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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 11 de março de 2014

Cine Especial: Slasher Movies: Virgens, Mascarados e Litros de Sangue: Parte 4



Nos dias 13 e 14 de março, eu estarei participando do curso Slasher Movies: Virgens, Mascarados e Litros de Sangue, criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista e cineasta Felipe M. Guerra. Enquanto os dias da atividade não chegam, vamos relembrar dos principais assassinos mascarados que aterrorizaram inúmeros jovens entre nos anos 80 e 90.
 
                     A Hora do Pesadelo

Sinopse: Na cidade de Springwood, pessoas começam a morrer enquanto estão dormindo em situações estranhaas e sem explicação.

Excelente e bem conduzido com falhas e acertos típicos do gênero, A Hora do Pesadelo de Wes Craven (Pânico) se tornou um clássico do horror moderno e até hoje, depois de quase trinta anos de seu lançamento impressiona, nos fazendo perguntar em vários momentos se o que acontece ali é sonho ou realidade. Pena que os vários filmes que vieram a seguir não contém o mesmo vigor, mas isso é uma outra história…
 
Dia dos Namorados Macabro


Sinopse: Uma cidadezinha canadense que resolve fazer uma grande festa em celebração ao dia dos namorados, ignorando completamente uma velha lenda urbana que diz que um maníaco ataca suas vítimas exatamente neste dia para se vingar de um romance passado.
 
Esse é mais um daqueles que todo trasher que se preza tem que assistir – se é que já não viu, uma vez que ele era um dos preferidos dos canais de TV brasileiros quando chegava essa época do ano. “Dia dos Namorados Macabro” é quase um instituição do cinema de terror dos anos 80, e foi refilmado em 3D recentemente – porém, é mais que óbvio que a única versão que vale a pena ver mesmo é a original de 1981.
 


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Cine Dica: PROJETO RAROS APRESENTA CLÁSSICO SURREALISTA JAPONÊS DOS ANOS 1970

 


Nesta sexta-feira, dia 14, às 20h, o Projeto Raros exibe na Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) o cultuado filme japonês Pastoral: Morrer no Campo, surrealismo autobiográfico do cineasta Shuji Terayama. A exibição faz parte da mostra Respeitável Público! com uma seleção de filmes sobre o universo circense. A entrada é franca.  
 Situado numa atmosfera onírica do Japão rural, a narrativa inicia com um garoto adolescente que tenta fugir da sufocante proteção de sua mãe e depois se transporta para o desejo de um cineasta que busca enfrentar seu passado. Existe também um esforço para conciliar o indivíduo com o coletivo, o Japão antigo e o novo, através de um desfile de imagens emblemáticas que imprimem uma poesia carnavalesca nas memórias de Terayama.

Pastoral: Morrer no Campo foi concebido com grande influência do universo do circo. Enquanto o protagonista descobre seus dramas, nas cercanias da cidade uma trupe de circo itinerante se prepara para uma apresentação. As cenas circenses ganham a companhia de cores fortes e efeitos visuais que as destacam na narrativa. Para Terayama, esses personagens, com suasliberdade sexual, confiando uma total ruptura em relação à tradição ancestral japonesa, representam a chegada da modernidade no país.
 Um dos realizadores mais iconoclastas do Japão, conhecido como “o alquimista das palavras”, Shuji Terayama construiu uma filmografia ímpar a partir dos anos 1960, quando o cinema independente japonês ganhou força através da distribuição da Art Theatre Guild, produtora dedicada ao cinema transgressor, responsável pelo lançamento de obras mais radicais dos expoentes da Nouvelle Vague Japonesa, como Nagisa Oshima e Shohei Imamura, e novidades underground como Toshio Matsumoto. Para além do cinema, Terayama também trabalhou com o teatro, escreveu romances, dedicou-se a poesia e admirou as corridas de cavalo até sua morte precoce, em 1983, aos 47 anos. “A minha profissão – dizia o cineasta – é ser Shuji Terayama”.

