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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

LUTO: Shirley Temple (1928 - 2014)



Pequena pessoa, mas com grande talento, que felizmente não decaiu ao longo dos anos e tão pouco foi mastigada pela vida de gloria e fortuna que tanto o cinema americano entrega para os jovens que nascem para o estrelado. Shirley Temple saiu a tempo do mundo do sucesso e conseguiu ter uma vida com dignidade e respeito, mas deixando um legado que muitos astros mirins seguiram o mesmo caminho, mas que infelizmente não tiveram a mesma sorte. 


 

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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Cine Dica: Em Blu-Ray e DVD: WRONG




Sinopse: Dolph perdeu seu cachorro, Paul. O misterioso Mestre Chang poderia ser a causa desse desaparecimento. E o detetive Ronnie poderia ser a solução. Já Emma, a vendedora de pizzas, seria um remédio, e o jardineiro seria apenas uma diversão? Ou o contrário. Pois Paul foi embora, e Dolph perdeu a cabeça.



Pode-se imaginar um pneu de carro como protagonista de um filme? 


Foi mais ou menos isso que o diretor Quentin Dupieux havia apresentado em seu primeiro filme em 2010, chamado Rubber e que deu o que falar. Como resultado, muitos esperavam que o seu próximo filme fosse no mínimo mais bizarro do que aquilo, mas no fim das contas ele seguiu pela formula mais tradicional de se contar uma historia em Wrong, porém não menos inusitada. 

Se formos simplificar Wong, seria um filme que vai contra as expectativas do cinéfilo que assiste. Vejamos: um furgão está queimando na estrada, mas em vez dos bombeiros  fazerem alguma coisa, eles ficam relaxados jogando a conversa fora e um deles chega ao cumulo de ficar sentado na privada lendo jornal enquanto o veiculo continua pegando fogo. Mas nada supera quando o protagonista Dolph (Jack Plotnick) vai para o seu trabalho (área de turismo), mas quando chega lá, o escritório está sempre chovendo lá dentro.   

Talvez essas situações que nos são apresentadas, faça com que a gente não ache tão absurda o fato de o protagonista ficar tão dependente do seu cachorro, que por sinal, desaparece no inicio do filme e culminando numa série de eventos que irá afetar não só o ele como outros que se encontram a sua volta. No momento que o cachorro some, Dolph age das formas mais estranhas possíveis, dando a entender que algo talvez esteja sendo conspirado contra ele. Isso culmina na ligação que ele faz para uma atendente de pizza, sendo que esta ultima (interpretada por Alexis Dziena) fique perdidamente apaixonada por ele mesmo sem vê-lo

Através dessa atendente compreendemos que o diretor quer passar um recado sobre o fato que as pessoas estão cada vez mais carentes atualmente, mesmo que exista  cada vez mais a idéia de cada um querer a sua independência e não ficar muito prisioneiro da pessoa próxima. Neste ultimo caso, isso é muito bem representado pelo jardineiro de Dolph, interpretado por Eric Judor, que embora tenha tal profissão, vai também contra a expectativa do cinéfilo, pois ele fala francês e fica desenhando a todo o momento com relação ao que vê. Por ele, vemos a representação do homem que busca diversão rápida e que não deseja nenhum compromisso, sendo que a própria idéia de se sentir preso a uma pessoa próxima, lhe faz provocar um pesadelo no mínimo desconcertante.

Tem-se então uma verdadeira teia de eventos sobre carência, a falta de afeto e o que faz da pessoa querer encontrar tudo isso através do seu bicho de estimação. O que acaba então se criando até mesmo um elo mental entre o dono e o animal, que por sinal, é exemplificado pelo personagem Master Chang (William Fichtner), que se torna peça fundamental para os eventos que acontecem durante o filme. Tudo isso moldado num humor negro delicioso, onde os personagens se interagem um com outro de uma forma com que eles ajam como se estivessem numa realidade que não pertencem a eles e que fazem desejarem não querer estar ali naquele momento. 

Pode-se dizer que até pode ter um final feliz na jornada de Dolph com relação à busca pelo seu cão, mas ao termino da sessão, se tem a leve sensação que aqueles personagens estão mais sozinhos naquele mundo do que nunca. Dando a entender então, que as pequenas coisas da vida acabem por então se tornando o essencial, para as pessoas terem num mínimo um pouco de felicidade numa vida confusa que eles possuem e que no fundo não desejam estar nesta posição.    



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Cine Curiosidade: Mestres e Dragões em destaque

Curso de férias do Cena Um é destaque no Jornal do Comércio de hoje.

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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Cine Especial (HQ): CASA DE MISTÉRIOS



ENCERRADA NA ULTIMA EDIÇÃO DO MIX VERTIGO, SÉRIE DIVIDIU A OPINIÃO DO PUBLICO E DA CRITICA AO LONGO DO PERCURSO.

Sinopse: Em algum ponto dos incontáveis mundos, existe uma Casa. Nela moram pessoas que estão entre a resignação e a aceitação de que nunca mais poderão sair de lá. Sendo assim, por que não fazer da casa em um bar? Um lugar que recebe fregueses de todos os inimagináveis planos da existência, que pagam suas contas com histórias de fantasia e terror, magia e assombros. O que todos parecem negar, porém, é que essa casa, a Casa dos Mistérios, está viva – e observando todos.

