indicativa:             A definir
Data de lançamento:        02 de abril de 2015
Duração: A definir 
Elenco:Cate Blanchett, Lily James, Richard Madden, Stellan Skarsgård, Holliday Grainger, Sophie McShera, Derek Jacobi e Helena Bonham-Carter,
Diretor: Kenneth Branagh
Produtores:Simon Kinberg, Allison Shearmur, David Barron
Produtores executivos:Tim Lewis
Roteiro de: Chris Weitz                  
                       
A história de Cinderela segue a vida da jovem Ella (Lily James), cujo pai comerciante casa novamente depois que fica viúvo de sua mãe. Ansiosa para apoiar o adorado pai, Ella recebe bem a madrasta (Cate Blanchett) e suas filhas, Anastasia (Holliday Grainger) e Drisella (Sophie McShera), na casa da família. Mas quando o pai de Ella falece inesperadamente, ela se vê à mercê de uma nova família cruel e invejosa. Relegada à posição de empregada da família, a jovem sempre coberta de cinzas, que passou a ser chamada de Cinderela, bem que poderia ter começado a perder a esperança. Mas, apesar da crueldade a que fora submetida, Ella está determinada a honrar as palavras de sua falecida mãe e “ter coragem de ser gentil”. Ela não cederá ao desespero nem aos que a maltratam. E depois tem o belo estranho que ela conhece na floresta. Sem saber que, na verdade, trata-se de um príncipe, não um mero aprendiz do Palácio, Ella finalmente sente que encontrou uma boa alma. Parece que sua sorte está prestes a mudar quando o Palácio envia um convite aberto a todas as donzelas do reino para ir a um baile, aumentando as esperanças de Ella de encontrar novamente o encantador Kit (Richard Madden). Infelizmente, sua madrasta a proíbe de ir ao baile e, impiedosamente, rasga seu vestido. Mas, como em todo bom conto de fadas, surge ajuda, e uma gentil mendiga (Helena Bonham-Carter) aparece e – armada com uma abóbora e alguns ratinhos – muda a vida de Cinderela para sempre.
SINOPSE RESUMIDA:
 Um filme live-action inspirado no clássico conto de fadas, Cinderela dá vida às eternas imagens da obra de arte de animação de 1950 da Disney com seus personagens reais em um espetáculo deslumbrante para uma geração inteiramente nova.

assinaturaEZ-poa-luciana

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: O Jogo da Imitação

Sinopse: Esta biografia de Alan Turing (Benedict Cumberbatch) acompanha sua ascensão no mundo da tecnologia quando seus conhecimentos inestimáveis em matemática lógica e ciência da computação contribuíram com as estratégias usadas pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto este homem tinha diversos conflitos com sua própria homossexualidade buscando soluções de cura e vindo a cometer suicídio em 1954.