Com a palavra, Terayama:

Em Pastoral: Morrer no Campo, quis decompor a minha memória para me libertar da minha infância. Não penso que consegui, pois o cinema também impõe regras. Talvez ainda não conseguisse traduzir a minha infância, mas consegui filmá-la diferentemente. Queria passar do interior para o exterior - para depois reentrar no interior. O poema é, na maioria das vezes, um monólogo. Mas o cinema arrisca-se a sê-lo igualmente. Claro que existe onirismo no filme. Surrealismo, não sei. Mas está marcado por Lautréamont e "Les Chants de Maldoror". Da mesma forma, fui influenciado por Marcel Duchamp e pelo compositor John Cage... O nosso olho não vê senão a superfície. Quiçá, com uma faca sou tentado a abrir o olho para ver o outro mundo que não se pode ver.



Pastoral: Morrer no Campo
(Den-en ni shisu)
Dirigido por Shuji Terayama
(Japão, 1974, 104 minutos).
Com: Kantarô Suga, Hiroyuki Takano, Sen Hara e Yoshio Harada
Exibição em DVD com legendas em português.



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segunda-feira, 10 de março de 2014

Cine Dica: Mostra traz o universo do circo para a Sala P.F. Gastal

MOSTRA RESPEITÁVEL PÚBLICO! TRAZ ALEGRIAS E HORRORES NO UNIVERSO DO CIRCO

Entre os dias 11 e 23 de março, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) apresenta a mostra Respeitável Público! – trazendo uma seleção de filmes que versam sobre as alegrias e os horrores no universo do circo. A mostra celebra a 1ª edição do Festival de Circo de Porto Alegre, produzida pelo SATED/RS, Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do RS, em conjunto com a Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre.
O circo sempre foi um tema presente no cinema, em obras que revelam tanto o lado festivo quanto o sombrio da vida nos picadeiros. A diversidade já aparece na década de 1920, quando encontramos a célebre história de amor pintada por Charlie Chaplin em O Circo, mas também a incursão nebulosa de Tod Browning em O Monstro do Circo, que narra a paixão proibida de um atirador de facas sem braços e uma jovem trapezista.     
Outros filmes do período clássico de Hollywood estão presentes na mostra como O Maior Espetáculo da Terra, penúltimo longa-metragem de Cecil B. DeMille, e O Mundo do Circo, faroeste de Henry Hathaway interpretado por John Wayne. A trupe comandada por Groucho Marx também deu sua contribuição anárquica ao tema em Os Irmãos Marx no Circo. Do outro lado do Atlântico, Marc Allégret realizou nos anos 1930 o clássico Zouzou, sobre uma jovem estrela do circo, criando um dos filmes mais importantes dos primeiros anos do cinema falado na França.
Ao longo dos anos, as narrativas circenses ganharam outros olhares, como a provocação política Viva Maria!, de Louis Malle, com Claudia Cardinale e Brigitte Bardot fazendo uma dupla de strippers guerrilheiras, o elogio da trupe andarilha de Bronco Billy, um dos melhores filmes de Clint Eastwood, ou no pesadelo filmado por Woody Allen, homenageando o expressionismo em Neblina e Sombras.
A mostra ainda exibe dois filmes singulares que visitam o universo circense: O Homem Elefante, de David Lynch, drama sobre um homem tratado como uma aberração por conta das deformidades de seu corpo e Santa Sangre, marco da filmografia do chileno Alejandro Jodorowsky que aborda através de exageros surrealistas a relação atípica entre mãe e filho que trabalham num grande circo.  
A mostra Respeitável Público! tem o apoio da distribuidora MPLC e da locadora E o Vídeo Levou.

GRADE DE PROGRAMAÇÃO

11 a 23 de março de 2014

O Monstro do Circo (The Unknown), de Tod Browning (Estados Unidos, 1928, 63 minutos)

Alonzo é um atirador de facas de grande sucesso num circo, apresentando-se como o "Homem Sem Braços" e usando os pés no seus números. Apaixona-se por Nanon, sua assistente, que não suporta ser tocada por mãos de homens. Por amor e, também, para esconder um grande segredo, Alonzo arma um plano de graves conseqüências. Exibição em DVD. 

