ENCERRADA NA ULTIMA EDIÇÃO
DO MIX VERTIGO, SÉRIE DIVIDIU A OPINIÃO DO PUBLICO E DA CRITICA AO LONGO DO
PERCURSO.
Sinopse: Em algum ponto dos
incontáveis mundos, existe uma Casa. Nela moram pessoas que estão entre a
resignação e a aceitação de que nunca mais poderão sair de lá. Sendo assim, por
que não fazer da casa em um bar? Um lugar que recebe fregueses de todos os
inimagináveis planos da existência, que pagam suas contas com histórias de
fantasia e terror, magia e assombros. O que todos parecem negar, porém, é que
essa casa, a Casa dos Mistérios, está viva – e observando todos.
A iniciativa era boa, de ressuscitar
uma das HQ clássicas de horror da editora DC e apresentar ao publico com novas
historias imprevisíveis. Até ai tudo bem, mas o problema que desde que a serie
escrita Matthew Sturges e Bill Willingham foi lançado pelo mix Vertigo por
aqui, ela estava sempre correndo o risco de sair da revista e deixar muitos leitores
boiando sobre o que aconteceria. Talvez muito se deva pelo fato da trama ter
sofrido entre altos e baixos.
A trama básica é
interessante: pessoas acabam se perdendo no nada e acabam parando numa casa,
onde a pessoa se senta para beber com outras pessoas e se contasse uma boa historia,
a primeira rodada era de graça. As tramas narradas pelos personagens então eram
mostradas através do lápis de desenhistas e escritores especialmente convidados
em cada trama, que por vezes eram até melhores que a trama principal. Até para
aqueles que ficaram órfãs da saga de Sandman, essas tramas eram muito bem vindas,
já que lembravam os melhores arcos do mestre dos sonhos, como Fim dos Mundos
como exemplo.
Mas e a trama principal?
Eis que ela não soava muito
importante, já que a maioria dos protagonistas, principalmente a principal chamada
Fig (que se tornaria essencial para a trama) ficavam sempre em círculos em
tentar saber como se saia daquela casa de uma vez por todas. Quando se parecia
que eles achavam uma solução, sempre surgia um novo obstáculo para tornar a chance
de achar uma saída da casa totalmente em vão. Mas o meu ver, de eles saírem ou não
da casa era o menos interessante da série, mas sim as curtas e deliciosas historias,
que disparado era a melhor coisa nos primeiros arcos.
Se fosse uma série de TV,
Casa de Mistérios seria basicamente em duas temporadas, uma vez que chega um
ponto em que a série coloca todos os pontos nos is, mas a partir daí se inicia
novos arcos que a meu ver foi apenas para encher mais a linguiça numa trama,
que deixou as pequenas historias mais de lado e que poderia muito bem ter terminado
antes do previsto. Aliás, o desenhista Luca Rossi, que antes se preocupava em
fazer belos desenhos para a trama principal, acabou meio que relaxando demais
nas ultimas historias e fazendo com que tudo parecesse cartunesco demais para o
meu gosto. Percebendo que a série não estava indo para lugar nenhum, Matthew
Sturges e Bill Willingham então decidiram encerrar a série na edição 40 de uma
maneira satisfatória, mesmo não ter trabalhado muito bem com relação ao destino
de alguns personagens que eu gostava.
Eu fui um de muitos que queria
que a série se mantivesse no mix Vertigo até o seu final, mesmo com as criticas de outros que não aguentava mais ela.
No final, o grupo que apoiava a permanência da série saiu ganhando e para o bem
ou para o mal lemos os altos e baixos de uma série que tinha tudo para ser perfeita,
mas que deveria ter terminado mais cedo do que se imaginava.
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