Sinopse: Cansados de fazerem
entrevistas apenas com celebridades, um famoso apresentador de um popular
programa de televisão (James Franco) e seu produtor (Seth Rogen) decidem buscar
uma linha mais série de jornalismo. Eles conseguem marcar uma entrevista com o
ditador Kim Jong-un, da Coreia do Norte. Sabendo disso, a CIA decidem convocar
os dois sujeitos para um plano para assassinar o ditador. A coisa só complica
um pouco quando o apresentador começa a se identificar com os dramas vividos
pelo governante.
Filmes podem não mudar as
pessoas, mas podem muito bem quase provocarem uma guerra hoje em dia. Quando
souberam que a Sony iria lançar um filme em que o Ditador Kim Jong-um seria o
grande vilão da trama, não demorou muito para o mesmo contra atacar o próprio estúdio. Hackers invadiram os computadores da produtora, vazando alguns filmes, pegando informações
de futuros projetos e ameaçando com ataques terroristas.
A situação ficou tão feia,
que o próprio presidente dos EUA teve que se manifestar a respeito, contra atacando
e dizendo que o estado não negocia com terroristas. Polêmicas a parte, vendo o
filme agora, percebo que foi tudo uma tempestade no copo d’água e acredito que
o filme passaria meio em branco entre o grande público. Não que o filme seja
ruim, pois ele tem os seus méritos em não fazer somente uma critica sobre um
dos países mais fechados do mundo, como também com relação à própria sociedade norte
americano que idolatra a mediocridade vinda de celebridades conhecidas.
Na trama, James Franco e
Seth Rogen vivem um apresentador e um produtor de um programa de TV,
respectivamente. Eles estão acostumados a lidar com celebridades em situações
ridículas e fazem de tudo para tirar delas determinados segredos para dar audiência.
De uma hora para outra, descobrem que o Ditador da Coréia do Norte é grande fã
do programa e é então que eles decidem entrevista-lo. Ao mesmo tempo, o governo
americano os obriga a participarem de uma missão, cujo objetivo é assassinar o próprio
Ditador.
Antes de qualquer coisa, é
preciso assistir a esse filme sem levá-lo a sério em nenhum momento, mas sim
curti-lo de uma forma descompromissada. Parceiros de sucessos em filmes como Segurando
as Pontas e É o Fim, James Franco e Seth Rogen se saem bem novamente interpretando
personagens que, ligeiramente são os mesmos tipos que eles já atuaram em outros
filmes. Muitos dizem que esse é o pior desempenho de James Franco em sua
carreira, mas a meu ver ele chega a ser tão engraçado quando Rogen em cena e se
compararmos esse seu desempenho com o que ele teve em OZ, nesse ultimo ele
estava muito mais caricato e sem brilho algum.
Randall Park se sai bem como
o famigerado Ditador, mas que num primeiro momento se apresenta como um homem
de bom coração e fazendo amizade com o personagem de Franco. As cenas em que
eles curtem mulheres, bebidas, drogas e muitas brincadeiras, com certeza são
momentos que devem ter gerado imenso ódio quando o verdadeiro Ditador as viu. Como
cereja do bolo, os roteiristas ainda tiveram a genialidade de colocar a já
clássica musica "Firework" da cantora Katy Perry na história, em
cenas que com certeza faz com que a pessoa saia do cinema e comece a cantarolar
ela compulsivamente.
Com diversas cenas satíricas
que, lembram outros filmes como Frost Nixon, A Entrevista poderia muito bem
passar batido pela maioria do público, mas foi justamente o contra ataque de
pessoas que levam por demais tudo a sério, que o filme conseguiu uma fama que,
se oscila entre sucesso e o fracasso aos olhos das pessoas que assistem. Já diz o
ditado: falem mal, mas falem de mim.
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