O Circo (The Circus), de Charlie Chaplin (Estados Unidos, 1928, 71 minutos)

Carlitos é confundido com um ladrão e vai se refugiar num circo, onde se transforma na atração principal e revolta-se contra o tirânico proprietário do circo. Exibição em DVD.

Os Irmãos Marx no Circo (Marx Brothers – On Circus), Edward Buzzell (Estados Unidos, 1939, 87 minutos)

Dono de um circo pode ser obrigado a abandonar o negócio por causa de uma enorme dívida com seu sócio. Quando o dinheiro para pagar a dívida é roubado, apenas alguns funcionários completamente malucos podem ajudá-lo. Exibição em DVD.

Zouzou (Zouzou), de Marc Allégret (França, 1934, 90 minutos)

Uma estrela abandona o espetáculo e deixa o produtor desorientado, quando desaparece com o homem que crê ser seu verdadeiro amor. Logo, uma jovem talentosa (Baker) a substitui e salva o show, transformando-se na principal atração, da noite para o dia. Exibição em DVD com legendas em espanhol.

O Maior Espetáculo da Terra (The Greatest Show On Earth), de Cecil B. DeMille (Estados Unidos, 1952, 152 minutos)

O principal mérito de O Maior Espetáculo da Terra é a grandiosidade com que Cecil B. DeMille retrata o empreendimento circense, definido nas palavras do próprio realizador como "um incansável gigante em movimento". Charlton Heston faz Brad Braden, o big boss como serragem nas veias, que mantém a qualquer custo o circo Ringling Brothers and Barnum e Bailey em pé. Cornel Wilde é o grande Sebastian, um lendário trapezista que se rivaliza com Braden pela conquista de Holly (Betty Hutton). Ao lado do trio protagonista contracena uma dupla mais sombria: o palhaço Butons (James Stewart), ex-médico procurado pelo assassinato da mulher, e Klau (Lyle Bettger), um domador de elefantes sádico. Todos vivem momentos de apreensão e euforia, erguendo e reerguendo o espetáculo em cada cidade, porque chova ou faça sol, o show deve continuar. Exibição em DVD.

O Circo do Medo (Ring of Fear), de James Edward Grant (Estados Unidos, 1954, 93 minutos) 

O terror toma o centro do picadeiro neste filme de suspense da Batjac Production Company de John Wayne. Depois de escapar de um hospital psiquiátrico, um maníaco homicida, chamado Dublin O'Malley (Sean McClory) se integra num confortável e familiar ambiente de seu passado - o famoso circo de Clyde Beatty. Exibição em DVD.

Trapézio (Trapeze), de Carol Reed (Estados Unidos, 1956, 101 minutos)

Tino Orsini (Tony Curtis) é o filho de um trapezista que vai até Paris, para tentar aprender com um famoso trapezista, Mike Ribble (Burt Lancaster), que sofreu um acidente no passado, como executar o triplo mortal. Gradativamente Orsini ganha a confiança de Ribble, mas a amizade entre os dois é ameaçada quando Lola (Gina Lollobrigida), outra trapezista do circo, se livra dos seus parceiros, pois quer atuar junto de Orsini e Ribble. Entretanto Ribble só gosta de trabalhar em dupla e, além da dificuldade da tarefa, um triângulo amoroso surge, quando Lola desperta a atenção dos dois trapezistas. Exibição em DVD.

O Mundo do Circo (Circus World), de Henry Hathaway (Estados Unidos, 1964, 135 minutos)

Uma grandiosa e emocionante história da vida no circo, com John Wayne no espetacular papel de Matt Masters, um cowboy que agora é o proprietário do circo, e Rita Hayworth e Claudia Cardinale, mãe e filha que conhecem os prazeres e as tragédias do mundo do circo melhor do que ninguém. Este filme é uma fascinante história de tristeza e felicidade, camaradagem e bravura. Nunca o cinema apresentara tamanhas acrobacias numa produção tão completa. Cheia de ação e belos shows circenses, com diligências, cavalos, índios e tiroteios. Bela produção de Samuel Bronston. Exibição em DVD.