Infelizmente não basta ser um gênio, pois às vezes se paga um alto preço por ter tido esse dom. Assim como outras cinebiografias da temporada (como Teoria de Tudo) o dom de uma pessoa pode ser vasto, mas nem por isso deixará de passar por percalços. O Jogo da Imitação escancara que, por mais que façamos algo de bom para o próximo, sempre haverá aqueles que contra atacam de uma forma cega e preconceituosa.
Ao criar um aparelho para decifrar códigos nazistas, Alan Turing (Benedict Cumberbatch) não somente salvou milhares de vidas durante a Segunda Guerra Mundial, como também é responsável pelo primeiro computador criado na história. Infelizmente esse importante conhecimento foi por vários anos desconhecido pelo público, devido a uma sociedade homofóbica da época que era vasta, sendo que pessoas com conotação homossexual eram perseguidas e mortas injustamente durante décadas. O filme, ao desvendar a real natureza de Turing que, foi um gênio muito a frente do seu tempo, mas que infelizmente devido ao fato de ser gay, foi caçado no inicio dos anos 50 e tendo um destino trágico.
Embora pouco conhecido, o diretor norueguês Morten Tyldun soube muito bem conduzir as duas linhas de história (Segunda Guerra e início dos anos 50), para termos uma profunda analise dos fatos e sem que a gente se confunda nas idas e vindas da história. Interpretado com garra por Benedict Cumberbatch que, confere ao seu personagem uma fraqueza quase infantil, mas sem soar falso em nenhum momento, Turing tenta se agarrar ao seu talento, mas nos momentos em que precisa mais do que isso para seguir em frente, ele acaba se transformando numa vítima, perseguido por seus desejos sexuais que, aparentemente, ele mesmo não consegue entender rapidamente se comparado aos códigos da guerra no qual ele trabalha.
O filme se apoia em dois lados, entre o tempo de guerra e aquele momento em que as pessoas não são condenadas por sua ideologia em tempos difíceis, mas sim por opções pessoais que, absurdamente ganham a perseguição do estado que deveria se preocupar com outras coisas mais graves. Esse é mote principal do filme: das escolhas difíceis que envolvem a perda de milhares de vidas numa batalha, para a intervenção do dia a dia de alguém que não afeta em nenhum momento outras pessoas, mas que devido a sua opção sexual, é perseguido como se fosse um criminoso.
Com um elenco afiado (Keira Knightley novamente cumpre bem o seu papel em filmes de época) e com uma reconstituição de época perfeita, O Jogo da Imitação  é um filme para ser visto por todos, até mesmo pelos  políticos homofóbicos atuais que, usam a bíblia como arma, em vez de pregar uma boa e justa política. A pergunta que fica no ar é: será que ao saberem que o criador do computador era gay, esses políticos de hoje deixariam de usar os seus computadores pessoais? Definitivamente tem gente que nasce em época errada!


Me sigam no Facebook, twitter e Google+

Cine Curiosidade: ‘Cinquenta Tons de Cinza’ estreia em 12 de fevereiro com classificação 16 anos

COM DISTRIBUIÇÃO DA UNIVERSAL PICTURES, LONGA RETRATA O
ROMANCE ENTRE CHRISTIAN GREY E ANASTASIA STEELE
 Exibindo
A Universal Pictures e o Ministério da Justiça acabam de divulgar a classificação indicativa do filme “Cinquenta Tons de Cinza” (Fifty Shades of Grey), que chega aos cinemas na próxima quinta-feira, dia 12 de fevereiro. Baseado no best-seller de EL James, que vendeu mais de 100 milhões de cópias em todo o mundo, o longa é indicado para maiores de 16 anos em todo país.
Com direção de Sam Taylor-Johnson, “Cinquenta Tons de Cinza” retrata o relacionamento entre o bilionário de 27 anos Christian Grey, interpretando por Jamie Dornan, e a estudante Anastasia Steele, papel de Dakota Johnson. Com estreia mundial na data que corresponde ao dia dos namorados nos Estados Unidos (Valentine’s Day), o filme traz à tona a relação íntima e intensa do casal e mescla os sentimentos da jovem inexperiente Anastasia Steele com os do poderoso e sedutor Christian Grey, um homem de interesses extremamente peculiares.
Para mais informações, acesse as páginas oficiais do filme:   
Site: www.cinquentatonsdecinzafilme.com.br
Facebook:facebook.com/cinquentatonsdecinzaofilme
Hashtag oficial: #cinquentatonsfilme      

Cine Curiosidade: FROZEN: FEBRE CONGELANTE : Primeiras Fotos do curta-metragem

Confira abaixo link para download das primeiras fotos do curta-metragem de FROZEN: FEBRE CONGELANTE, que estreia nos cinemas dia 2 de abril de 2015, junto com CINDERELA.


frozen-fever-02 0_013 00_0048 (2)

frozen-fever-01 0_011 00_0022 (2)
 
- Sinopse:

PLANOS DE LANÇAMENTO REVELADOS: NOVO CURTA-METRAGEM FROZEN FEVER ESTREIA NOS CINEMAS ANTES DE CINDERELA EM 2 DE ABRIL DE 2015

