Batman VS Superman
está chegando às telas e nada melhor do que ir a caça para ler as melhores HQ
dos personagens. Abaixo, segue o meu top 10 do meu herói favorito.
1º Batman: O
Cavaleiro das Trevas
Por Frank Miller
Miller desenha e
escreve a melhor HQ do personagem e de todos os tempos. Batman: O Cavaleiro das
Trevas foi lançada em 1986 para se comemorar os 50 anos de vida do personagem e
mostra como seria o Batman com 50 anos idade. O herói passou 11 anos fora das
ruas após a morte do segundo Robin (HQ ainda inédita na época). Imersão e ambientação
são 2 dos elementos que fazem dessa obra-prima indispensável para qualquer colecionador.
Tudo está lá: Coringa no Asilo, mas despertando após saber do retorno do
morcego; Duas Caras faz uma cirurgia para tentar melhorar a sua vida; a
criminalidade somente aumenta enquanto
Gordon segura sua saúde mental e o seu cargo de comissário da polícia. O gibi é
cheio de críticas a sociedade e ao governo, que na época se vivia da era Reagan.
Se Miller criou o principio
com Batman com Ano Um, ele deu um fim digno ao personagem com O Cavaleiro das
Trevas. O grande “finale” da vida do Homem-Morcego é emocionante, forte e eletrizante. Aviso que
não é recomendado para quem não está muito acostumado com HQs, já que tem
realmente muitos textos, um prato cheio pra quem quiser saborear, mas quem não
está acostumado pode levar um susto. Cavaleiro das Trevas um marco histórico.
2º Batman:
Ano um
Por Frank Miller e
David Mazzucchelli
Esse é o início
definitivo para a história do Batman. O que Frank Miller fez foi recontar a
origem do Batman como defensor do Gotham de uma forma toda rica e cheia de
detalhes. A trilogia de Nolan, por exemplo, foi inspirado nessa HQ, as
dificuldades do Batman começando as suas atividades de combatente, a corrupção
de Gotham, o poder da máfia, os primeiros passos da Mulher-Gato, um ainda novato promotor Harvey
Dent e um dos maiores destaques que é o início de Gordon em Gotham como um dos
poucos policiais confiáveis perante a sujeira que se encontra a cidade, sem
falar de detalhes minuciosos da vida
pessoal dele com a família. A história é consagrada e lembrada sempre pelos fãs
de Batman e se mantém como uma das maiores obras-primas do genial Frank Miller.
3º Batman: A Piada
Mortal
Por Alan Moore e
Brian Bollan
Essa história marcou inúmeros
leitores, e continua conquistando ainda hoje. Assim como várias outras, essa
trama explora o relacionamento Batman com o Coringa, o grande antagonismo dos
quadrinhos. Alan Moore é o responsável pelo memorável roteiro. Lembrando que Moore
se tornou famoso pelo impecável Watchmen, e se Watchmen tem 12 partes, adianto
dizer que A Piada Mortal vale pelas 12 partes juntas, porque há todo um cuidado,
como se a trama tivesse sido feita de uma forma para ser vista e jamais esquecida. Na trama o Coringa
fugiu e tem um novo plano em mente, convencer as que, o que diferencia do resto
do mundo é um dia ruim, e que qualquer um pode ficar tão louco. No ápice de sua
insanidade, o Coringa causa a clássica cena onde aleija Barbara Gordon com um
tiro, a estupra no chão e ainda tira fotos, tudo isso com o desejo de
enlouquecer o comissário Gordon. A trama explora a mente do Coringa, e é o gibi
mais próximo que você terá de saber a origem dele. Embora curta, a trama é inacreditável
e possui um dos finais mais interessantes das HQ.
4º Batman: O Longo
Dia das Bruxas
Por Jeph Loeb e Tim
Sale
A trama meio que
parte do ponto de Ano Um; Batman, Gordon e Harvey Dent estão limpando a bandidagem
de Gotham e lutando contra a máfia junto aos loucos que são presos no Arkham.
Um problema começa quando assassinatos contra a família Falcone começam a ser
feitos em dias de feriado, o assassino fica conhecido como o Feriado e consegue
de forma alguma ser encontrado por Batman e seus parceiros. Vários personagens
de sucesso do universo do homem morcego estão presentes nesta investigação e
envolvidos no roteiro cheio de mistérios que quanto mais parece estar te
aproximando da resposta, mais te deixa perdido. O final possui um verdadeiro “pega
ratão” e impressiona pelo fato que durante a leitura a gente nunca havíamos suspeitado
de tal fato.