A iniciativa era boa, de ressuscitar uma das HQ clássicas de horror da editora DC e apresentar ao publico com novas historias imprevisíveis. Até ai tudo bem, mas o problema que desde que a serie escrita Matthew Sturges e Bill Willingham foi lançado pelo mix Vertigo por aqui, ela estava sempre correndo o risco de sair da revista e deixar muitos leitores boiando sobre o que aconteceria. Talvez muito se deva pelo fato da trama ter sofrido entre altos e baixos.
A trama básica é interessante: pessoas acabam se perdendo no nada e acabam parando numa casa, onde a pessoa se senta para beber com outras pessoas e se contasse uma boa historia, a primeira rodada era de graça. As tramas narradas pelos personagens então eram mostradas através do lápis de desenhistas e escritores especialmente convidados em cada trama, que por vezes eram até melhores que a trama principal. Até para aqueles que ficaram órfãs da saga de Sandman, essas tramas eram muito bem vindas, já que lembravam os melhores arcos do mestre dos sonhos, como Fim dos Mundos como exemplo. 

Mas e a trama principal? 

Eis que ela não soava muito importante, já que a maioria dos protagonistas, principalmente a principal chamada Fig (que se tornaria essencial para a trama) ficavam sempre em círculos em tentar saber como se saia daquela casa de uma vez por todas. Quando se parecia que eles achavam uma solução, sempre surgia um novo obstáculo para tornar a chance de achar uma saída da casa totalmente em vão. Mas o meu ver, de eles saírem ou não da casa era o menos interessante da série, mas sim as curtas e deliciosas historias, que disparado era a melhor coisa nos primeiros arcos.
Se fosse uma série de TV, Casa de Mistérios seria basicamente em duas temporadas, uma vez que chega um ponto em que a série coloca todos os pontos nos is, mas a partir daí se inicia novos arcos que a meu ver foi apenas para encher mais a linguiça numa trama, que deixou as pequenas historias mais de lado e que poderia muito bem ter terminado antes do previsto. Aliás, o desenhista Luca Rossi, que antes se preocupava em fazer belos desenhos para a trama principal, acabou meio que relaxando demais nas ultimas historias e fazendo com que tudo parecesse cartunesco demais para o meu gosto. Percebendo que a série não estava indo para lugar nenhum, Matthew Sturges e Bill Willingham então decidiram encerrar a série na edição 40 de uma maneira satisfatória, mesmo não ter trabalhado muito bem com relação ao destino de alguns personagens que eu gostava.
Eu fui um de muitos que queria que a série se mantivesse no mix Vertigo  até o seu final, mesmo com as  criticas de outros que não aguentava mais ela. No final, o grupo que apoiava a permanência da série saiu ganhando e para o bem ou para o mal lemos os altos e baixos de uma série que tinha tudo para ser perfeita, mas que deveria ter terminado mais cedo do que se imaginava. 



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Cine Curiosidade: Jack Sparrow é Flagrado no Brasil

Jack Sparrow é flagrado no meio de entrevista!
Apagão deixa 45 mil moradores sem energia elétrica em Pouso Alegre, MG.

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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: GLORIA


Sinopse:  O filme conta a história de uma mulher solitária de 58 anos que aproveita suas noites em bailes da terceira idade.

Uma mulher comum, madura, separada do marido já alguns anos e com dois filhos adultos. Por esta pequena descrição, pode-se ter uma noção não muito complexa sobre a protagonista do filme do diretor chileno Sebastián Lelio. Contudo, está  personagem interpretada por Paulina García aos poucos conquista o cinéfilo que assiste e mostra seu modo independente, livre e desafiador diante da vida.
Com filhos já independentes e sem ter o que fazer à noite depois do trabalho, Gloria frequenta bailes voltados para a terceira idade: lá se diverte dançando e, invariavelmente, conhece homens, que também invariavelmente a decepcionam. Um dia, no entanto, ela encontra Rodolfo (Sergio Hernández) de 65 anos, ex-militar da marinha, recém-divorciado e eles começam a ter uma relação mais próxima. Entretanto as diferenças de comportamento e de visão de mundo interferem no relacionamento deles.
Claudia deseja compartilhar Rodolfo com a sua família, mas ela não soube exatamente como fazer isso. Da mesma forma que Rodolfo não soube medir as consequências de suas atitudes no mesmo dia que conhece a família dela, gerando então uma situação embaraçosa. O filme acaba criando certa expectativa a cada cena, pois ficamos nos perguntando qual vai ser a reação desse improvável casal, de acordo com as atitudes um do outro. 
O mérito do filme chileno é não transformar as situações em dramas comuns, como normalmente tem acontecido no cinema atual. Por evitar isso, acaba sendo muito linear e apresenta um ritmo que pode decepcionar alguns. Entretanto, se faz muito próximo do real. 
Gloria não é um filme que possui um ritmo frenético, mas que nos conquista pela sua naturalidade do dia a dia da vida de uma pessoa comum e de como determinadas pequenas situações podem mudar percurso da vida dela.  No final das contas, é um filme que mostra-se um exemplo de dignidade e independência da pessoa, que embora chegue numa determinada idade avançada, consegue saber ser feliz. Em um longa-metragem que se explora um drama com um certo humor, o realizador acerta ao expor o sexo na terceira idade sem vergonha nenhuma e com total naturalidade. 

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