O curta-metragem inédito dos Estúdios Walt Disney Animation Frozen Fever, que traz Anna, Elsa, Kristoff e Olaf de volta à telona, será exibido nos cinemas em 2 de abril de 2015, antes do filme Cinderela da Disney, um longa-metragem live-action inspirado no clássico conto de fadas. 
Dirigido por Chris Buck e Jennifer Lee, e produzido por Peter Del Vecho e Aimee Scribner, com uma canção original inédita de Robert Lopez e Kristen Anderson-Lopez, Frozen Fever é o primeiro projeto que volta a reunir a equipe original, ganhadora do Oscar®, de Frozen - Uma Aventura Congelante da Disney.
Em Frozen Fever, é o aniversário de Anna, e Elsa e Kristoff querem dar a ela a melhor comemoração de todas, mas os poderes congelantes de Elsa podem colocar em risco mais do que a festa. 

SOBRE FROZEN - UMA AVENTURA CONGELANTE
Frozen - Uma Aventura Congelante ganhou dois prêmios da Academia® (melhor longa de animação e melhor canção original com “Let It Go”) e um Globo de Ouro® (melhor longa-metragem de animação). O filme é o quinto maior faturamento de todos os tempos e o maior faturamento bruto de um longa de animação, totalizando mais de $1,27 bilhão em todo o mundo. Lançado no mercado norte-americano em 27 de novembro de 2013, Frozen - Uma Aventura Congelante foi o primeiro colocado de todos os tempos na estreia no Dia de Ação de Graças e representou o maior lançamento dos Estúdios Disney Animation. A estreia digital do filme em 25 de fevereiro foi o maior lançamento digital (sell-through) de todos os tempos; o lançamento do Blu-ray/DVD em 18 de março ficou em primeiro lugar nos rankings gerais da Nielsen por oito semanas consecutivas. A trilha sonora de Frozen - Uma Aventura Congelante é o disco mais vendido de 2014 até agora e ficou por 33 semanas entre os cinco primeiros colocados da Billboard 200, incluindo 13 semanas em primeiro lugar. A trilha sonora ganhou três discos de platina e vendeu mais de 3,6 milhões de unidades. O clipe do filme “Let It Go” de Frozen - Uma Aventura Congelante teve 370 milhões de visualizações no YouTube. Liderando a pesquisa Hot Holiday Toys da National Retail Federation, a popularidade dos produtos de Frozen - Uma Aventura Congelante continua a aumentar: mais de 3 milhões de fantasias foram vendidas apenas na América do Norte, o aplicativo de karaoke “Disney Karaoke: Frozen” foi primeiro colocado na categoria iPad Entertainment Downloads em mais de 100 países e Frozen: The Junior Novelization da Random House está na lista dos best-sellers do New York Times há 41 semanas.

SOBRE CINDERELA
Um filme live-action inspirado no clássico conto de fadas, Cinderela (Cinderella) dá vida às eternas imagens da obra prima de animação de 1950 da Disney com seus personagens reais em um espetáculo deslumbrante para toda uma nova geração. O filme é estrelado por Cate Blanchett, Lily James, Richard Madden, Stellan Skarsgård, Holliday Grainger, Derek Jacobi e Helena Bonham-Carter. Dirigido por Kenneth Branagh a partir de um roteiro de Chris Weitz, Cinderela (Cinderella) é produzido por Simon Kinberg, Allison Shearmur e David Barron.
assinaturaEZ-poa-luciana

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: A ENTREVISTA



Sinopse: Cansados de fazerem entrevistas apenas com celebridades, um famoso apresentador de um popular programa de televisão (James Franco) e seu produtor (Seth Rogen) decidem buscar uma linha mais série de jornalismo. Eles conseguem marcar uma entrevista com o ditador Kim Jong-un, da Coreia do Norte. Sabendo disso, a CIA decidem convocar os dois sujeitos para um plano para assassinar o ditador. A coisa só complica um pouco quando o apresentador começa a se identificar com os dramas vividos pelo governante.

