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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 11 de maio de 2016

Cine Especial: O 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos



20º São Bernardo (1974)



Sinopse: No interior de Alagoas, o filho de camponeses Paulo Honório, é um mascate que perambula pelo sertão a negociar com redes, gado, imagens, rosários e miudezas. Cria uma obsessão, arrancar a fazenda São Bernardo das mãos de seu inepto dono, o endividado Luiz Padilha, transformando este em seu empregado.

Baseado no romance homônimo de Graciliano Ramos. Fiel adaptação do livro de Graciliano Ramos, num dos melhores filmes produzidos na década de 70. É um filme seco, distanciado, lento, delicado, um grande momento de Othon Bastos no papel título, com destaque para a trilha musical minimalista e eficiente de Caetano e uma sequência final inesquecível, que segue o tempo de uma vela que vai se apagando, com elogios especiais para a fotografia de Lauro Escorel.


 

21º Iracema, uma Transa Amazônica (1975)



Sinopse: Em contraste com a propaganda oficial da ditadura, uma câmera sensível flagra os problemas que a rodovia Transamazônica traria para a região: desmatamento, queimadas, trabalho escravo, prostituição infantil. Alternando documentário e ficção, o filme narra a história da jovem Iracema e do motorista Tião Brasil Grande, emblemática da realidade brasileira.




Tal filme, obviamente foi proibido no Brasil não só pela história em si que desmascarava o regime militar como também foi considerado pelo mesmo como filme estrangeiro. Ele foi uma produção teuto-franco-brasileira, tendo seu trabalho iniciado por uma emissora de tv alemã. O autor do filme, Jorge Bodansk, era jornalista da Realidade, precursora da Veja da também editora Abril. Ele teve a idéia de fazer este filme em meados dos anos 60 ao fazer uma reportagem sobre a rodovia Belém-Brasilia e ver toda a realidade a sua volta. Este filme só foi lançado no circuito nacional seis anos após sua estréia em 1975, sendo que só foi lançado oficialmente em 1981. Antes, ele já havia sido visto em vários países e no Brasil ele foi visto de forma clandestina. No exterior ele já havia ganho diversos prêmios de uma forma geral e no Brasil só ganhou prêmio no ano de seu lançamento em 1981. Hoje este filme é considerado cult pelo caráter de documentário que ele se apresenta.


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