De 1967 a 1980, o
cinema americano viveu o seu período mais criativo, onde eram apresentadas para
o público, histórias sérias, reflexivas e que espelhasse um pouco que os EUA
passavam naquele período (período pós Vietnam e o escândalo do Waltergate). Com
uma nova e criativa geração de cineastas, Hollywood presenteou para os
cinéfilos, algo que somente se via em outros países, como na França e sua “nova
onda” (Nouvelle Vague).
O próximo curso
criado pelo Cine Um e ministrado por Leonardo Bomfim, intitulado A Gênese da
Nova Hollywood tratará exatamente disso. A atividade acontecerá em Porto
Alegre, dos dias 05 e 06 de março, mas antes disso, postarei por aqui os
primeiros filmes (entre anos 60 e 70) e que deram origem a esse rico período do
cinema americano.
MASH (1970)
Sinopse: Durante a
Guerra da Coréia, dois competentes jovens cirurgiões, Duke e Hawkeye
transformam a rotina de horror e sangue em algo divertido e irônico, através de
seu modo descontraído de viver a vida - claramente para evitar os choques e
traumas causados pelo que eles passam diariamente, salvando seus companheiros
da morte.
Vencedor da Palma de
Ouro em Cannes e Oscar de roteiro, para Ring Lardner Jr. Devido ao seu sucesso,
ganhou uma serie de TV bastante conhecida.
Curiosidade: Apesar de
o filme ser situado em plena Guerra da Coréia, o único tiro ouvido no filme é o
utilizado para interromper uma partida de futebol.
A Última Sessão de
Cinema (1971)
Sinopse: Entre a 2ª Guerra Mundial e a Guerra
da Coréia, dois jovens, Duane Jackson (Jeff Bridges) e Sonny Crawford (Timothy
Bottoms), vivem em Anarene, uma pequena cidade no Texas. Eles se parecem
fisicamente, mas mentalmente e emocionalmente são opostos. Passam boa parte do
tempo no cinema ou no salão de sinuca. Enquanto Duane tenta se firmar
frequentando festas de embalo, Sonny é iniciado no sexo por Ruth Popper (Cloris
Leachman), a frustrada esposa do seu treinador. Mas os dois compartilham um
desejo: Jacy (Cybill Shepherd).
O mais interessante desse filme de Peter
Bogdanovich é a sua ambientação. O lugar, a decoração de cada lugar, cada casa
e até mesmo as roupas que as pessoas usam tudo remete imediatamente aos anos
1950. Mais impressionante ainda é que o filme foi rodado como se fosse um filme
feito nos anos 1950, mesmo sendo um filme de 1971. Da mesma forma que se fazia
na época, até mesmo com seu preto e branco tradicional (segundo dizem, um
conselho de Orson Welles, amigo do diretor).
Mais ainda, o filme evoca
uma nostalgia dos anos 1950 mesmo para os que não viveram naquela época. Um
ótimo trabalho do diretor Bogdanovich, que faria poucos filmes depois desse.
Menos ainda de filmes que sequer valham a pena serem vistos, mas pelo menos
aqui ele acertou a mão entregou um ótimo filme para ser visto em qualquer
época.
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