Filmes podem não mudar as pessoas, mas podem muito bem quase provocarem uma guerra hoje em dia. Quando souberam que a Sony iria lançar um filme em que o Ditador Kim Jong-um seria o grande vilão da trama, não demorou muito para o mesmo contra atacar o próprio estúdio. Hackers invadiram os computadores da produtora, vazando alguns filmes, pegando informações de futuros projetos e ameaçando com ataques terroristas.
A situação ficou tão feia, que o próprio presidente dos EUA teve que se manifestar a respeito, contra atacando e dizendo que o estado não negocia com terroristas. Polêmicas a parte, vendo o filme agora, percebo que foi tudo uma tempestade no copo d’água e acredito que o filme passaria meio em branco entre o grande público. Não que o filme seja ruim, pois ele tem os seus méritos em não fazer somente uma critica sobre um dos países mais fechados do mundo, como também com relação à própria sociedade norte americano que idolatra a mediocridade vinda de celebridades conhecidas.
Na trama, James Franco e Seth Rogen vivem um apresentador e um produtor de um programa de TV, respectivamente. Eles estão acostumados a lidar com celebridades em situações ridículas e fazem de tudo para tirar delas determinados segredos para dar audiência. De uma hora para outra, descobrem que o Ditador da Coréia do Norte é grande fã do programa e é então que eles decidem entrevista-lo. Ao mesmo tempo, o governo americano os obriga a participarem de uma missão, cujo objetivo é assassinar o próprio Ditador.
Antes de qualquer coisa, é preciso assistir a esse filme sem levá-lo a sério em nenhum momento, mas sim curti-lo de uma forma descompromissada. Parceiros de sucessos em filmes como Segurando as Pontas e É o Fim, James Franco e Seth Rogen se saem bem novamente interpretando personagens que, ligeiramente são os mesmos tipos que eles já atuaram em outros filmes. Muitos dizem que esse é o pior desempenho de James Franco em sua carreira, mas a meu ver ele chega a ser tão engraçado quando Rogen em cena e se compararmos esse seu desempenho com o que ele teve em OZ, nesse ultimo ele estava muito mais caricato e sem brilho algum. 
Randall Park se sai bem como o famigerado Ditador, mas que num primeiro momento se apresenta como um homem de bom coração e fazendo amizade com o personagem de Franco. As cenas em que eles curtem mulheres, bebidas, drogas e muitas brincadeiras, com certeza são momentos que devem ter gerado imenso ódio quando o verdadeiro Ditador as viu. Como cereja do bolo, os roteiristas ainda tiveram a genialidade de colocar a já clássica musica "Firework" da cantora Katy Perry na história, em cenas que com certeza faz com que a pessoa saia do cinema e comece a cantarolar ela compulsivamente.
Com diversas cenas satíricas que, lembram outros filmes como Frost Nixon, A Entrevista poderia muito bem passar batido pela maioria do público, mas foi justamente o contra ataque de pessoas que levam por demais tudo a sério, que o filme conseguiu uma fama que, se oscila entre sucesso e o fracasso aos olhos das pessoas que assistem. Já diz o ditado: falem mal, mas falem de mim.    




Me sigam no Facebook, twitter e Google+

Cine Curiosidade: Com a estreia de ‘Cinquenta Tons se Cinza’ se aproximando, Universal Pictures divulga nova cena inédita

LONGA CONTA COM JAMIE DORNAN
E DAKOTA JOHNSON COMO PROTAGONISTAS
Com estreia programada para dia 12 de fevereiro nos cinemas brasileiros, “Cinquenta Tons de Cinza” (Fifty Shades of Grey) teve uma nova cena inédita divulgada hoje. Desta vez, Anastasia e Christian Grey conversam em um quarto de hotel e o empresário comenta que não é adepto a romances. Para visualizar, acesse o link http://migre.me/ouo9i
Distribuído pela Universal Pictures, o longa conta com direção de Sam Taylor-Johnson e retrata o relacionamento entre o bilionário de 27 anos Christian Grey, interpretando por Jamie Dornan, e a estudante Anastasia Steele, papel de Dakota Johnson. O filme é um dos lançamentos mais esperados do ano e é baseado no best-seller que já vendeu mais de 100 milhões de cópias, entre versões impressas e e-books, em todo mundo.        

