O curso sobre Francis Ford Coppola começa amanha e portanto encerro com o seu último grande filme que remete os seus melhores momentos de sua filmografia da década de 80
TETRO (2009)
Sinopse: O ingênuo
Bennie (Alden Ehreinreich), de 17 anos, chega a Buenos Aires devido a um
problema no navio onde trabalha. Ele aproveita o ocorrido para encontrar seu
irmão mais velho, Angelo (Vincent Gallo), que resolveu tirar um ano sabático e
nunca mais entrou em contato com a família. Bennie consegue encontrá-lo, mas
Angelo não é mais a mesma pessoa. Ele abandonou seu nome de batismo e agora
atende apenas por Tetro, tendo se tornado uma pessoa de temperamento difícil e
que esconde seu passado. Entretanto, o período em que Bennie vive com ele e sua
namorada Miranda (Maribel Verdú) faz com que relembre experiências do passado.
Se na trilogia do
Poderoso chefão o enredo estava focado na linha da união para a desmoralização
de uma família, em Tetro isso acontece exatamente ao contrário, já que em
parte, essa família apresentada na história já esta em desarmonia. Francis Ford
Coppola já nos pega no início ao nos deixar com inúmeras dúvidas do porque do
protagonista Tetro (Vincent Gallo excelente) não querer saber de nenhum contato
com a família, muito menos do seu jovem irmão Bennie (Alden Ehreinreich) que,
ao chegar na casa do seu irmão mais velho, tenta descobrir aos poucos do porque
ele agir assim.
Fazia tempo que não
se via um filme tão bom como esse na filmografia Francis Ford Coppola. Aqui ele
volta a sua boa forma e muitas de suas características empregadas em seus
filmes anteriores estão de volta colocadas neste. Tanto que, em alguns momentos,
esse filme dá uma ligeira sensação de que se trata de uma espécie de
continuação de outro clássico do diretor, O Selvagem da Motocicleta.
Muito se deve a isso
pelo fato do foco de ambas as histórias serem sobre dois irmãos tentando se
relacionar e se compreender um com outro. E assim como no clássico dos anos 80,
aqui novamente o filme é apresentado em preto e branco, muito belo, aliás, isso
graças ao genial trabalho do diretor de fotografia Mihai Malamare Jr. Além da
fotografia em preto e branco, ele acabou criando as cenas de flashback em cores,
o que acaba criando um verdadeiro contraste ao resto da trama, dando a entender
que o passado era mais luminoso, cheio de vida e o presente é triste e obscuro.
Com um ótimo elenco
que ainda inclui a excelente atriz Maribel Verdú (O Labirinto do Fauno) como
esposa de Tetro e com um final arrebatador, Francis Ford Coppola parece que aos
poucos vai voltando aos bons tempos como o bom diretor que era, seja em
superproduções ou em produções pequenas como essa, que por sua vez possui
grande conteúdo e uma boa aula de que como se faz cinema de verdade.
Leia também: Partes 1, 2 e 3.
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