7 Faces do Dr. Lao (7 Faces of Dr. Lao), de George Pal (Estados Unidos, 1964, 99 minutos)

Dr. Lao (Tony Randall), chinês gentil e idoso de 7322 anos chega em Abalone, com seu circo. Ele rapidamente nota que a cidade é dominada por um rico rancheiro, Clint Stark (Arthur O'Connell), que alega que em seis meses não haverá mais água, pois o aqueduto está quase inutilizado.Stark quer comprar toda a cidade e só Ed Cunningham (John Ericson), o dono do jornal local, se opõe. Mas em poucos dias o Dr. Lao irá alterar a vida dos moradores de Abalone. Exibição em DVD.

Viva Maria! (Viva Maria!), de Louis Malle (França, 1965, 120 minutos)

O filme conta o encontro de Maria II, a filha de um terrorista irlandês que acabou de perder o pai, com Maria I, uma cantora de circo, no interior de um país imaginário da América Latina, em 1907. Maria II resolve fazer parte do circo com Maria I e quando as duas fazem um número de canto, elas acidentalmente inventam o striptease, o que torna o circo famoso. Durante suas aventuras, elas conhecem um líder revolucionário socialista e se tornam líderes de uma revolução contra o ditador local, a igreja e o capitalismo. Exibição em DVD.

Bronco Billy (Bronco Billy), de Clint Eastwood (Estados Unidos, 1980, 119 minutos)

Peça para Clint Eastwood fazer uma escolha pessoal entre os personagens de seus filmes e você poderá se surpreender pela escolha. “É um tema fora de moda”, Eastwood diz. “Mas se, como diretor, eu sempre quis dizer alguma coisa, você encontrará em Broco Billy.” Um dos mais divertidos e tocantes filmes que você viu, neste ou em qualquer outro ano, tem Clint Eastwood como o pistoleiro de pontaria certeira e líder de uma moderna caravana com show do oeste selvagem. A vida tem sido outra para Billy e sua nobre trupe. Mas sua sorte talvez mude – na pouca simpática figura de uma fútil dama da sociedade (Sandra Locke). Você já pode ter seu personagem de Eastwood favorito. Assista Bronco Billy e, quem sabe, você terá um outro. Exibição em DVD.

O Homem Elefante (The Elephant Man), de David Lynch (Estados Unidos, 1980, 124 minutos)

Uma assustadora aberração de circo, John Merrick (John Hurt - Hellboy, Dogville, Harry Potter e a Pedra Filosofal) é rotineiramente humilhado por seu mestre Bytes (Freddie Jones - Firefox, Duna, Erik e o Viking). Mas Frederick Treeves, um famoso cirurgião (Anthony Hopkins - Alexandre, A Máscara do Zorro, O Silêncio dos Inocentes), fica fascinado por aquele personagem grotesco e o leva para o hospital em que trabalha. Fora daquele ambiente hostil, o médico vai descobrir que, a despeito de sua aparência incomum, Merrick é um ser humano sensível, inteligente e gentil. Exibição em DVD.

Santa Sangre (Santa Sangre), de Alejandro Jodorowsky (México, 1989, 123 minutos)

Fenix é um jovem que vive internado em um hospício. Quando era novo, ele presenciou a mutilação de sua mãe, uma fanática religiosa pagã, pelo próprio pai, o dono de um circo muito peculiar. Traumatizado, Fenix embarca em uma obsessão pela própria mãe, e entra em um mundo de trevas e de mortes indiscriminadas. Exibição em DVD com legendas em espanhol.

Neblina e Sombras (Shadows and Fog), de Woody Allen (Estados Unidos, 1991, 85 minutos)

Em uma pequena comunidade europeia dos anos 20, durante uma única noite, uma série de eventos envolvendo a caça de um estrangulador põe em risco a vida de todos. Um atrapalhado homem é designado através de um plano, do qual não sabe nada a respeito, para encontrar o assassino, enquanto protege uma atriz circense que se encontra sozinha nas ruas. Homenagem de Woody Allen ao expressionismo alemão, brilhantemente fotografada em preto-e-branco por Carlo Di Palma. Exibição em DVD.