Para mais informações, acesse as páginas oficiais do filme:   
Site: www.cinquentatonsdecinzafilme.com.br
Facebook:facebook.com/cinquentatonsdecinzaofilme
Hashtag oficial: #cinquentatonsfilme   

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: GRANDES OLHOS

Sinopse: A cinebiografia conta a história do casal Walter e Margaret Keane que ficaram famosos no final dos anos 1950 e início dos 1960 por retratos de mulheres e crianças com olhos grandes. Tudo parece ir bem à vida dos Keane até Walter começar a ter fama e dinheiro às custas da mulher que é a verdadeira pintora das obras.

Tim Burton é um cineasta autoral que, não mede esforços para injetar a sua visão pessoal, com relação ao mundo em que vive na criação dos seus filmes. Infelizmente ele trabalha numa indústria, em que as engrenagens são movidas pelo dinheiro e, portanto nem sempre ele possui total liberdade criativa. Alternando em produções milionárias onde não consegue fazer o filme que gostaria (Alice no País das Maravilhas) e filmes menores onde mostra toda a sua genialidade (Ed Wood), Burton talvez seja um dos poucos cineastas autorais americanos que sabe na pele como deve agradar um pouco de cada lado para assim então conseguir carta branca para fazer o filme que quiser.
Essa briga pelo direito de manter intacta a sua identidade própria no mundo em que vive é vista muito bem nesse pequeno, mas tocante filme intitulado Grandes Olhos. Estamos na virada dos anos 50 para os 60, onde o homem ainda se mantém como o ser dominante de uma sociedade hipócrita e escondida num quadro azul e cor de rosa. As mulheres em si possuem o seu talento escondido, mas pela falta de coragem de saírem do armário, acabam se se tornando submissas pelo lado mesquinho do sexo masculino.
Margaret Keane (Amy Adams) tem talento vindo de sua mente e que desce para os dedos, no momento que começa a pintar belas imagens de crianças com grandes olhos que, nada mais são, do que uma representação da sua forma como enxerga o mundo. Uma mulher a frente do seu tempo, mas que infelizmente ainda acredita que necessita de um homem e com isso, cai nas garras do salafrário Walter (Christoph Waltz) e se casando com ele. Se dizendo um artista, não demora muito para Walter se dizer o verdadeiro autor das obras de Margaret que, por sua vez, não desmenti e acaba se tornando então um mero fantoche.
Embora seja apenas um caso, é talvez um de muitos parecidos que tenham acontecido no decorrer de décadas passadas mais conservadoras. Margaret é uma representação da mulher amarrada por regras criadas pelos homens do seu tempo, numa época em que a revolução feminina ainda era um sonho distante. Embora seja mulher, Margaret é uma representação do próprio Tim Burton, que ama o que faz, mas sempre luta para ter o direito de ir e vir como bem entender em sua carreira e chega um ponto que talvez a água transborde para fora do copo.
Visualmente, o filme é uma reconstituição perfeita de uma época mais dourada, lírica, mas que o cineasta faz questão de não esconder o seu lado hipócrita. Gradualmente esse mundo de utopia criada pela sociedade norte americana, vai dando lugar a uma realidade mais crua, no momento que Margaret começa a comandar as rédeas de sua vida e de sua obra. Claro que Walter não dá braço a torcer e ambos vão a julgamento pelos direitos autorais.
Amy Adams e Christoph Waltz estão ótimos em seus respectivos papeis. Se a primeira transmite talento e doçura através dos seus olhos, Waltz transforma o seu Walter num vilão caricato, porém divertido, mas que ao mesmo tempo sentimos nojo nos momentos em que ele controla as cordas para fazer de Margaret a sua marionete. Ambos os talentos duelam de igual para igual no ato final, nos brindando com momentos sublimes e hilários.
Se hoje ficamos arrasados por vermos que ainda há países no oriente médio que tratam as suas mulheres como gado, Grandes Olhos vêm para nos dizer que houve sim tempos difíceis para as mulheres que viveram no ocidente. Mulheres com talento em abundância, mas presas por regras impostas pela sociedade e igreja conservadora. Tim Burton nunca foi tão feminista como agora.    

Me sigam no Facebook, twitter e Google+