Em 2003, eu estava assistindo ao
filme O Homem que Copiava de Jorge Furtado no cinema. Imediatamente após a
sessão, eu ouvia muitas pessoas admiradas com o fato do filme ter sido rodado
em Porto Alegre e se maravilhado por ver certas partes da cidade ter sido
filmada para a trama. O que essa geração nova talvez não saiba, é que já ouve inúmeros
filmes rodados no RS, mas o que falta talvez seja uma falta de divulgação
melhor, ou até interesse por uma pesquisa mais aprofundada sobre o assunto.
Neste final de semana ocorreu o
curso História do Cinema Gaúcho, criado pelo Cine Um e ministrado pela
Doutora, jornalista e professora Miriam
de Souza Rossini. Durante dois dias, e com muito bom humor, Miriam explicou
a história dos altos e baixos do nosso cinema que, já existia desde o início do
século, mas nunca teve exatamente um período forte da criação de inúmeros filmes. O que se seguiu e se criou ao longo das décadas,
foi na realidade uma persistência da parte do cinéfilo gaúcho, na tentativa de
se criar filmes, desde aqueles que sintetizassem o lado tradicionalista do
estado, como também os períodos em que representavam as gerações de jovens da década
de 70 e 80.
Durante os dois dias, soubemos um
pouco mais da história do primeiro longa gaúcho, que foi Vento Norte de 1951,
há filmes obscuros, mas redescobertos com o tempo, como no caso de Abas Largas de 1963. Dos grandes
sucessos de Teixeirinha (como Coração de luto), para uma linguagem que
correspondesse com a geração da época, como no caso do longa Deu pra Ti anos 70
e curtas como No Amor. Curiosamente, por um bom tempo, Santa Maria foi um lugar
farto de inúmeros cinéfilos que faziam seus curtas metragens com os recursos
que tinham.
Assim como ocorreu em todo país (virada
dos anos 80 e 90), tivemos a quase extinção de longas metragens, sendo que em
1992, o festival de Gramado somente havia filmes internacionais em exibição. A
retomada veio em 1995, justamente com o filme filmado por aqui O Quatrilho, de
Fábio Barreto. Além da retomada, não podemos nos esquecer dos inúmeros curtas
metragens de sucesso, como aqueles exibidos na RBS, intitulados Histórias
Curtas e que deu um novo gás para uma nova leva de cineastas gaúchos.
Por fim, o cinema gaúcho somente
persiste por teimosia, mas é graças a essa teimosia gauchesca que temos uma
história da 7ª arte para sempre ser contada. Confiram alguns momentos da
atividade.
Hora de subir para mais uma nova atividade.
E em boa companhia ao lado desse clássico.
Assim começa o curso.
Novamente Jorge fazendo as honras.
Com bom humor, Miriam escavando para nós a história do cinema dentro do nosso estado.
Os nossos primeiros curtas da história.
Para Pedro: Uma das primeiras adaptações de O Tempo e o Vento.
Abas Largas: Filme Redescoberto.
No Amor: Curta que correspondia com a juventude gaúcha da época.
Netto Perde a sua Alma: Um dos grandes representantes da retomada.
Leia também: Especiais sobre a história do
Cinema Gaúcho clicando aqui.
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