GRADE DE HORÁRIOS DA PRIMEIRA SEMANA

11 a 16 de março de 2014
11 de março (terça-feira)
15:00 – Os Irmãos Marx no Circo, Edward Buzzell
17:00 – O Homem Elefante, de David Lynch
19:00 – O Monstro do Circo, de Tod Browning
12 de março (quarta-feira)
15:00 – Trapézio, de Carol Reed
17:00 – Bronco Billy, de Clint Eastwood
19:00 – Santa Sangre, de Alejandro Jodorowsky
13 de março (quinta-feira)
15:00 – Neblina e Sombras, de Woody Allen
17:00 – Zouzou, de Marc Allégret
19:00 – O Maior Espetáculo da Terra, de Cecil B. DeMille
14 de março (sexta-feira)
15:00 – Os Irmãos Marx no Circo, Edward Buzzell
17:00 – Viva Maria!, de Louis Malle
20:00 – Raros: Pastoral: To Die in the Country (Shūji Terayama)
15 de março (sábado)
15:00 – Bronco Billy, de Clint Eastwood
17:00 – O Monstro do Circo, de Tod Browning
19:00 – O Homem Elefante, de David Lynch
16 de março (domingo)
15:00 – Trapézio, de Carol Reed
17:00 – Neblina e Sombras, de Woody Allen
19:00 – Santa Sangre, de Alejandro Jodorowsky

Cine Dica: Em Cartaz: ATÉ O FIM



Sinopse: Em uma viagem solo ao Oceano Índico um homem acorda e encontra seu veleiro de 39 pés inundando após colidir com um contêiner que flutua à deriva em alto-mar. Com seus equipamentos de rádio e navegação quebrados o homem navega a esmo a caminho de uma tempestade violenta. Apesar do sucesso em remendar o buraco feito pelo contêiner sua intuição de marinheiro e os anos de experiência no mar o homem quase não sobrevive à tormenta. Usando apenas um sextante e mapas náuticos ele precisa confiar nas correntes marítimas para quem sabe chegar a uma rota náutica encontrar outra embarcação. Mas o sol impiedoso tubarões à espreita e os poucos suprimentos que restam levam o engenhoso navegante a encarar a morte frente a frente.



Homem x natureza já rendeu inúmeros bons filmes, onde se coloca o protagonista no limite e em busca da sua sobrevivência. Aqui, acompanhamos a luta pela vida do personagem interpretado por Robert Redford, que vê seu veleiro gradualmente se tornar inútil perante o oceano, após ter colidido com um contêiner. O grande charme do filme é não poupar o protagonista para um descanso, pois gradualmente seu transporte vai se tornando inútil e ao mesmo tempo perigoso para si próprio.

Mesmo com os seus 77 anos nas costas, Robert Redford surpreende num papel em que se exige muito do lado físico da pessoa, que tenta sempre sobreviver a cada dia que passa em auto mar. O que temos no filme é a desconstrução de um personagem, em que aos poucos vê o seu transporte se destruindo, para daí então se tornar uma arma contra si própria. O grande charme está no fato de vermos aquele cenário em alto mar aos poucos se desintegrando e fazendo com que a protagonista lute para não perder sua própria sanidade.   

Até o fim é um filme raro de se ver, já que quase não há diálogos, pois não tem como, sendo que é somente um personagem em cena. Quando ele vai soltar algumas palavras, é somente quando ele pede socorro no radio ou quando fala um palavrão em auto bom som após suas tentativas de sobreviver fracassam. O diretor J. C. Chandor demonstra ser um verdadeiro perfeccionista nas cenas, onde destrincha todo aquele ambiente que aos poucos vai mudando, assim como o protagonista, tanto fisicamente como mentalmente.

Com uma belíssima trilha sonora que sintetiza o terror de se estar só no meio do oceano, Até o fim somente peca nos seus segundos finais, que da a ligeira sensação de se estar assistindo dois finais diferentes e que se destoa um pouco á real proposta do filme.  
 

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