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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 13 de abril de 2015

Cine Especial: CORINGA: 75 ANOS



E lá se vão 75 anos, desde que surgiu esse palhaço insano para infernizar a vida do homem morcego. Criado por Bob Kane e Bill Finger em 1940, o Coringa, é considerado por muitos, como um dos maiores vilões de todos os tempos, seja  das HQ, literatura, cinema ou televisão. Mas o que faz desse doentio personagem atrair  tanto as pessoas? 
Batman é um símbolo da ordem contra o mau que assola uma cidade, mas o Coringa é uma imagem distorcida, livre de regras e sem dar nenhuma razão pelas suas ações. Não é um mero bandido: imprevisível, o personagem já demonstrou que suas ambições estão bem mais além de ganhar dinheiro, mas provar para qualquer pessoa que basta um dia ruim para então se tornar igual a ele. Talvez o que público vê nele seja uma imagem distorcida que se encontra no interior de todo homem que se preze hoje em dia, sendo que, quando o personagem é filosófico ao falar sobre a sociedade contemporânea de hoje, muito do que ele fala a gente tem que concordar.
Uns amam e outros odeiam, mas isso é o que realmente mais fascina e um personagem com esse porte simplesmente não é fácil de encarná-lo quando alguém ousa interpretá-lo. Pensando nisso, decidi fazer uma retrospectiva de quem ousou encarnar esse personagem do caos.

 Conrad Veidt de O Homem que Ri (1928)

Não, esse não foi o primeiro ator que interpretou o Coringa. O Caso que O Homem que Ri, foi um filme baseado na obra de Victor Hugo em que contava a história de Gwynplaine, o filho de um nobre Inglês que teria traído o Rei James II da Inglaterra. As sentenças do monarca foram a execução do pai de Gwynplaine na Dama de ferro e a solicitação a um cirurgião, Dr. Hardquannone, que desfigurasse o rosto do menino, condenado a "rir" para sempre. 
Gwynplaine é visto vagando por uma tempestade de neve e conhece uma menina cega abandonada, Dea. As duas crianças são eventualmente acolhidas por um homem chamado Ursus. Os anos passam e Gwynplaine se apaixona por Dea, mas se recusa a casar com ela porque sente indigno por causa de sua desfiguração . Os três ganham a vida através de peças que destacam o fascínio do público com a desfiguração do Gwynplaine. 
Como podem ver, a trama não tem nada haver com o Coringa, mas a imagem do ator Conrad Veidt com certeza serviu de inspiração para a criação do personagem nas HQ.



Cesar Romero: Batman: A série (anos 60)

Embora até não muito tempo fosse visto como uma piada, a versão televisiva de Batman dos anos 60 novamente ganhou fãs por passar uma imagem bem mais humorada e colorida do personagem e que sintetiza o que rolava década de 60. Embora já sendo conhecido nos cinemas durante os anos 40 e 50, Cesar Romero somente foi ganhar fama internacional ao interpretar o palhaço do crime. Mas diferente do a gente vê hoje, o Coringa de Romero nada mais era do que um bandido disfarçado de palhaço e que usava inúmeras brincadeiras e piadas para infernizar o protagonista e cometer os seus crimes.



Jack Nicholson: Batman (1989)

 

O interprete já havia provado que poderia muito bem interpretar um personagem insano. Basta à gente ver a sua atuação no filme O Iluminado (1980) para tirarmos a prova. Porém, o estúdio Warner teve que dar um cachê milionário (60 milhões de dólares) para convencer o astro a encarnar o personagem. O esforço foi valido, já que Nicholson rouba o filme todo para ele e transforma Batman (Michael Keaton) quase num personagem secundário.
Muito que é visto na interpretação de Nicholson e na origem do personagem, foi retirado na HQ a Piada Mortal, escrita por Alan Moore, em que muitos consideram a trama definitiva do personagem. Visto hoje, por uns momentos parece que não estamos vendo o Coringa, mas sim Jack Nicholson brincando de Coringa, mas isso não tira o mérito do ator de ter elevado o personagem e as adaptações das HQ para o cinema num novo patamar.
   



Mark Hamill: Batman: a série animada (anos 90)

Sim, o eterno Luke Skywalker da trilogia clássica Star Wars já foi também o Coringa. O caso que o ator foi convidado pelos estúdios Warner para dublar o personagem no terceiro episódio da série animada que foi um verdadeiro marco para o personagem e se tornando um sucesso de público e critica. Hamill dublou o personagem de uma forma tão insana, que muitos fãs consideram o seu Coringa como definitivo.
Durante anos, Hamill dublou o personagem, sendo até mesmo convidado para dar voz ao maníaco nos jogos de vídeo game Batman: Arkham Asylum, um dos grandes sucessos de vendas da história dos jogos eletrônicos.  



Andrew Koening: Batman: "Dead End"

Esse curta metragem não autorizado ganhou um enorme sucesso pela internet, sendo considerado a melhor versão de Batman nunca antes filmada. Andrew Koening era um ator de televisão, sendo mais conhecido por ter atuado em séries como  Growing Pains no final dos anos 80. Seu Coringa aqui tem poucos minutos de cena, mas foi o suficiente para conquistar inúmeros fãs. 


Heath Ledger: Cavaleiro das Trevas (2008)

Embora tendo demonstrado talento em filmes como a Ultima Ceia e O Segredo de Brokeback Mountain, Heath Ledger foi duramente criticado ao ser anunciado pelo diretor Christopher Nolan como o novo Coringa, já que inúmeros fãs não conseguiam enxergar nele como o personagem. Sabendo do desafio que teria pela frente, Ledger desceu fundo na pesquisa para conhecer o Coringa e conseguir da melhor maneira interpretá-lo. Por meses pesquisou as melhores histórias, como a HQ A Piada Mortal e até mesmo buscou inspiração de outros vilões do cinema, como o protagonista Alex de Laranja Mecânica.
O resultado todo mundo conhece, pois Ledger encarnou não somente a versão definitiva do personagem, como também criou o status de maior vilão da história do cinema. O Coringa dele nada mais é do que uma entidade incontrolável, imprevisível, em que testa a mente e os nervos do herói encapuzado e transformando ele numa mera marionete. A cena do interrogatório onde ambos se encontram face a face é uma prova definitiva de que ambos foram dois lados da mesma moeda durante décadas.
Infelizmente Heath Ledger veio a falecer de overdose meses antes de assistir nos cinemas o seu trabalho, mas honradamente reconhecido com inúmeros prêmios, incluindo um Oscar póstumo.



Jared Leto: Esquadrão Suicida (2016)
Só médium para adivinhar como será a interpretação de Leto como Coringa. A escolha agradou a todos, pois Leto tem talento de sobra. Basta ver o incrível desempenho dele em Clube de Compras Dallas e ele ser um ótimo Coringa basta apenas alguns passos para entrar para a história. Será??


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2 comentários:

LEO disse...

Excelente matéria, Marcelo....

Parabéns, ficou bem abrangente mesmo e relembrou "coringas" q eu já tinha esquecido, rs. Q bela trajetória esse vilão teve nas telas, hein?

Abs!

Marcelo Castro Moraes disse...

Com toda certeza Leo