Sinopse: Dr. Hank Pym
(Michael Douglas), o inventor da fórmula/ traje que permite o encolhimento,
anos depois da descoberta, precisa impedir que seu ex-pupilo Darren Cross
(Corey Stoll), consiga replicar o feito e vender a tecnologia para uma
organização do mal. Depois de sair da cadeia, o trambiqueiro Scott Lang (Paul
Rudd) está disposto a reconquistar o respeito da ex-mulher, Maggie (Judy Greer)
e, principalmente, da filha. Com dificuldades de arrumar um emprego honesto,
ele aceita praticar um último golpe. O que ele não sabia era que tudo não
passava de um plano do Dr. Pym que, depois de anos observando o hábil ladrão, o
escolhe para vestir o traje do Homem-Formiga.
Muitos reclamam que a Marvel
somente usa a velha fórmula de sucesso de sempre (aventura com toques de humor)
desde o seu primeiro Homem De Ferro (2008), mas que pelo visto tem dado muito certo.
Na realidade o estúdio bem que ousa em arriscar algo de novo, principalmente no
caso de levar para o cinema personagens desconhecidos pelo público em geral,
como foi no caso de Guardiões das Galáxias do ano passado e rendeu um grande
sucesso. Agora, adaptar um personagem como o Homem Formiga que, embora tenha
sido membro fundador dos Vingadores, sempre foi um personagem que sozinho nunca
conseguiu segurar uma HQ solo e sem duvida esse poderia ser o primeiro grande
tiro no pé do estúdio.
Poderia, porque a Marvel acerta
novamente, mesmo com as jaz conhecidas diferenças criativas que o estúdio teve
com o diretor Edgar Wright (Todo Mundo Quase Morto) e contratando em seu lugar
o diretor de comédias Peyton Reed (Sim Senhor!). A troca não poderia deixar de
ser mais do que acertada, pois Reed respeitou a visão original que Wright tinha
com relação ao universo do personagem e preservou muito daquilo que ele havia
criado: filme de aventura familiar com boas doses de humor certeiro.
O filme resgata um pouco
daquele clima de filme de aventura ao estilo “sessão da tarde”, sendo que, não
é a toa que a trama começa justamente nos anos 80, época mais dourada para esse
gênero. O filme já dá entender que é também conectado ao universo já estabelecido
da Marvel no cinema, mas que felizmente, isso se torna um mero detalhe no decorrer
do filme e não lhe exige que você seja obrigado a assistir o que já passou no
cinema (diferente do que aconteceu no último Vingadores). Aliás, é preciso dar
uma salva de palmas para os técnicos de efeitos visuais, ao apresentar um Michael
Douglas rejuvenescido e idêntico o da época de quando ele ganhou um Oscar pelo
filme Wall Street.
Voltando ao presente, descobrimos
que o Dr. Hank Pym (Douglas) tenta a todo o custo em fazer com que o seu
invento de encolhimento não caia nas mãos do ambicioso e ex-pupilo Darren Cross
(Corey Stoll). Para isso, recorre ajuda a sua filha Hope Van Dyne (Evangeline
Lilly) e a um ex- presidiário Scott Lang (Paul Rudd), especialista em roubos,
mas que procura uma forma de se redimir e voltar a rever a sua filha. A reunião
do trio se cria mais do que uma aliança, mas uma forma de resolver os problemas
familiares que cada um deles tem.
É ai que vem o grande charme
desse filme, pois a ação, pelo menos na primeira uma hora da trama, é deixada
um pouco de lado, para dar espaço às típicas histórias de conflitos entre pais
e filhos que, embora previsíveis, aqui funcionam como uma beleza e se casam
muito bem com as cenas de humor, que por sinal são muitas. É muito divertido
ver o velho Homem formiga ensinando passo a passo o seu sucessor, desde a
maneira melhor de usar a sua roupa especial (a cena da fechadura é hilária), como
também saber controlar e pedir ajuda as inúmeras formigas que existem. Neste ponto, os efeitos especiais são fantásticos,
mostrando inúmeros detalhes desse mundo diminutivo e nos brindando então com um
novo olhar desse universo estabelecido do estúdio.
Em termos de ação, o filme
não deixa nada a desejar, mesmo não tendo a mesma escala de grandiosidade de
filmes como Vingadores. As cenas que vemos o protagonista aumentando, diminuindo
e enfrentando os vilões são dinâmicas e se casando muito bem com uma montagem de
cenas frenéticas. Difícil dizer qual é a melhor sequência, mas aquela cena em
que o herói e vilão (Jaqueta Amarela) se enfrentam em meio aos brinquedos de um
quarto, para se encaminhar para momentos imprevisíveis, serve somente para provar
o quão longe o personagem pode chegar dentro do cinema, desde que seja muito
bem dirigido.
Com pistas que dão a
entender que o personagem irá futuramente se interagir cada vez mais com os personagens
já estabelecidos do universo cinematográfico da Marvel, Homem Formiga é uma
prova que aventuras de super heróis no cinema podem ser tanto descompromissadas,
como também ricas em detalhes dos quais nós meros mortais não enxergamos ao
olho nu.
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