5º Batman: Asilo
Arkham
Por Grant Morrison e
Dave McKean
Antes de qualquer
coisa é preciso pensar duas vezes antes de ler essa história, da qual mergulha
num buraco negro de insanidade. A história mostra versões muito mais sombrias e
bestiais dos vilões do Batman, como pessoas realmente insanas, que tem Batman a
sua mercê para assustá-lo. A trama vai mais pelo lado psicológico do que físico,
mas nem por um momento achei isso um defeito quando eu a li pela primeira vez.
O pior do ser humano
se encontra na mente dos detentos do Arkham. Só arte já se viraria sozinha, com
um desenho extremamente diferente, mas que cai como uma luva com a proposta da história.
Por inúmeros autores
6º Batman: o Messias
Uma história violenta,
crítica e que perturba o lado psicológico. Indo contra os arcos da época, essa
trama mostra Gotham nas mãos de um culto
messiânico que atenta contra a vida de várias personalidades da cidade,
enquanto Batman sofre os efeitos de uma poderosa lavagem cerebral. Claramente a
trama é retrato feroz sobre os cultos religiosos e como eles influenciam as
pessoas de uma forma tão estrema que de encontro com a violência e morte.
7º Batman: Morte em
Família
Por Jim Starlin e Jim
Aparo
A famosa história da
qual os leitores decidiram por voto de telefone matar o Robin. Embora com
personalidade própria e que se diferenciava do seu antecessor, Jason Todd nunca
caiu exatamente nas graças dos leitores e por fim Jim Starlin e Jim Aparo
criaram essa trama e fazendo com que Batman voltasse a ser um solitário por um
bom tempo. Mais uma vez Batman tem que lidar com a escolha em como lidar com o
Coringa quando ele comete um dos mais terríveis de seus atos. Ficou marcado,
deve ter sido a primeira HQ a mostrar um personagem tão importante morrendo de
forma tão violenta. A história acaba também tendo a inclusão de outros
super-heróis como o Superman.
8º Batman: A saga do
Demônio
Por Dennis O'Neil e Neal Adams.
A trilogia do demônio
ocorrida nos anos 70 traz pela primeira vez um dos maiores vilões do
protagonista que é Ras Al Ghul: o nascimento do demônio, a noiva do demônio e o
filho do demônio. Na última parte (Filho do Demônio), a história traz uma união
indesejada entre Batman e Ras Al Ghul na busca de um inimigo comum, fazendo com
que Bruce Wayne reencontre Talia, a filha de Ras e um dos amores mal resolvidos
de sua vida. Talia Ras Al Ghul termina grávida de Damien, sem que Bruce Wayne
saiba do fato.
9º Batman: Silencio
Por Jeph Loeb e Jim
Lee
Nesta HQ Jeph Loeb
faz novamente o seu melhor. O premiado roteirista fez os gibis de Batman
venderem como já não faziam há algum tempo com o longo arco de histórias:
Silêncio. O que ele faz de melhor é unir inúmeros personagens do universo do
Batman e fazer uma história misteriosa e investigativa, exatamente o que é
Silêncio. A história trás o criminoso Silêncio, que num primeiro momento tem
uma ligação com o passado de Bruce Wayne
e quer vingança, fazendo um plano com todos os criminosos de Gotham. O
personagem é muito bom e a história inclui vários momentos imprevisíveis desde
do início, um inclusive foi premiado. Os desenhos de Jim Lee são excelentes,
mas jamais exagerados. Muito embora interessante perceber que todos os homens
que ele desenha (até Gordon) são fortões e as mulheres têm todas umas curvas
perfeitas.
10º Batman: A queda
do Morcego
Uma saga que durou
quase dois anos e trazendo um homem morcego a beira do colapso físico e
nervoso. A situação fica cada vez mais complicada quando um inteligente e
fisicamente superior Bane surge explodindo o Asilo Arkhan e colocando todos
seus pacientes criminosos em liberdade. Batman precisa se colocar no extremo de
suas capacidades físicas enquanto Bane apenas observa suas reações e verifica a
diminuição de suas capacidades, esperando o momento certo para quebrá-lo ao
meio.
A cena do combate
entre Bane e Batman, levando o herói à cadeira de rodas, é tão antológica que foi repetida no último
filme da trilogia de Chris Nolan. Paralítico, Bruce Wayne se afasta durante
mais de um ano de suas atividades de vigilante e o manto do morcego foi
assumido por Jean Paul, que anteriormente era um antiherói intitulado Azrael e
que havia sido introduzido meses antes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário